sábado, 7 de março de 2015

O QUE É BOM PARA O JOÃO É BOM PARA O JOAQUIM



O que é bom para o João é bom para o Joaquim – Por Jayme José de Oliveira


Jayme José de Oliveira
Jayme José de Oliveira
Há aproximadamente três décadas, durante um debate que girava ao redor de reações diversas perante situações similares de acordo com as ideologias, convicções e conveniências pessoais ou de grupos, apresentei uma premissa da qual não tive, até o presente, motivo para modificar:
“O que é bom para o João é bom para o Joaquim”.
Exegese:
1. Ao apoiar atuação de pessoa ou grupo com quem mantenho laços de afinidade, devo também legitimar quando praticado por quem quer que seja, mesmo sendo adversário.
2. Ao condenar posicionamento de quem não concordo, jamais poderei legitimar em meus afins.
À primeira vista parece lógico racional e justo mas como é raro este proceder…
É useiro e vezeiro constatar-se o inverso. Um protesto que apoiamos, frequentemente tem nosso aval mesmo que infrinja preceitos legais (bloco de lutas); quando nos causa transtornos (atinge nosso patrimônio ou nos causa embaraços de locomoção), tachamos de vandalismo injustificável. Façam uma enquete entre seus contatos e constatem a diversidade de opiniões, desde o mais explícito apoio ao repúdio total.
No macrocosmo político também ocorre… e com que frequência! A oposição condena atos que o governo promove e quando assume o bastão, invertem-se os papéis. Totalmente! Mesmo no decorrer do mandato, coerência não é um artigo fácil de encontrar. Lembro Getúlio Vargas que, ao ser informado da ocorrência duma manifestação popular determinou:
“Se forem adversários, apliquem a lei. Os rigores da lei. Se forem correligionários, apliquem a lei. Os benefícios da lei. Mas cuidado, as ações devem, sempre, estarem coerentes com os ditames da lei.
No dia 26/02/2.015 o Ministro da Justiça José Eduardo Cardozo, concedeu longa e pormenorizada entrevista abordando a greve dos caminhoneiros. Alguns detalhes fulcrais:
• Abrimos o diálogo para buscar entendimento, dialogamos com todos que se dispuseram a fazê-lo.
• Apresentamos nossas propostas dentro das possibilidades do momento, ao final assinamos o que foi acordado.
• É nosso dever fazer cumprir as determinações judiciais.
• Para documentar, a Polícia Rodoviária Federal encaminhará à AGU (Advocacia Geral da União) as multas aplicadas que embasarão outras penalidades determinadas pelo Poder Judiciário.
• Os transgressores responderão não apenas infrações de trânsito, também pelo desacato às determinações judiciais.
• As penalidades serão aplicadas individualmente aos transgressores.
• Para fazer cumprir a lei usaremos a força necessária, nem mais, nem menos.
• A aplicação dos pontos acordados está condicionada ao cumprimento por parte dos caminhoneiros.
• As determinações judiciais serão executadas em todo o país, independendo do fato de nem todos terem comparecido, o convite foi universal.
Relembrando o aforismo inicial: “O que é bom…” apoio incondicionalmente a atitude desassombrada do ministro. OS CAMINHONEIROS TEM RAZÃO NAS SUAS REIVINDICAÇÕES? RESOLVAM-NAS NOS CANAIS COMPETENTES, SEM EXPOR O PAÍS AO DESCALABRO. Relembrando o aforismo inicial, o mesmo rigor demonstrado neste episódio não se verifica, ao menos até o momento, quando outras turbas ensandecidas assombram, intimidam, vandalizam e enfrentam quem ouse tentar obstaculiza-las(até um coronel que tentou dialogar foi violentamente agredido, sofrendo inclusive fraturas). Identificar os agressores é fácil, basta consultar as imagens ao dispor. As do link abaixo são impressionantes e inquestionavelmente elucidativas, Integrantes do MST e indígenas também agem impunemente e quando bem lhes convém. A punição dos celerados depende exclusivamente de vontade política.
LENIÊNCIA É INADMISSÍVEL, SEMPRE!
O QUE É BOM PARA O JOÃO É BOM PARA O JOAQUIM!
CORONEL DA POLÍCIA DE S. PAULO É ESPANCADO POR VÂNDALOS – 1min59seg
Jayme José de Oliveira


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