Coluna publicada em "www.litoralmania.com.br" - 12/01/2019.
http://www.litoralmania.com.br/sob-nova-direcao-jose-de-oliveira/
“Por
mais brilhante que sejas, se não fores transparente, tua sombra será escura”.
SOB NOVA
DIREÇÃO – 12/01/2019
Inicia um novo governo cercado de esperanças pela
maioria e de descrença mixada com sentimentos, inclusive de raiva e rancor
pelos derrotados. Tudo ocasionado por uma campanha na qual os princípios éticos
foram mandados para o beleléu. Por ambas as partes, diga-se de passagem. Oremos
para que as cassandras não tenham razão. Nós, o Brasil e as futuras gerações
dependem do sucesso, caso contrário a situação que já se apresenta crítica
evoluirá para o catastrófico. Nós, cidadãos ordeiros, não merecemos entornar
esse cálice tinto de sangue.
As primeiras declarações do ministro da Justiça e da
Equipe Econômica deixam antever um esforço para que o caos seja superado e os
rumos corrigidos. Para tanto é necessário que não se transformem em vozes
dispersas pelo vento, sem alicerces firmemente ancorados nos fatos. Reporto
alguns pronunciamentos, examinemos em detalhes e arquivemos para futuras
cobranças.
“O Brasil não será porto seguro para criminosos e
jamais, novamente, negará cooperação a quem solicitar por motivos
político-partidários. O fim da impunidade, da corrupção e o combate ao crime
organizado será nosso objetivo”. “As soluções para
vencer a criminalidade não se esgotam em mais verbas, mais armas, mais
equipamentos. Há ralos, superposições e desperdícios que precisam ser sanados
urgentemente. De nada serve endurecer a legislação se o Estado não garantir o
cumprimento da existente”. (Sérgio Moro) Sérgio Moro entende
que a crise da segurança foi um dos motivos que levaram à vitória de Bolsonaro.
Disse: “Mãos à obra”, não há mais tempo a perder”.
Paulo Guedes, ministro da Fazenda e do Economia concedeu
longa entrevista, da qual extraímos alguns tópicos: “Caso a reforma da Previdência não passe, a
alternativa será desindexar e desvincular o Orçamento. Nesse caso, a
responsabilidade de definir onde cortar será dos parlamentares, que vão ter de
lidar com a crise, fazer as escolhas dos setores atingidos pelos cortes.
Inclusive os subsídios entram na lista”.
“O
atual sistema de Previdência é uma fábrica de desigualdades. Quem legisla e
quem julga tem as maiores aposentadorias, o povo brasileiro as menores. A
reforma da Previdência é o primeiro e maior desafio a ser enfrentado”. “Medidas que
não dependem da Constituição serão anunciadas para combater fraudes e
privilégios e poderão ter um impacto de R$17 bilhões a R$30 bilhões/ano”. ”Os três pilares da gestão serão centrados na simplificação dos
impostos, reforma da Previdência e privatizações, acompanhadas da
descentralização de recursos para estados e municípios”. “Estancar o aumento dos gastos públicos, O
MAL MAIOR QUE AFLIGE O PAÍS. Tornar efetivo o teto dos gastos é primordial. O
déficit público estimado para este ano é de R$139 bilhões e precisa ser
contido”. “Faz-se necessário combater o corporativismo e os privilégios. Não
adianta preservar o feudo usado para comprar influência parlamentar. É preciso
restringir o gasto publicitário”. “Acelerar as privatizações selecionadas. Permanecerão em poder da União
alguns setores da Petrobras, Eletrobras, além da Caixa Econômica Federal e o
Banco do Brasil”. “Unificar até
oito tributos, descentralizar recursos, ampliando os repasses para estados e
municípios. A carga tributária precisa ser reduzida, em 2018 foi cerca de 36%
do PIB. Lembramos que 20% era chamado de
quinto dos infernos e seu repúdio
deflagrou uma revolta que culminou com a morte de Tiradentes”. “Atualmente há R$ 1 trilhão de tributos não pagos e R$% 300 bilhões em
desonerações. Apelar para o REFIS é um convite à continuação dos calotes e deve
acabar”. “Cargos comissionados (CCs) podem ser cortados em 30% só na Fazenda e no
Planejamento”. “Para atrair as pessoas
que hoje estão no mercado informal, criar uma carteira verde e amarela onde o
contrato individual prevalece sobre a CLT, mantendo os direitos
constitucionais”. “Abrir a
economia. Quanto mais fechada, maior a corrupção e a venda de favores. Mensalão
e petróleo ocorreram em empresas públicas”. (Paulo Guedes)
PARA NÃO DIZER QUE SÓ FALEI DE FLORES:
Mesmo estando o governo apenas iniciando já surgem baixas
nos componentes, fatos que de certo modo podem ser considerados alvissareiros. Ao
se constatar que uma nomeação não está
conforme os parâmetros recomendados, melhor substituir de imediato que
postergar.
BOLSONARO CONFIRMA DEMISSÃO NA APEX. Alex Carreiro, presidente da Agência
Brasileira de Relações Exteriores teve sua demissão comunicada pelo ministro de
Relações Exteriores, Ernesto Araujo. Na mesma mensagem, o ministro diz ter
indicado ara o cargo o diplomata Mário Vilanova.
OREMOS!
Jayme José de Oliveira
cdjaymejo@gmail.com
Cirurgião-dentista aposentado
Cirurgião-dentista aposentado
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