Coluna publicada em "www.litoralmania.com.br" - 15/05/2018.
http://www.litoralmania.com.br/nao-esperava-jayme-jose-de-oliveira/
“Por
mais brilhante que sejas, se não fores transparente, tua sombra será escura”.
NÃO ESPERAVA
– 15/05/2018
Em 27/07 /2015 escrevi uma coluna com
o título: “Se Deus não tivesse criado o homem” na qual defendia a tese da
necessidade humana de não aceitar a existência de lacunas no conhecimento. Acesse o link e depois
compare com Dan Brown e a tese ecumênica do Papa Francisco.
http://www.litoralmania.com.br/se-deus-
nao-tivesse- criado-o- homem-por- jayme-jose-de-oliveira/
Poucos esperavam é que o Papa
Francisco viesse a admitir publicamente a possibilidade de não crentes poderem ser
classificados com pessoas de escol, contribuindo com a procura do BEM e da EVOLUÇÃO , tanto
tecnológica como ética por humanos, independente de sua crença
monoteísta, politeísta ou mesmo ausência dela.
Em 13/03/2017 o Papa Francisco fez um
dos seus pronunciamentos que ficarão marcados na sua trajetória já tão impactante:
Não é necessário crer em Deus para
ser uma pessoa boa.
De certa forma, a ideia tradicional
de Deus não está atualizada.
Alguém pode ser espiritual, porém não
necessariamente religioso.
Não é necessário ir à igreja e dar
dinheiro.
Para muitos, a natureza pode ser uma
igreja.
Algumas das melhores pessoas da
história não criam em Deus, enquanto que muitos dos piores atos se praticaram em seu
nome.
Na página 80 do livro “ORIGENS”
(traduzido para o português em outubro de 2017) Dan Brown (autor de best-sellers, entre
os quais “O CÓDIGO DA VINCI”) escreve, e é a base de toda a obra:
“Os primeiros seres humanos se
sentiam assombrados com seu universo, com
relação aos fenômenos que não conseguiam entender
racionalmente. Para
resolver esses mistérios, eles
criaram um vasto panteão de deuses e deusas com o objetivo de
explicar qualquer coisa que estivesse além de sua capacidade
de compreensão: o trovão, as marés, os terremotos, os
vulcões, a infertilidade,
as doenças e até o amor.
– Para os gregos antigos, o fluxo e
refluxo do oceano eram atribuídos aos humores instáveis de
Poseidon.
– Para os romanos, os vulcões eram o
lar de Vulcano, o ferreiro dos deuses, que
trabalhava numa forja gigantesca
embaixo da montanha, fazendo com que as chamas saíssem pela chaminé.
Os antigos inventaram deuses
incontáveis para explicar não apenas os mistérios de seu planeta, mas também, os de seus
corpos. A infertilidade era causada pela perda dos favores da deusa Juno. O amor era o
resultado duma flechada de Eros.
Quando os antigos experimentavam
lacunas em sua compreensão do mundo,
preenchiam-nas com deuses. No
entanto, com o decorrer dos séculos, o conhecimento científico aumentou. À medida que as
lacunas na compreensão do mundo natural foram desaparecendo, nosso Panteão de
deuses começou a encolher”.
Recém iniciei a leitura, suponho,
contudo, que evoluirá para o ponto de desmitificar as religiões tal como as conhecemos.
Aliás, isso já ocorreu parcialmente como foi assinalado no parágrafo anterior. Em meu
entendimento, a evolução se direcionará sempre mais para o encontro, num futuro talvez
muito distante, da criatura com o Criador, seja lá o que isso signifique, segundo os
desígnios adrede concebidos. Não se trata de determinismo, que significaria a
anulação do livre arbítrio, mas um caminho natural da evolução até chegar ao apogeu.
Jayme José
de Oliveira
cdjaymejo@gmail.com
Cirurgião-dentista aposentado
cdjaymejo@gmail.com
Cirurgião-dentista aposentado
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