segunda-feira, 31 de julho de 2017

QUO VADIS








Coluna publicada em www.litoralmania.com.br - 29/07/2017.


 QUO VADIS?
Quantas vezes dirigimos esta pergunta a nós mesmos?
Como empregar o dinheiro que dispomos?
Como reagir a eventuais desentendimentos com entes que nos são caros?
Porém, uma questão assombra como um fantasma: aonde rumará nosso país após 
serem desvendadas as falcatruas que pipocam e são do conhecimento geral? E mais, como podemos influenciar o futuro?
Pensamos, é insignificante um voto, uma reação individual. Errado. Lembrem a história do pássaro que transportava no bico uma gota d'água para ajudar a apagar o incêndio florestal.
Realmente, sós pouco podemos fazer, porém, se houver uma "ola" (como a das torcidas no futebol), ela se propagará.
Um voto direcionado a expurgar pulhas, se acompanhado por outro... outro... outro... terá um efeito dominó. 
Atenciosamente,
Jayme

http://www.litoralmania.com.br/quo-vadis-jayme-jose-de-oliveira/

PONTO E CONTRAPONTO - por Jayme José de Oliveira
“Por mais brilhante que sejas, se não fores transparente, tua sombra será escura”.

QUO VADIS
Humanos têm seus medos e suas dúvidas os conduzem à vacilação ante perigos ou temores por consequências possíveis. Quem de nós nunca vacilou ante o risco de se ver imerso em situações de extremo risco, perder posições de relevo, a perspectiva da perda de bens duramente amealhados e mesmo a própria vida? Personagens insignes, muitas, tiveram suas fraquezas. Grandeza é superar as tentações apesar das consequências possíveis e, se incorrermos em erro, termos a coragem de retornar ao rumo certo.                                 Lembro Pedro, apóstolo, a quem Jesus disse:                                                    -“Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela. Eu te darei as chaves do Reino dos Céus; o que atares na terra será atado nos céus e o que desatares na terra será desatado nos céus” (Mateus 16:18-19).                                                                                                               Pedro, contudo, desnudou sua fragilidade humana, negou seu Mestre três vezes depois que Ele foi preso no jardim Getsêmani. 
                                                                                                              Mais tarde, fugindo de Roma e duma provável crucificação, o apóstolo Pedro encontra Jesus ressuscitado e pergunta:                                                  -“Quo vadis”? (Para onde vais?)                                                                                                                                                                                      Jesus responde:                                                                                            -“Roman vado iterum crucifigi” (Vou a Roma para ser novamente crucificado).    Pedro ganha coragem para continuar sua pregação e acaba mártir (Atos de Pedro, evangelho apócrifo).                                                                Reparem no significado desses fatos: Pedro caiu, mas retornou revigorado e disposto a enfrentar o que surgisse pela frente. O martírio veio, mas a Igreja sobrepujou o Império e segue cada vez mais pujante.
O Brasil navega num mar encapelado e ameaça naufragar, cumpre à nós retomar o rumo perdido e não dar ouvidos às sereias que pretendem nos seduzir.
“As dificuldades políticas pelas quais passamos têm claros efeitos sobre a conjuntura econômica e vêm se agravando a cada dia. Precisamos resolvê-las respeitando dois pontos fundamentais: a Constituição e o bem-estar do povo. Mormente agora, com 14 milhões de desempregados no país, urge restabelecer a confiança entre os brasileiros para que o crescimento econômico seja restabelecido”. (Fernando Henrique Cardoso (Folha de São Paulo, 26/06/2017).                                                                                                                    O ex-presidente continua:                                                                              “A operação Lava-Jato desnudou laços entre corrupção e vitórias eleitorais, bem como mostrou o enriquecimento pessoal de políticos”.                                                                                                                          “A justiça há de ser feita sem vinganças, mas também sem leniências com os interesses políticos”.                                                                         “Diferentemente de outras crises que vivemos, nesta não existe “um lado de cá” pronto para assumir o governo federal”.
Este é o ponto crucial: temos de varrer a sujeira do putrefato, não para baixo do tapete, para longe de tudo que lembre o passado ignominioso. Recomeçar procurando a higienização e, como a Igreja fez há 2.000 anos, assentar sobre rocha firme e desdenhar as areias movediças de antanho.
Não esqueçamos, contudo, a fragilidade humana, relembremos o evangelista Mateus: Disse-lhe Pedro:                                                                                                    -“Ainda que sejas para todos uma pedra de tropeço, nunca o serás para mim”. Declarou Jesus:                                                                                              “Em verdade te digo que esta noite, antes de cantar o galo, três vezes me negarás”.   Replicou-lhe Pedro:                                                                       -“Ainda que me seja necessário morrer contigo, de nenhum modo te negarei” (Mateus 26: 33-36).                                                                                                                                                                                                   Todos os discípulos disseram o mesmo.                                                            Como nos relata a história, Pedro fraquejou ante a perspectiva do martírio nessa ocasião. Traiu seu Mestre. Posteriormente, dando-nos exemplo da possibilidade de recuperação de nossas fraquezas momentâneas, empreendeu a grande caminhada que conduziu a Igreja à pujança que hoje ostenta.
SAIR DO ATOLEIRO DEPENDE DE NÓS, APENAS DE NÓS. E DAS NOSSAS ESCOLHAS FUTURAS.

Jayme José de Oliveira
cdjaymejo@gmail.com
Cirurgião-dentista aposentado

terça-feira, 25 de julho de 2017

FARINHA DO MESMO SACO




Coluna publicada em "litoralmania.com.br" em 24/07/2.017

http://www.litoralmania.com.br/farinha-do-mesmo-saco-jayme-jose-de-oliveira/



PONTO E CONTRAPONTO - por Jayme José de Oliveira
“Por mais brilhante que sejas, se não fores transparente, tua sombra será escura”.

CIDADANIA EM XEQUE – 15/07/2.017

        A reunião do G20, um grupo formado pelos ministros de finanças e chefes dos bancos centrais das 19 maiores economias do mundo mais a União Europeia, em Hamburgo, Alemanha, provocou protestos violentos. Quase 200 policiais ficaram feridos, mais de 80 manifestantes presos. Um rasto de saques, destruição e incêndios foi o resultado dessas manifestações.
 FAXINA: Luvas, baldes e vassouras. Um pelotão de pelo menos 8 mil moradores de Hamburgo foi às ruas para recolher o lixo após os violentos protestos durante a Cúpula do G20.                                    Num país com as forças da lei atuantes, a leniência não se fez presente e, importante, a repressão não imitou a selvageria provocada pelos manifestantes. Comparem com a Venezuela que já tem um saldo trágico de 93 mortes. Num país civilizado, onde a lei impera, os cidadãos se 
empenham neutralizar a selvageria. Comparem com as cenas a seguir:

BRASÍLIA: Agentes penitenciários invadiram a sede do Ministério da Justiça, em Brasília. Segundo a Policia Militar, o grupo era formado por cerca de 500 servidores,de várias partes do país. Os agentes protestam contra a reforma da Previdência e pedem a inclusão da profissão na ista das “categorias de risco”, junto com as atividades policiais.
Anteriormente, os black-blocs protagonizaram deploráveis cenas de vandalismo durante manifestações em vários pontos do país. A repressão primou pela leniência, praticamente assistiram impassíveis os crimes que ocorriam sob suas vistas.                                                              Importante: Os danos resultantes tiveram que ser arcados pelos proprietários: instituições, estabelecimentos comerciais, residências e o que mais se encontrava no caminho das hordas.

VENEZUELA: Em meio ao caos e falência das intituições, confrontos fazem parte do dia a dia do país. O ataque de um grupo de chavistas ao prédio do Parlamento, culminou numa gradual deterioração da precária convivência existente e que pode desembocar numa guerra civil.
Em diversos países do mundo cenas de selvageria são protagonizados e nos fazem descrer das providências preventivas e punitivas exercidas. Os motivos são os mais variados, prevalecendo a inconformidade com a situação econômica reinante e a distribuição desigual entre os cidadãos.

PERU: A  justiça do Peru determinou a prisão preventiva, por 18 meses, do ex-presidente Ollana Humala e de sua mulher, a ex-primeira dama Nadine Heredia. Eles são acusados de lavagem de dinheiro (3 milhões de dólares) por conta do recebimento de caixa 2 vindo da construtora brasileira Odebrecht durante as campanhas eleitorais de 2.006 em que Humala perdeu para Alan Garcia e de 2.011, quando venceu Keiko Fujimori. Os tentáculos da construtora brasileira, como vemos, não se limitaram a envolver partidos políticos no Brasil.

      Voltando ao Brasil, o Senado serviu de palco para uma atitude de falta de compostura e quebra dos mais comezinhos cânones de respeito à democracia.
As senadoras da oposição Gleisi Hoffmann (PT-PR), Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), Fátima Bezerra (PT-RN), Regina Souza (PT-PI), Ângela Portela (PT-ES) e Lícia da Mata (PSB-BA) ocuparam a mesa do Senado na manhã de terça feira, 11/07/2.017.                                                          O presidente do Senado , Eunício de Oliveira (PMDB-CE), chegou para comandar a sessão da reforma trabalhista e tentou conversar com as sendoras, mas não foi atendido. Visivelmente irritado suspendeu os trabalhos, ordenou o desligamento dos microfones e iluminação. O impasse perdurou por 8 horas, após o que foi realizada a votação da Reforma Trabalhista, resultado: 50 votos favoráveis e 26 contra.
Durante o desenrolar do processo de “impeachment”da então presidente Dilma Rousseff, cenas tão ou mais graves, igualmente deprimentes, se repetiram a todo o momento. De ambos os lados. Se almejamos uma vida normal para os cidadãos brasileiros, há de se exigir respeito à cidadania.                            INICIANDO PELOS NOSSOS REPRESENTANTES ELEITOS.
Jayme José de Oliveira
cdjaymejo@gmail.com
Cirurgião-dentista aposentado






sábado, 15 de julho de 2017

CIDADANIA EM XEQUE



Coluna publicada em "www.litoralmania.com.br" - 15/07/2.017


http://www.litoralmania.com.br/cidadania-em-cheque-jayme-jose-de-oliveira/




PONTO E CONTRAPONTO - por Jayme José de Oliveira
“Por mais brilhante que sejas, se não fores transparente, tua sombra será escura”.

CIDADANIA EM XEQUE

    A reunião do G20, um grupo formado pelos ministros de finanças e chefes dos bancos centrais das 19 maiores economias do mundo mais a União Europeia, em Hamburgo, Alemanha, provocou protestos violentos. Quase 200 policiais ficaram feridos, mais de 80 manifestantes presos. Um rasto de saques, destruição e incêndios foi o resultado dessas manifestações.                                        FAXINA: Luvas, baldes e vassouras. Um pelotão de pelo menos 8 mil moradores de Hamburgo foi às ruas para recolher o lixo após os violentos protestos durante a Cúpula do G20. 


                                                      Num país com as forças da lei atuantes, a leniência não se fez presente e, importante, a repressão não imitou a selvageria provocada pelos manifestantes. Comparem com a Venezuela que já tem um saldo trágico de 93 mortes. Num país civilizado, onde a lei impera, os cidadãos se empenham em neutralizar a selvageria. Comparem com as cenas a seguir:

BRASÍLIA: Agentes penitenciários invadiram a sede do Ministério da Justiça, em Brasília. Segundo a Policia Militar, o grupo era formado por cerca de 500 servidores,de várias partes do país. Os agentes protestam contra a reforma da Previdência e pedem a inclusão da profissão na ista das “categorias de risco”, junto com as atividades policiais.
Anteriormente, os black-blocs protagonizaram deploráveis cenas de vandalismo durante manifestações em vários pontos do país. A repressão primou pela leniência, praticamente assistiram impassíveis os crimes que ocorriam sob suas vistas.                                                                                 Importante: Os danos resultantes tiveram que ser arcados pelos proprietários: instituições, estabelecimentos comerciais, residências e o que mais se encontrava no caminho das hordas.
VENEZUELA: Em meio ao caos e falência das intituições, confrontos fazem parte do dia a dia do país. O ataque de um grupo de chavistas ao prédio do Parlamento, culminou numa gradual deterioração da precária convivência existente e que pode pode desembocar numa guerra civil.
Em diversos países do mundo cenas de selvageria são protagonizados e nos fazem descrer das providências preventivas e punitivas exercidas. Os motivos são os mais variados, prevalecendo a inconformidade com a situação econômica reinante e a distribuição desigual entre os cidadãos.

PERU: A  justiça do Peru determinou a prisão preventiva, por 18 meses, do ex-presidente Ollana Humala e de sua mulher, a ex-primeira dama Nadine Heredia. Eles são acusados de lavagem de dinheiro (3 milhões de dólares) por conta do recebimento de caixa 2 vindo da construtora brasileira Odebrecht durante as campanhas eleitorais de 2.006 em que Humala perdeu para Alan Garcia e de 2.011, quando venceu Keiko Fujimori. Os tentáculos da construtora brasileira, como vemos, não se limitaram a envolver partidos políticos.

Voltando ao Brasil, o Senado serviu de palco para uma atitude de falta de compostura e quebra dos mais comezinhos cânones de respeito à democracia.
As senadoras da oposição Gleisi Hoffmann (PT-PR), Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), Fátima Bezerra (PT-RN), Regina Souza (PT-PI), Ângela Portela (PT-ES) e Lícia da Mata (PSB-BA) ocuparam a mesa do Senado na manhã de terça feira, 11/07/2.017.

O presidente do Senado , Eunício de Oliveira (PMDB-CE), chegou para comandar a sessão da reforma trabalhista e tentou conversar com as sendoras, mas não foi atendido. Visivelmente irritado suspendeu os trabalhos, ordenou o desligamento dos microfones e iluminação. O impasse perdurou por 8 horas, após o que foi realizada a votação da Reforma Trabalhista resutado: 40 favoráveis e 26 contra.
Durante o desenrolar do processo de “impeachment”da então presidente Dilma Rousseff, cenas tão ou mais graves, igualmente deprimentes, se repetiram a todo o momento. De ambos os lados. Se almejamos uma vida normal para os cidadãos brasileiros, há de se exigir respeito à cidadania
  
INICIANDO PELOS NOSSOS REPRESENTANTES ELEITOS. 

Jayme José de Oliveira
cdjaymejo@gmail.com
Cirurgião-dentista aposentado






sábado, 8 de julho de 2017

A LUZ NO TÚNEL




Coluna publicada em "www.litoralmania.com.br" - 08/07/2.017.

http://www.litoralmania.com.br/a-luz-do-tunel-jayme-jose-de-oliveira/

PONTO E CONTRAPONTO -  Jayme José de Oliveira
“Por mais brilhante que sejas, se não fores transparente, tua sombra será escura”.

A LUZ NO TÚNEL

Estamos atravessando “Os Ásperos Tempos”, prenúncio da “Agonia da Noite”. Esperamos ao final vislumbrar “A Luz no Túnel”. Tomei emprestados os títulos da célebre trilogia escrita por Jorge Amado durante seu exílio em Paris, durante a ditadura Vargas. Para os que não acompanharam o que foram as atrocidades cometidas naquele período o Google disponibiliza em PDF as ferozes perseguições que sofreram os comunistas, com torturas aplicadas indiscriminadamente. Jorge Amado era deputado federal pelo PCB. Não apenas os adversários políticos eram impiedosa e violentamente caçados (literalmente) durante a IIª Guerra Mundial, o simples fato de alguém falar em alemão ou italiano era motivo para prisão sem julgamento. Livros escritos nesses idiomas eram confiscados e destruídos, receptores de rádio tinham as ondas curtas bloqueadas para que os “quinta-colunas” não pudessem ouvir propaganda. (Quinta-coluna é uma expressão usada para se referir a grupos clandestinos que atuam, dentro de um país ou região prestes a entrar em guerra (ou já em guerra) com outro, ajudando o inimigo, espionando e fazendo propaganda subversiva, ou, no caso de uma guerra civil, atuando em prol da facção rival. Por extensão, o termo é usado para designar todo aquele que atua dentro de um grupo, praticando ação subversiva ou traiçoeira, em favor de um grupo rival).
                                                                             Apenas 19 anos separam o fim da ditadura Vargas da ditadura militar, em 1.964. Embora menos sanguinária que a anterior, semeou a discórdia e teve também seus episódios de tortura, prisões e perseguição a adversários. Os que puderam se refugiaram no exterior. Só retornaram após o presidente João Batista Figueiredo promulgar a lei nº 6.683 em 28 de agosto de 1.979, após uma ampla mobilização popular.                                                                                                                              Já na nossa época a leniência substituiu o autoritarismo da ditadura militar. Instituiu-se o “é proibido proibir”, um bordão repetido e cumprido à risca. Saímos do 8 para o 80. Resultado: o caos impera e por ora não se vislumbra “A Luz no Túnel”.
                                                                         Desacoroçoado com a situação vigente consultei meu arquivo e desencavei textos que permitem elevar o ânimo e reacender a esperança. Charles Chaplin, um sábio egípcio do século passado, Dalai Lama (entrevistado pelo Frei Betto) e um velho índio Cherokee sinalizam caminhos para que ela ressurja, com maior vigor. Utopia? Analisem e tirem suas conclusões.





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segunda-feira, 3 de julho de 2017

A FUNESTA PIRÂMIDE





Coluna enviada a "www.litoralmania.com.br" - 01/07/2.017.

http://www.litoralmania.com.br/a-funesta-piramide-jayme-jose-de-oliveira/

PONTO E CONTRAPONTO - por Jayme José de Oliveira
“Por mais brilhante que sejas, se não fores transparente, tua sombra será escura”.

A FUNESTA PIRÂMIDE

Com o advento dos problemas financeiros e econômicos que acometem o Brasil como nação, as empresas, muitas à beira da insolvência, os cidadãos premidos pela inflação e, desgraçadamente, o espectro do desemprego se reapresentando assustadoramente convém lembrar os conselhos que economistas apregoam como tábua de salvação: NÃO GASTAR MAIS DO QUE DISPOMOS. Cheque especial, cartões de crédito e financiamentos bancários são armadilhas fatais que, depois de nelas adentrarmos, a saída se configura uma tarefa por vezes impossível.
VALE PARA PESSOAS, EMPRESAS E ÓRGÃOS PÚBLICOS, INCLUSIVE O GOVERNO FEDERAL.
Enquanto dívidas individuais nos embrenham num descalabro familiar, empresas sofrem processos falimentares, o governo federal não está nem aí para projetos de economia. Os gastos continuam extrapolando, a governabilidade mantida através da farta distribuição de benesses (cargos, verbas e financiamentos a juros subsidiados pelo BNDES) catapultando a dívida até... não podemos imaginar, temer com certeza. Prefeituras e governos estaduais ao atrasarem pagamentos têm o retorno de suas cotas retido pelo Ministério da Fazenda enquanto o governo federal recorre a pedaladas e leis emergenciais (aprovadas pelo Congresso) que o eximem de cumprir compromissos através de manobras de “contabilidade criativa”. Fossem empregados esses artifícios pelos demais setores seriam considerados “pirâmides” que apenas se sustentam enquanto mais participantes ou verbas (Letras do Tesouro, aporte de recursos do exterior, taxas, impostos) afluírem. Mas um dia a realidade bate à porta e a cornucópia esgota.
Ao contrário das cartas os números não mentem jamais. Na transição dos governos FHC-Lula a Dívida Pública do Brasil (interna+externa) perfazia um montante de R$ 852 bilhões. Ultrapassará a marca de R$ 3 trilhões ao final de 2.016 segundo o Plano Anual de Financiamento (PAF). Divulgado pelo Tesouro Nacional o endividamento deverá encerrar o ano de 2.016 entre R$ 3,1 trilhões e R$ 3,3 trilhões.        
Considerando a taxa Selic, 10,25%, base para o cálculo da maior parcela temos aproximadamente R$ 900 milhões/dia de juros.
COMO PAGAR? COM O CRESCIMENTO DA DÍVIDA? ATÉ QUANDO?
Considerando que os R$ 852 bilhões foram acumulados em 180 anos – desde a proclamação da Independência em 1.822, passando por duas guerras mundiais, a construção de Brasília e uma hiperinflação que alcançou o paroxismo em 1.993: 2.708,39% (IGP-DI da FGV), em escassos 14 anos a dívida quase quadruplicou.
Por mais otimistas que sejamos, temos que convir, levará muito tempo para atingirmos uma situação de tranquilidade, isso se invertermos a rota da economia, por mais penoso que seja esse caminho. É hora de TODOS engajarmos de corpo e alma na tarefa, independente de cores políticas e interesses eleitoreiros.
DO CONTRÁRIO... MIREM A GRÉCIA.