Coluna enviada a "www.litoralmania.com.br" - 01/07/2.017.
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“Por
mais brilhante que sejas, se não fores transparente, tua sombra será escura”.
A FUNESTA
PIRÂMIDE
Com o advento dos problemas
financeiros e econômicos que acometem o Brasil como nação, as empresas, muitas
à beira da insolvência, os cidadãos premidos pela inflação e, desgraçadamente,
o espectro do desemprego se reapresentando assustadoramente convém lembrar os
conselhos que economistas apregoam como tábua de salvação: NÃO GASTAR MAIS DO
QUE DISPOMOS. Cheque especial, cartões de crédito e financiamentos bancários
são armadilhas fatais que, depois de nelas adentrarmos, a saída se configura
uma tarefa por vezes impossível.
VALE PARA PESSOAS, EMPRESAS E
ÓRGÃOS PÚBLICOS, INCLUSIVE O GOVERNO FEDERAL.
Enquanto dívidas individuais
nos embrenham num descalabro familiar, empresas sofrem processos falimentares,
o governo federal não está nem aí para projetos de economia. Os gastos
continuam extrapolando, a governabilidade mantida através da farta distribuição
de benesses (cargos, verbas e financiamentos a juros subsidiados pelo BNDES)
catapultando a dívida até... não podemos imaginar, temer com certeza. Prefeituras
e governos estaduais ao atrasarem pagamentos têm o retorno de suas cotas retido
pelo Ministério da Fazenda enquanto o governo federal recorre a pedaladas e
leis emergenciais (aprovadas pelo Congresso) que o eximem de cumprir
compromissos através de manobras de “contabilidade criativa”. Fossem empregados
esses artifícios pelos demais setores seriam considerados “pirâmides” que
apenas se sustentam enquanto mais participantes ou verbas (Letras do Tesouro,
aporte de recursos do exterior, taxas, impostos) afluírem. Mas um dia a
realidade bate à porta e a cornucópia esgota.
Ao contrário das cartas os
números não mentem jamais. Na transição dos governos FHC-Lula a Dívida Pública
do Brasil (interna+externa) perfazia um montante de R$ 852 bilhões. Ultrapassará
a marca de R$ 3 trilhões ao final de 2.016 segundo o Plano Anual de
Financiamento (PAF). Divulgado pelo Tesouro Nacional o endividamento deverá
encerrar o ano de 2.016 entre R$ 3,1 trilhões e R$ 3,3 trilhões.
Considerando a taxa Selic, 10,25%,
base para o cálculo da maior parcela temos aproximadamente R$ 900 milhões/dia
de juros.
COMO PAGAR? COM O CRESCIMENTO
DA DÍVIDA? ATÉ QUANDO?
Considerando que os R$ 852
bilhões foram acumulados em 180 anos – desde a proclamação da Independência em 1.822,
passando por duas guerras mundiais, a construção de Brasília e uma
hiperinflação que alcançou o paroxismo em 1.993: 2.708,39% (IGP-DI da FGV), em
escassos 14 anos a dívida quase quadruplicou.
Por mais otimistas que
sejamos, temos que convir, levará muito tempo para atingirmos uma situação de
tranquilidade, isso se invertermos a rota da economia, por mais penoso que seja
esse caminho. É hora de TODOS engajarmos de corpo e alma na tarefa,
independente de cores políticas e interesses eleitoreiros.
DO CONTRÁRIO... MIREM A
GRÉCIA.
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