segunda-feira, 17 de novembro de 2014

DO SPUTNIK AO PHILAE





PONTO E CONTRAPONTO - por Jayme José de Oliveira
“Por mais brilhante que sejas, se não fores transparente, tua sombra será escura”.

DO SPUTNIK AO PHILAE
Quando, em 1.954, adentrei na Faculdade de Odontologia da PUCRS pespegaram-me, de cara, um apelido que me assentava como uma luva: “O maluco do satélite artificial”. Era o único, pasmem, que acreditava na possibilidade e não apenas nisso, mas na iminência de conquistarmos o espaço sideral. Onde busquei respaldo para a crença? Em Werner von Braun, o genial alemão idealizador das bombas V1 e V2 que fustigaram Londres a partindo do território germânico.
Ao findar a IIª Guerra Mundial EEUU e União Soviética arregimentaram os principais cérebros do IIIº Reich. Werner von Braun foi para os Estados Unidos onde, através da NRL (Naval Research Laboratory) projetou o foguete Vanguard para por em órbita o primeiro satélite artificial.
Em 4 de outubro de 1.957 o “Sputnik 1” russo realizou antes a façanha. Podeis imaginar que, apesar da surpresa que perpassou o mundo, “lavei a égua” com os que por quase 4 anos tinham praticado o que hoje denominam bullying.
Do ‘Sputnik’ ao ‘Philae’, os grandes êxitos da exploração espacial

Projeto Vanguard

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
"Um pequeno passo para o homem, um grande passo para a humanidade". É provavelmente a frase que melhor resume a conquista do espaço e foi dita por Neil Armstrong na Lua, no dia 20 de julho de 1969. Esses pequenos passos começaram, no entanto, no lado rival. A União Soviética marcou o primeiro tento da corrida espacial (o lado mais amável da Guerra Fria). Seu 'Sputnik 1' tornou-se o primeiro objeto a ser lançado ao espaço e entrar na órbita da Terra. Aconteceu no dia 4 de outubro de 1957. O primeiro grande êxito de uma longa cadeia de achados cujo último grande marco é a aterrissagem da sonda 'Philae' no cometa 67P/Churyamov-Gerasimenko.
Sempre houve cérebros privilegiados que se anteciparam e catapultaram a humanidade ética, cultural e tecnicamente.
Eratóstenes (276 a.C – 194 a.C) calculou a circunferência da Terra 3 séculos antes de Cristo - ver coluna postada em 01/03/2.014;
Galileu Galilei (1.564 – 1.642) em 1.611 teve que ir a Roma abjurar a Teoria do Heliocentrismo, embasada na visão de Copérnico;
Pasteur (1.822 – 1.895) criou a primeira vacina contra a raiva;
Einstein (1.879 – 1.955) o pai da Teoria da Relatividade;
Júlio Verne (1.825 – 1.905) escritor que previu a viajem à Lua antes da invenção dos foguetes propulsores e o submarino Nautilus na época em que a fissão do átomo sequer era cogitada, escreveu: “Tudo o que uma pessoa pode imaginar, outros podem realizar”;
Isaac Asimov (1.920 – 1.992) cientista e escritor de ficção científica, elaborou as “Três Leis da Robótica” e é dele o pensamento: “Mesmo quando era jovem, não conseguia acreditar que, se o conhecimento oferecesse perigo, a solução seria a ignorância. Sempre me pareceu que a solução tinha que ser a sabedoria. Qualquer avanço pode ser perigoso, mas, os humanos não seriam humanos sem eles”.
Atenho-me aqui, impossível reportar todos os gênios que merecem nossa admiração, respeito e gratidão.


Jayme José de Oliveira
cdjaymejo@gmail.com
Cirurgião-dentista aposentado




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