sexta-feira, 16 de setembro de 2022

NAZISMO E COMUNISMO

 


PONTO E CONTRAPONTO - por Jayme José de Oliveira

“Por mais brilhante que sejas, se não fores transparente, tua sombra será escura”.

 

 

NAZISMO E COMUNISMO

Cerca de 90% dos Nazistas que fugiram da Europa continental no Pós 2ª Guerra Mundial o fez pela Itália, através de viagens planejadas e organizadas por pessoas com poder, dedicadas a proteger criminosos de guerra. Destes, cerca de 5 mil foram para a Argentina (ironicamente, o mesmo país que recebeu milhares de Judeus e possui, até hoje, uma das maiores comunidades judaicas do mundo fora de Israel). Para o Sul do Brasil vieram cerca 2 mil e ao Chile, cerca de mil. Isto, cultural e ideologicamente, teve repercussão ao longo de gerações.

No Brasil, a Coluna Prestes foi um movimento que percorreu o interior do país, entre 1925 e 1927, integrado por jovens oficiais liderados por Luís Carlos Prestes, que exigiam o voto secreto, a reforma do ensino público, a obrigatoriedade do ensino primário e a moralização da política, denunciando as condições de vida dos miseráveis e a exploração no trabalho dos pobres. Tinha por objetivo um levante popular contra o governo vigente, mas, após a deposição das armas, em 1927, suas lideranças se exilaram na Bolívia. Portanto, com base histórica inquestionável, pode-se afirmar, peremptoriamente, que nunca houve um governo comunista instalado no Brasil.

Para muito além das ditaduras de Getúlio Vargas e do Golpe Militar de 1964 (cujo regime ditatorial foi mantido até 1985), o povo brasileiro soube eleger, ao longo de décadas, governos democráticos dos mais variados matizes.

A Constituição Brasileira de 1988 não previa reeleições, mas, em 1997, durante o governo de Fernando Henrique Cardoso, foi aprovada a Emenda Constitucional nº 16 que passou a permitir somente uma reeleição, para mandatos subsequentes, mas sem restrições para mandatos não consecutivos de Presidentes, Governadores e Prefeitos. Esta modalidade se revelou, na prática política e administrativa, equivocada, pois, a partir de então, os Executivos eleitos passaram a trabalhar, durante o seu primeiro mandato, com o claro objetivo de obterem sucesso eleitoral para um segundo mandato consecutivo.

Em janeiro de 2018 tomou posse, por decisão democrática legitimada por processo eleitoral com uso de urnas eletrônicas, o Presidente Jair Messias Bolsonaro. Mas, ao longo de seu governo, não conseguiu cumprir uma das promessas mais relevantes de seu governo: o de não vir a se aliar a políticos que criticava duramente a campanha eleitoral e que, outrora, também viabilizaram, no Congresso Nacional, outros governantes, hoje na oposição. Também o tão anunciado combate à corrupção ficou soterrado, incluindo a promulgação de inúmeros decretos de 100 anos de sigilo, a cada impasse surgido em seu entorno familiar, de assessores e apoiadores. Graves problemas gerados por escândalos como as “rachadinhas”, a prescrição cientificamente equivocada da cloroquina, a falta de oxigênio e a demora na aquisição de vacinas durante a Pandemia Covid-19, a prisão de um Ministro da Educação após denúncias de movimentações pouco convencionais de Pastores na liberação de verbas públicas, entre tantas outras excentricidades.

Em manifestações públicas inequívocas, assumiu caráter machista, misógino e homofóbico, tendo fracassado em áreas estratégicas com Educação e Cultura, Combate à Fome e à Pobreza, Meio Ambiente e Relações Internacionais.

Também não se houve bem, desafortunadamente, enquanto Estadista nas efemérides relativas aos 200 Anos da Independência do Brasil.

Muito em breve os eleitores brasileiros irão optar democraticamente por um entre vários modelos propostos por Políticos que buscam se eleger para cargos, no Executivo e no Legislativo, no sentido de definirem, pelo voto em urnas eletrônicas, que projetos aprovarão objetivando concretizar o que acreditarem ser o melhor para as futuras gerações, integradas ao mundo civilizado, em pleno século XXI. Serão estes Cidadãos, os autores responsáveis pela História Brasileira próximo-futura.

Que continuemos sendo um Estado Laico, com respeito irrestrito à diversidade e, principalmente, à Constituição.

 

Marília Gerhardt de Oliveira

gerhardtoliveira@gmail.com                                                                                                                                            

 

Jayme José de Oliveira

cdjaymejo@gmail.com

 


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