quarta-feira, 30 de maio de 2018

OUTRO VALOS MAIS ALTO SE ALEVANTA



Coluna publicada em "litoralmania.com.br" - 26/05/2018 - 

http://www.litoralmania.com.br/outro-valor-mais-alto-se-alevanta-jayme-jose-de-oliveira/

PONTO E CONTRAPONTO - por Jayme José de Oliveira
“Por mais brilhante que sejas, se não fores transparente, tua sombra será escura”.

OUTRO VALOR MAIS ALTO SE ALEVANTA
Cessem do sábio Grego e do Troiano
As navegações grandes que fizeram;
Cale-se de Alexandre e de Trajano
A fama das vitórias que tiveram;
Que eu canto o peito ilustre Lusitano,
A quem Netuno e Marte obedeceram.
“CESSE TUDO O QUE A MUSA ANTIGA CANTA,

QUE OUTRO VALOR MAIS ALTO SE ALEVANTA.”
Na terceira estrofe de “Os Lusíadas”, obra-prima de Luiz Vaz de Camões, os versos inflamados CESSE TUDO QUE A MUSA ANTIGA CANTA/ QUE OUTRO VALOR MAIS ALTO SE ALEVANTA” significam que tudo que foi escrito antes deveria ser esquecido porque agora ele iria falar de algo mais importante.                                                                                                                                                                                                              Transportando para os tempos atuais, quantas vezes, no decorrer da vida efervescente somos atingidos por algum fato inesperado, uma surpresa sem precedentes ou alguma notícia que abala nossa estrutura! Seja o que for que esteja nos ocupando ou preocupando neste momento, as prioridades mudam de supetão e o que era admitido tacitamente em consenso como, por exemplo, o direito de protestar por direitos vilipendiados entra em choque com valores mais abrangentes, incomparavelmente mais significativos e indubitavelmente preponderantes. O INTERESSE COLETIVO SOBREPUJA O INDIVIDUAL, mesmo o de grupos e corporações. Por mais fortes e coesos que sejam. SEMPRE.                                                                                                                                                            Mesmo que razões históricas e recentes deem motivos para a revolta dos caminhoneiros, uma nação inteira não pode se tornar refém indefesa de corporações. NUNCA.    
Na Constituição em vigor, a liberdade de locomoção está garantida pelo inciso XV do art. 5º, que assim dispõe: "É livre a locomoção no Território Nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens". É o chamado direito de ir e vir.
Como emana do próprio texto constitucional, o direito à liberdade de ir e vir não é absoluto, tendo em vista que está sujeito às limitações contidas no próprio dispositivo assecuratório, que se reporta à lei regulamentadora.             
O direito de ir e vir, como todos os direitos, tem, inicialmente, COMO LIMITE NATURAL O DIREITO DO OUTRO. NÃO PODE ALGUÉM, COM BASE NO DIREITO DE IR E VIR E PERMANECER, POR EXEMPLO, OBSTAR À PASSAGEM DE QUEM TAMBÉM ESTEJA EXERCENDO SUA LIBERDADE DE CIRCULAÇÃO. "Em verdade, não há direito absoluto, o 'interesse público', por ser comum se superpõe ao interesse individual". 
Dessa forma, a Constituição Federal harmoniza o direito de manifestação com a ordem pública. HÁ PLENA LIBERDADE PARA SE MANIFESTAR, MAS ELA NÃO PODE SER PRETEXTO PARA A VIOLÊNCIA OU A DESORDEM. São coisas bem diferentes e saber distingui-las é tarefa de todo cidadão.
Não se pode debitar, desta vez, às injunções políticas a paralização nacional dos caminhoneiros. O staff do governo se encontra emparedado pelo movimento e, aparentemente, não vislumbra uma saída em curto prazo. E é urgente. Mesmo setores de partido(s) oposicionista(s) se manifestam contrários. Os prejuízos mastodônticos que se acumulam e, simultaneamente, infernizam a vida dos cidadãos brasileiros provocaram uma união inesperada de forças diametralmente opostas.                                                                                                                                    “Os contextos históricos nos ajudam a compreender o presente. O "lock out" - prática ilegal perante a legislação brasileira onde se impede o acesso dos trabalhadores aos meios de trabalho, ou simplesmente se bloqueia o acesso ao trabalho através do uso desproporcional da força econômica - foi a "gota d´água" para a queda do governo de Salvador Allende, no Chile, em 1973, e também no Brasil de 1964, por criar um clima favorável ao golpe civil-empresarial-militar que derrubou o governo de João Goulart e nos jogou em 21 anos de ditadura.                                                                                                                                             Sem querer fazer alarde, mas esse "lock out" que começa a afetar o abastecimento de alimentos, combustíveis, correios e serviços diversos, em poucos dias estabelecerá uma crise de desabastecimento, desencadeando o caos social”. (Daniel Samam – coordenador do Núcleo Celso Furtado, PT/RJ, membro do Coletivo Nacional de Cultura do PT)


                                                                                                                                                                                                                                                                                                  Jayme José de Oliveira
cdjaymejo@gmail.com
Cirurgião-dentista aposentado

terça-feira, 22 de maio de 2018

JUSTIÇA E MISERICÓRDIA





Coluna publicada em "www.litoralmania.com.br" - 22/05/2018.

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PONTO E CONTRAPONTO - por Jayme José de Oliveira
“Por mais brilhante que sejas, se não fores transparente, tua sombra será escura”.


JUSTIÇA&MISERICÓRDIA

“Se Deus se detivesse na justiça deixaria de ser Deus; seria como todos os homens que invocam o respeito à lei. A justiça sozinha não basta e a experiência ensina que quando se apela somente à ela corre-se o risco de destruí-la”. (Papa Francisco – Bula de Proclamação do Ano Santo da Misericórdia).  
“No entanto, dominando tua própria força, julgas com clemência. Assim procedendo ensinaste ao teu povo que o justo também deve ser humano. E a teus filhos deste a confortadora esperança de que, depois dos pecados, concedes o arrependimento”. (Livro da Sabedoria 12.18-19).                                                                                                                                                                                                     Mesmo na justiça terrena, nas normas jurídicas, está surgindo uma nova consciência, “in dubio pro reo”. Para quem errou, após pagar a sua divida com a justiça, deve ter oportunidade de encontrar trabalho e não ficar à margem da sociedade.                                                                                                                        A mensagem de Jesus quando prega às multidões é a misericórdia, é a mensagem mais forte do Senhor. A misericórdia é divina, está relacionada como julgamento dos nossos deslizes. Grandes ou menores. Diferencia-se da compaixão que tem um rosto mais humano, significa sofrer junto quando se observa a dor e o sofrimento alheios, não permanecer indiferente. Lembramos que também erramos. Todos.                                                                                                                                           Aos que se preparavam para apedrejar a mulher adúltera, Jesus desafiou: “- Quem de vós estiver sem pecado, atire a primeira pedra! Todos foram embora, um a um, a começar pelos mais velhos”. Jesus olhou para a mulher, que estava cheia de vergonha e lhe disse: “Mulher, onde estão eles? Ninguém a condenou? Nem eu te condeno. Vá, e de agora em diante não torne a pecar”. O perdão exige como contrapartida o arrependimento e o compromisso de não reincidir.

Aliada à misericórdia a justiça é mais justa. Isso, porém, não significa ser condescendente, escancarar as portas das prisões para quem cometeu crimes. Significa que devemos ajudar a não permanecer por terra os que caíram. É difícil admitir, porque às vezes preferimos trancar alguém em vez de tentar recuperá-lo. Isso se aplica para aqueles que têm a intenção de se regenerar e não mais reincidir.
Indultar quem não se arrepende e procura regeneração é injusto para com a sociedade. O corrupto não se arrepende, transforma a corrupção num hábito, um modo de viver. Quando abre as portas a um empreendedor desonesto, considera que ao final a sociedade será beneficiada e, na realidade é um intermediário que possibilita a execução de obras que de outro modo não existiriam. A propina representa o justo valor de seu engajamento indispensável e a vida dupla que leva uma necessidade incontornável. O corrupto está tão fechado e satisfeito que não se deixa questionar por nada e por ninguém. Passa a vida buscando os atalhos do oportunismo, ao preço da dignidade. Própria e dos outros. O corrupto, assim como o psicopata – e, muitas vezes, as duas personalidades convivem -  tem sempre a cara de quem diz: “não fui eu” ao ser desmascarado. O corrupto muitas vezes não se dá conta de seu estado, do mesmo modo que quem tem mau hálito não se dá conta. Se indigna se lhe roubam a carteira, se lamenta pela falta de policiamento na rua, mas sonega impostos sem o menor escrúpulo e depois conta vantagem diante dos amigos. Convive na sociedade e não vê nenhum problema em aproveitar as oportunidades que daí lhe advém para exigir o pagamento de propinas. Não cogita em mudar de procedimento porque não tem qualquer resquício de remorso. Considera-se essencialmente um negociante bem sucedido.  Frei Betto assim se expressa sobre o corrupto:                                                         “O corrupto se caracteriza por não se admitir como tal. Esperto, age movido pela ambição do dinheiro. Não é propriamente um ladrão. Antes, trata-se de um requintado chantagista, desses de conversa frouxa, sorriso amável, salamaleques gentis. O corrupto não se expõe, extorque. Considera a comissão um direito, a porcentagem, um pagamento por seus serviços; o desvio, forma de apropriar-se do que lhe pertence.                                                                                                     Há muitos tipos de corruptos. O corrupto oficial é o que se vale duma função pública para tirar proveito a si, à família, aos amigos.                                                O corrupto não sente nenhum escrúpulo em receber caixas de uísque no Natal, presentes caros de fornecedores ou ainda caronas em jatinhos de empresários. De tal modo se corrompe que nem mais percebe que é corrupto. Julga-se um negociante bem sucedido”.


Jayme José de Oliveira
cdjaymejo@gmail.com
Cirurgião-dentista aposentado

quarta-feira, 16 de maio de 2018

NÃO ESPERAVA




Coluna publicada em "www.litoralmania.com.br" - 15/05/2018.

http://www.litoralmania.com.br/nao-esperava-jayme-jose-de-oliveira/

PONTO E CONTRAPONTO - por Jayme José de Oliveira
“Por mais brilhante que sejas, se não fores transparente, tua sombra será escura”.


NÃO ESPERAVA – 15/05/2018

Em 27/07 /2015 escrevi uma coluna com o título: “Se Deus não tivesse criado o homem” na qual defendia a tese da necessidade humana de não aceitar a existência de lacunas no conhecimento. Acesse o link e depois compare com Dan Brown e a tese ecumênica do Papa Francisco.
http://www.litoralmania.com.br/se-deus- nao-tivesse- criado-o- homem-por- jayme-jose-de-oliveira/
Poucos esperavam é que o Papa Francisco viesse a admitir publicamente a possibilidade de não crentes poderem ser classificados com pessoas de escol, contribuindo com a procura do BEM e da EVOLUÇÃO , tanto tecnológica como ética por humanos, independente de sua crença monoteísta, politeísta ou mesmo ausência dela.
Em 13/03/2017 o Papa Francisco fez um dos seus pronunciamentos que ficarão marcados na sua trajetória já tão impactante:
Não é necessário crer em Deus para ser uma pessoa boa.
De certa forma, a ideia tradicional de Deus não está atualizada.
Alguém pode ser espiritual, porém não necessariamente religioso.
Não é necessário ir à igreja e dar dinheiro.
Para muitos, a natureza pode ser uma igreja.
Algumas das melhores pessoas da história não criam em Deus, enquanto que muitos dos piores atos se praticaram em seu nome.
Na página 80 do livro “ORIGENS” (traduzido para o português em outubro de 2017) Dan Brown (autor de best-sellers, entre os quais “O CÓDIGO DA VINCI”) escreve, e é a base de toda a obra:

“Os primeiros seres humanos se sentiam assombrados com seu universo,  com relação aos fenômenos que não conseguiam entender racionalmente. Para
resolver esses mistérios, eles criaram um vasto panteão de deuses e deusas com o objetivo de explicar qualquer coisa que estivesse além de sua capacidade de compreensão: o trovão, as marés, os terremotos, os vulcões, a infertilidade,
as doenças e até o amor.
– Para os gregos antigos, o fluxo e refluxo do oceano eram atribuídos aos humores instáveis de Poseidon.
– Para os romanos, os vulcões eram o lar de Vulcano, o ferreiro dos deuses, que
trabalhava numa forja gigantesca embaixo da montanha, fazendo com que as chamas saíssem pela chaminé.
Os antigos inventaram deuses incontáveis para explicar não apenas os mistérios de seu planeta, mas também, os de seus corpos. A infertilidade era causada pela perda dos favores da deusa Juno. O amor era o resultado duma flechada de Eros.
Quando os antigos experimentavam lacunas em sua compreensão do mundo,
preenchiam-nas com deuses. No entanto, com o decorrer dos séculos, o conhecimento científico aumentou. À medida que as lacunas na compreensão do mundo natural foram desaparecendo, nosso Panteão de deuses começou a encolher”.
Recém iniciei a leitura, suponho, contudo, que evoluirá para o ponto de desmitificar as religiões tal como as conhecemos. Aliás, isso já ocorreu parcialmente como foi assinalado no parágrafo anterior. Em meu entendimento, a evolução se direcionará sempre mais para o encontro, num futuro talvez muito distante, da criatura com o Criador, seja lá o que isso signifique, segundo os desígnios adrede concebidos. Não se trata de determinismo, que significaria a anulação do livre arbítrio, mas um caminho natural da evolução até chegar ao apogeu.

Jayme José de Oliveira
cdjaymejo@gmail.com
Cirurgião-dentista aposentado



quinta-feira, 10 de maio de 2018

JOGUE-ME AOS LOBOS E LIDERAREI A ALCATEIA





Coluna publicada em "www.litoralmania.com.br" - 10/05/2018


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PONTO E CONTRAPONTO - Jayme José de Oliveira
“Por mais brilhante que sejas, se não fores transparente, tua sombra será escura”.


JOGUE-ME AOS LOBOS E LIDERAREI A ALCATEIA

Não é fácil, mas a verdade é que quando chegamos a esse mundo, ninguém nos assegura de que nossos dias vão ser calmos. 
Não há dúvida de que os pais são a maior influência na vida de uma criança, mas certamente não são a única. Avós, tios, colegas de escola e, a partir de certa idade, internet e tevê também afetam na formação da personalidade. Para bem ou para mal. Essas e outras influências são naturais e nem sempre ruins.                                                                  Com o que veem fora de casa, os pais podem exemplificar questões que ajudam os filhos a formarem sua visão de certo e errado.                                                                                                           Desde a mais tenra idade qualquer ocorrência pode servir para burilar o caráter da criança. No início apenas fatos que possam ser absorvidos por uma mente em formação. Num passeio, ao ver alguém maltratar um animal, manifestar repulsa. Uma pessoa demonstrando carinho, afeição pelo companheiro, vem a calhar um elogio e, importante, não apenas palavras mas proceder dessa maneira gentil com a criança. Ela aprenderá a ser educada, sociável. Com o decorrer do tempo, assuntos mais complexos. Induzir obediência às regras do trânsito, paciência ao se deparar com contratempos inevitáveis, como enfrentar um congestionamento.                                                                                                                                              Hoje muito se fala em não invadir o espaço do filho. A questão é que não é uma invasão, mas sim, uma supervisão. E para que a criança não se sinta pressionada pelos pais é preciso que o diálogo comece cedo, quando ainda pequena, para que ela se sinta confortável em contar o que está acontecendo. Assim o pai pode intervir diante da percepção da existência de uma influência que julga negativa.
Desde a mais tenra idade estimular para que aja com confiança e pertinácia ante as injunções do cotidiano é uma necessidade inadiável. SER AUTOCONFIANTE É UMA REGRA FUNDAMENTAL. Em algumas ocasiões, chegamos a pensar que o nosso entorno está cheio de lobos, de ameaças constantes que impedem nosso crescimento pessoal, nossa felicidade.                                                                                                                                         Transforme o desejo dos filhos em uma oportunidade para despertar neles o senso de responsabilidade.                                                                                                                                 Um casal de amigos me contou sorrindo a última estratégia que seus três filhos usaram para convencê-los a ter um cachorro em casa. A última e decisiva. Eles elaboraram e assinaram um compromisso no qual se responsabilizavam pelos cuidados exigidos na manutenção e bem-estar do animal. No texto cheio de frases meigas e com um tom bizarro, eles especificaram que cuidariam do cachorrinho e que o tratariam bem.                                                         Duas semanas depois que o post foi entregue, o pai atendeu o pedido e levou um cachorrinho para a casa. Foi uma alegria para todos. Para esse pai prudente disponibilizar um mascote para os filhos não poderia ser somente um capricho, ele queria aproveitar para tornar os pequenos mais responsáveis, educá-los para que cuidem do animal de estimação para sempre e lembrar que um cachorro é diferente de uma pessoa.
Há quem se acostume a viver com seus inimigos. Se acomoda, aceita, assume e se deixa levar por medo da mudança, por temor do que possa acontecer. Não é necessário criticá-los, não imitar essa subserviência deve ser uma determinação. Lidere sua vida com a certeza de que o esforço vale a pena. Para isso, reconheça seus inimigos, os exteriores e também os interiores (É o medo? A indecisão? A insegurança?). Enfrente-os com destemor. É possível que você tema o resultado, mas a batalha sempre valerá a pena porque vai ajudar a se sentir vivo, capaz e valente. Seja você mesmo. No final, chegará um dia em que compreenderás que o pior inimigo pode ser você mesmo. Só então começarás a ganhar batalhas e liderar a própria vida.
“JOGUE-ME AOS LOBOS E LIDERAREI A ALCATEIA”. Esta é a atitude que você deve ter cada manhã para fazer frente às adversidades, às provocações, às dificuldades que a vida nos traz. 
Jayme José de Oliveira
cdjaymejo@gmail.com
Cirurgião-dentista aposentado

quinta-feira, 3 de maio de 2018

APOSENTADOS E APOSSENTADOS




Coluna publicada em "www.litoralmania.com.br" - 02/05/2018

http://www.litoralmania.com.br/aposentados-e-apossentados-jayme-jose-de-oliveira/


PONTO E CONTRAPONTO - por Jayme José de Oliveira
“Por mais brilhante que sejas, se não fores transparente, tua sombra será escura”.


APOSENTADOS E APOSSENTADOS

Quando me aposentei recusei seguir o ritual lógico, apoSSentar: sentar na frente da televisão – assistir novelas para “matar” o tempo antes que Chronos nos mate -. Tornou-se um mantra que repito a quem se apraza a ouvir: não se apoSSente, tua vida vai virar uma monotonia intragável. Optei pela leitura de dois jornais, revistas, redescobrir as delícias de ler obras as mais variadas e como cereja do bolo, escrever uma coluna para “Litoralmania”. Obrigado Rogério pela oportunidade.                                                                               ABRACADABRA, como por mágica, o tempo que se delineava vazio e interminááááável, pasme, ESCASSEOU. Se o dia tivesse 36 ou 48 horas, não seria por demasiado longo. Repito: não se apoSSente, o Dr. Alzheimer surgirá sorrateiramente em muitos casos. Assim como os músculos atrofiam sem exercícios, o cérebro perde sua acuidade e a senescência é o corolário, a consequência inevitável.                                                                                       Resumindo: mantenha o cérebro ativo o máximo possível, sua vida reflorescerá, a alegria de viver ressurgirá e TODOS AO SEU REDOR compartilharão. 
Li alhures um pensamento que marcou como ferro em brasa:                                                      “Deus, dai-me a serenidade para ACEITAR as coisas que não posso modificar, CORAGEM para modificar o que posso e SABEDORIA para perceber a diferença”.
Há uma verdade que as pessoas se recusam a aceitar: você não tem controle sobre muitas coisas que acontecem na vida. Por outro lado, se agires de acordo com tua consciência encontrarás a paz de espírito e, quem duvida, teu exemplo poderá induzir os que te rodeiam. O resultado poderá ser um redirecionamento generalizado que influenciará mesmo aquilo que não podes controlar diretamente.                                                                                                           Você não pode controlar como alguém se comporta, mas você pode controlar como vai reagir. Quando você coloca suas energias em coisas que pode controlar, suas ações serão efetivas.                                                                                                                                                        Para ter uma maior influência seja um bom modelo e defina limites para você mesmo e não tente consertar pessoas que não querem ser consertadas, se forem convictas não aceitarão nenhum tipo de contestação.                                                                                                     Identifique seus medos e reconheça que você sempre pode lidar até com o pior cenário. Reconhecer isso vai ajuda-lo a focar toda a sua energia em assuntos mais produtivos.                  Se você notar que está ruminando resultados negativos, reconheça que esses pensamentos não são úteis, concentre suas energias em algo produtivo.                                                   Encontre uma maneira de aliviar seu estresse diário praticando um passatempo atraente ou a companhia de pessoas de suas relações. Elimine o hábito de se queixar ou tentar aliviar o estresse com bebidas, por exemplo. Uma vida saudável com hábitos proativos melhoram você e o ambiente em que vive. Descarregar frustrações em terceiros além de contraproducente desvia suas atenções da procura de soluções.
“Viva como se fosse morrer amanhã. Aprenda como se fosse viver para sempre”. (Mahatma Gandhi)



Jayme José de Oliveira
cdjaymejo@gmail.com
Cirurgião-dentista aposentado