Publicado em "www.litoralmania.com.br" - 26/04/2.016
http://www.litoralmania.com.br/quando-ate-a-base-solapa-por-jayme-jose-de-oliveira/
“Por
mais brilhante que sejas, se não fores transparente, tua sombra será escura”.
QUANDO ATÉ A BASE SOLAPA 1
Para haver um mínimo de estabilidade e eficiência em qualquer setor diretivo, é
indispensável que todos os escalões mantenham um mínimo de harmonia e trabalhem
em uníssono. Não é o que acontece no Governo Federal. Enquanto a presidente
tenta realinhar o rumo perdido, ajustar a economia em frangalhos, até a base –
que deveria ser seu sustentáculo – solapa os esforços.
O
Congresso Nacional vai recriar a Frente Parlamentar e de Entidades em Defesa da
Previdência Social Pública. A decisão, a partir de sugestão da Anfip -
Associação Nacional dos Auditores da Receita Federal do Brasil), foi tomada em
reunião da Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Senado, presidida pelo senador
Paulo Paim (PT-RS).
Nota
do colunista: O senador Paulo Paim foi um dos políticos – então deputado
federal – que promoveram a campanha de desvinculação dos reajustes isonômicos nas
aposentadorias com valor superior a 1 salário mínimo. A justificativa era de
que seria impossível elevar o salário mínimo a U$ 100 dólares ou mais enquanto
persistisse a vinculação. Nos últimos anos, contrariando toda a luta pregressa,
o atual senador vitupera contra a “discriminação” que ajudou a criar. Para
avaliar a época da campanha, cito uma entrevista concedida ao saudoso Flávio
Alcaraz Gomes, na qual fez uma defesa candente da lei que agride até hoje o
Art. 5º da Constituição. É indigno provocar consequências deletérias a parte
considerável da população e, posteriormente, mudar radicalmente de postura. Não
esqueçam jamais os aposentados que na raíz do fato está o dedo do senador que
agora pretende perpetrar mais uma agressão ao Art. 5º da Constituição.
A
presidente Dilma Rousseff tenta salvar o futuro da Previdência e, com fins eleitoreiros,
o seu partido (PT) solapa esses esforços.
Prosseguindo
com a notícia publicada no Correio do Povo, 05/03/2.016:
A intenção é reunir senadores, deputados, representantes dos servidores públicos e dos trabalhadores em geral, entidades representativas da sociedade organizada e centrais sindicais. O presidente da Anfip, Vilson Antônio Romero, elogiou a iniciativa que afeta a todos os brasileiros (???).
A intenção é reunir senadores, deputados, representantes dos servidores públicos e dos trabalhadores em geral, entidades representativas da sociedade organizada e centrais sindicais. O presidente da Anfip, Vilson Antônio Romero, elogiou a iniciativa que afeta a todos os brasileiros (???).
“O
simples anúncio de que o governo apontava numa reforma já deixou em polvorosa
os trabalhadores, centrais sindicais e movimentos sociais”, observa.
Nota
do colunista II: A grande massa de aposentados atingidos pela discriminação já
está há anos em polvorosa vendo seus direitos espezinhados pela diferenciada
reposição dos reajustes anuais e que não tem perspectiva de mudanças.
Repisemos
que, como todos os brasileiros, os funcionários públicos dos três poderes que
assim o desejarem, podem complementar suas aposentadorias. A Previdência
Complementar dos Servidores Públicos, vigorante a partir de 05/02/2.013, foi
incentivada e criada pela presidente Dilma Rousseff. O governador José Ivo
Sartori também está empenhado em incluir os servidores estaduais nesse benefício
legal. Essas leis não têm reflexos imediatos na economia nem no caixa da
Previdência. Preservando os direitos adquiridos dos atuais funcionários, apenas
serão aplicadas nos que foram ou forem admitidos após as datas de suas
promulgações, o escopo pretendido é impedir a implosão de todo o sistema, a
longo prazo – quando os novos dependentes atingirem a aposentadoria.
Como
expôs o ministro Jaques Wagner em jantar com empresários, e deles solicitou
apoio, a presidente está empenhada em deixar como legado para o país a reforma
da Previdência Social para que, a partir de 2.017, todos os brasileiros sejam
regidos por lei unificada. ESTE É UM DOS ÍTENS A SEREM CONTESTADOS PELA FRENTE
PARLAMENTAR E DE ENTIDADES EM DEFESA DA PREVIDÊNCIA SOCIAL PÚBLICA. OUTROS, COMO
A EXIGÊNCIA DE IDADE MÍNIMA PARA REQUERER O BENEFÍCIO, IGUALMENTE IMPORTANTES,
TAMBÉM SÃO INCLUIDOS NO ROL DAS INCONFORMIDADES.
COMO
JUSTIFICAR A CONTINUIDADE DOS “MAIS IGUAIS”?
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