sexta-feira, 15 de fevereiro de 2019

TELEMEDICINA






PONTO E CONTRAPONTO - por Jayme José de Oliveira
“Por mais brilhante que sejas, se não fores transparente, tua sombra será escura”.

TELEMEDICINA – 15/02/2019

O Conselho Federal de Medicina aprovou a autorização de consultas online, telediagnósticos e TELECIRURGIAS.

Como toda a inovação que revoluciona o já consagrado por largo tempo, a telemedicina provoca reações pró e contra, em profusão.                                                   Lembremos que isso sói ocorrer sempre. Os TRANSGÊNICOS até hoje são combatidos ferozmente, inclusive por organizações internacionais como o Greenpeace. Contudo, apesar dos percalços, a farmacologia, por exemplo, produz a vacina H1N1 contra gripe a partir deste processo. O diabetes era uma doença mortal até 1921, em 27 de julho desse ano, pesquisadores da Universidade de Toronto isolaram pela primeira vez o hormônio fabricado pelo pâncreas, a insulina. Esta descoberta, aprimorada, recebeu o Prêmio Nobel de Medicina/Fisiologia em 1923. A produzida a partir de pâncreas de boi ou porcos não pode ser utilizada por pessoas que desenvolverem alergia ao fármaco... desenvolveu-se a insulina TRANSGÊNICA. Atualmente é possível a obtenção a partir de bactérias nas quais se introduz segmentos de DNA humano. Em estudos, insulina em comprimidos, liberando os pacientes das incômodas injeções.                                                                                            Agricultura e pecuária também sofrem contestações, porém, os proveitos, muito superiores aos alegados perigos consolidaram o uso desses produtos. O mesmo ocorrerá com a telemedicina, desde que empregada com critério e nos procedimentos recomendados.
A partir de 1999, quando foi criado o robô Da Vinci que utiliza a internet para funcionar, a cirurgia robótica, uma evolução da cirurgia laparoscópica minimamente invasiva permite ao cirurgião estabelecer acessos, introduzir câmeras e instrumentos de trabalho no interior do corpo do paciente por meio de pequenas incisões (de meio a um centímetro) feitas pelo robô.                                                                                                                                                          Esta maravilha tecnológica permite cirurgias com absoluta segurança, em qualquer parte do mundo, por um médico operando através do robô, confortavelmente instalado frente a um console com visão tridimensional. Com a notória deficiência numérica – os profissionais têm excelente capacidade – o fato de poderem ser requisitados em qualquer parte do território nacional permite uma multiplicidade de procedimentos.                                                                                                                                   As faculdades de medicina também podem se beneficiar, os professores podem ministrar aulas com exibição de imagens transoperatórias, inclusive para diversos grupos de alunos simultaneamente. Usando a telemedicina, profissionais do Hospital Moinhos de Vento, Porto Alegre, vão treinar equipes de UTIs pediátricas em Sobral e Palmas, no Tocantins. Nenhum vídeo, por mais preciso que seja, poderá transmitir a sensação de participação que ocorre nestas transmissões em tempo real.

Cirurgia robótica numa uva – 1 min48sg

Vantagens em relação à cirurgia convencional (aberta):                        Menos invasiva – incisões menores.                                                              Reduz sangramentos, dores e risco de infecção                                              Recuperação mais rápida do paciente.                                                         Menor tempo de internação.

                                                                                                             Vantagens em relação à cirurgia laparoscópica:              Mais precisão nas cirurgias em locais de difícil acesso.                                    Melhor ergonomia – o cirurgião fica sentado em posição confortável, o que ajuda nas cirurgias longas.                                                                                                     O robô reproduz movimentos similares aos do cirurgião.                                                                                                                                        Visão tridimensional para os cirurgiões.                                                        Segurança. O robô não faz nada sozinho. Qualquer movimento realizado por ele foi feito pelo cirurgião no console. No entanto, diante de situações imprevistas pelo cirurgião, aciona um comando de segurança que trava provisoriamente a máquina, evitando danos ao paciente. Se o médico tirar o rosto da tela de controle, o robô também para automaticamente.                                                                                                                                     Por serem mais complexas, as cirurgias robóticas seguem também um protocolo de checagem de todos os itens de segurança a cada hora de cirurgia.                                                                                           Apesar de um braço robótico ser responsável por segurar as pinças que são introduzidas no paciente, quem controla todo o aparelho é um ser humano.

Sistema de saúde público:

O Instituto do Câncer de São Paulo (Incesp), o Inca (Instituto Nacional do Câncer), no Rio de Janeiro, e o Hospital de Clínicas de Porto Alegre foram os primeiros a operar com a tecnologia pelo Sistema Único de Saúde.
Apesar do custo da cirurgia com robô ser maior do que os outros tipos de procedimentos, estudos feitos na Suíça que avaliaram todo o processo, desde o pré-operatório até o tempo de recuperações pós-cirurgia, indicam que o custo geral é até menor quando utilizado o robô.

Por serem mais complexas, as cirurgias robóticas seguem também um protocolo de checagem de todos os itens de segurança a cada hora de cirurgia.                                                                                           Apesar de um braço robótico ser responsável por segurar as pinças que são introduzidas no paciente, quem controla todo o aparelho é um ser humano.

Jayme José de Oliveira
cdjaymejo@gmail.com
Cirurgião-dentista aposentado

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