terça-feira, 25 de julho de 2017

FARINHA DO MESMO SACO




Coluna publicada em "litoralmania.com.br" em 24/07/2.017

http://www.litoralmania.com.br/farinha-do-mesmo-saco-jayme-jose-de-oliveira/



PONTO E CONTRAPONTO - por Jayme José de Oliveira
“Por mais brilhante que sejas, se não fores transparente, tua sombra será escura”.

CIDADANIA EM XEQUE – 15/07/2.017

        A reunião do G20, um grupo formado pelos ministros de finanças e chefes dos bancos centrais das 19 maiores economias do mundo mais a União Europeia, em Hamburgo, Alemanha, provocou protestos violentos. Quase 200 policiais ficaram feridos, mais de 80 manifestantes presos. Um rasto de saques, destruição e incêndios foi o resultado dessas manifestações.
 FAXINA: Luvas, baldes e vassouras. Um pelotão de pelo menos 8 mil moradores de Hamburgo foi às ruas para recolher o lixo após os violentos protestos durante a Cúpula do G20.                                    Num país com as forças da lei atuantes, a leniência não se fez presente e, importante, a repressão não imitou a selvageria provocada pelos manifestantes. Comparem com a Venezuela que já tem um saldo trágico de 93 mortes. Num país civilizado, onde a lei impera, os cidadãos se 
empenham neutralizar a selvageria. Comparem com as cenas a seguir:

BRASÍLIA: Agentes penitenciários invadiram a sede do Ministério da Justiça, em Brasília. Segundo a Policia Militar, o grupo era formado por cerca de 500 servidores,de várias partes do país. Os agentes protestam contra a reforma da Previdência e pedem a inclusão da profissão na ista das “categorias de risco”, junto com as atividades policiais.
Anteriormente, os black-blocs protagonizaram deploráveis cenas de vandalismo durante manifestações em vários pontos do país. A repressão primou pela leniência, praticamente assistiram impassíveis os crimes que ocorriam sob suas vistas.                                                              Importante: Os danos resultantes tiveram que ser arcados pelos proprietários: instituições, estabelecimentos comerciais, residências e o que mais se encontrava no caminho das hordas.

VENEZUELA: Em meio ao caos e falência das intituições, confrontos fazem parte do dia a dia do país. O ataque de um grupo de chavistas ao prédio do Parlamento, culminou numa gradual deterioração da precária convivência existente e que pode desembocar numa guerra civil.
Em diversos países do mundo cenas de selvageria são protagonizados e nos fazem descrer das providências preventivas e punitivas exercidas. Os motivos são os mais variados, prevalecendo a inconformidade com a situação econômica reinante e a distribuição desigual entre os cidadãos.

PERU: A  justiça do Peru determinou a prisão preventiva, por 18 meses, do ex-presidente Ollana Humala e de sua mulher, a ex-primeira dama Nadine Heredia. Eles são acusados de lavagem de dinheiro (3 milhões de dólares) por conta do recebimento de caixa 2 vindo da construtora brasileira Odebrecht durante as campanhas eleitorais de 2.006 em que Humala perdeu para Alan Garcia e de 2.011, quando venceu Keiko Fujimori. Os tentáculos da construtora brasileira, como vemos, não se limitaram a envolver partidos políticos no Brasil.

      Voltando ao Brasil, o Senado serviu de palco para uma atitude de falta de compostura e quebra dos mais comezinhos cânones de respeito à democracia.
As senadoras da oposição Gleisi Hoffmann (PT-PR), Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), Fátima Bezerra (PT-RN), Regina Souza (PT-PI), Ângela Portela (PT-ES) e Lícia da Mata (PSB-BA) ocuparam a mesa do Senado na manhã de terça feira, 11/07/2.017.                                                          O presidente do Senado , Eunício de Oliveira (PMDB-CE), chegou para comandar a sessão da reforma trabalhista e tentou conversar com as sendoras, mas não foi atendido. Visivelmente irritado suspendeu os trabalhos, ordenou o desligamento dos microfones e iluminação. O impasse perdurou por 8 horas, após o que foi realizada a votação da Reforma Trabalhista, resultado: 50 votos favoráveis e 26 contra.
Durante o desenrolar do processo de “impeachment”da então presidente Dilma Rousseff, cenas tão ou mais graves, igualmente deprimentes, se repetiram a todo o momento. De ambos os lados. Se almejamos uma vida normal para os cidadãos brasileiros, há de se exigir respeito à cidadania.                            INICIANDO PELOS NOSSOS REPRESENTANTES ELEITOS.
Jayme José de Oliveira
cdjaymejo@gmail.com
Cirurgião-dentista aposentado






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