sábado, 21 de dezembro de 2013

O MUNDO É CINZA


As pessoas não nascem boas. As pessoas não nascem más.
Então, como nascem?
 Faço um circunlóquio para arrazoar que nada no mundo é 100%. Nem o mais puro dos minerais, o diamante. Impurezas lhe dão cores e características individuais. Fatalidade? Não, a essência de tudo é a diversidade que permite uma miscigenação constante, uma evolução (ou involução) para que ao fim e ao cabo, sabedores que somos mutantes, possamos nos ir aperfeiçoando até atingir o quase clímax - o clímax é inalcançável, é Deus - percorrendo caminhos tortuosos e repletos de obstáculos, não intransponíveis. Esta jornada iniciou com o primeiro homo sapiens há mais de duzentos mil anos, na mãe África. Sim, somos todos afrodescendentes. Prosseguirá por não sei por quanto tempo e onde chegará, mas antevejo aonde pretendemos ir. Atrevo-me a afirmar que, felizmente, jamais alcançaremos o ápice, pois se tal ocorresse estagnaríamos e seria iniciado o retrocesso.
Por outro lado, ao contrário do Criador - que tem poder ilimitado - somos jungidos à nossa finitude, aos limites que nossa condição que a materialidade nos impõe, podemos criar um robô, jamais lhe implantar uma alma.

 
No seu livro, "As Cavernas de Aço"  Isaac Asimov descreve com mestria esta nossas limitações.
"Um robô pode ser mais forte, mais bonito. Sua memória é melhor e sabe mais coisas. Não tem que dormir ou comer. Não tem problemas com doenças ou pânico, amor ou culpa... Mas ele é uma máquina. Posso fazer o que quiser com ele, se eu bater nele, ele não vai bater de volta. Não podemos construir um robô tão bom como um ser humano em nada do que seja significativo, que dirá melhor. Não podemos criar um robô com senso de ética ou de religião. É impossível elevar um cérebro positrônico uma polegada acima do perfeito materialismo. Não enquanto não entendermos o que faz o nosso cérebro funcionar. Não enquanto houver coisas que a ciência não puder medir. O que é beleza, ou bondade, ou arte, ou amor, ou Deus? Estamos sempre à beira do incognoscível, sempre tentando compreender o que não conseguimos compreender. Isso nos torna homens. O cérebro dum robô deve ser finito, caso contrário não pode ser construído. Deve ser calculado até a última casa decimal a fim de que tenha uma finalidade. Um robô pode ter a aparência dum humano, pode ter a aparência de um deus e ser tão humano como um pedaço de madeira." 
 
"Para cada resposta que obtemos nos surgem dez novas questões, mas, o que nunca vai acabar é a procura do homem pelo conhecimento". (Jayme J. de Oliveira)
"Mesmo quando era jovem, não conseguia acreditar que, se o conhecimento oferecesse perigo, a solução seria a ignorância. Sempre me pareceu que a solução tinha que ser a sabedoria. Qualquer avanço tecnológico pode ser perigoso, mas os humanos não seriam humanos sem eles. (Isaac Asimov)
 
Voltemos ao início. Assim como, geneticamente, possuímos traços masculinos e femininos com predominância dum dos gêneros, 
- quando a equivalência se aproxima, surgem instabilidades - psiquicamente também agregamos virtudes, vícios, maldades, altruísmo... O que nos diferencia é a predominância duns em detrimento doutros e, primordialmente, o meio ambiente e a educação que recebemos dos genitores no princípio e do convívio social no decorrer da vida. Se formos aquinhoados com um perfil condizente a seres civilizados, agradeçamos a quem nos guiou nos primeiros passos.



domingo, 8 de dezembro de 2013

VIDA EM OUTROS AMBIENTES



 
 
 
DIÁLOGO  INTERESSANTE
 
    No ventre de uma mulher grávida estavam dois bebês.
   O primeiro perguntou ao outro:
- Você acredita na vida após o nascimento?
- Certamente. Algo tem de haver após o nascimento. Talvez estejamos aqui principalmente porque nós precisamos nos preparar para o que seremos mais tarde.
- Bobagem, não há vida após o nascimento. Como verdadeiramente seria essa vida?
- Eu não sei exatamente, mas certamente haverá mais luz do que aqui.
Talvez caminhemos com nossos próprios pés e comeremos com a boca.
- Isso é um absurdo! Caminhar é impossível. E comer com a boca? É totalmente ridículo! O cordão umbilical nos alimenta. Eu digo somente uma coisa: A vida após o nascimento está excluída – o cordão umbilical é muito curto.
- Na verdade, certamente há algo. Talvez seja apenas um pouco diferente do que estamos habituados a ter aqui.
- Mas ninguém nunca voltou de lá, depois do nascimento. O parto apenas encerra a vida. E afinal de contas, a vida é nada mais do que a angústia prolongada na escuridão.
- Bem, eu não sei exatamente como será depois do nascimento, mas com certeza veremos a mamãe e ela cuidará de nós.
- Mamãe? Você acredita na mamãe? E onde ela supostamente está?
- Onde? Em tudo à nossa volta! Nela e através dela nós vivemos. Sem ela tudo isso não existiria.
- Eu não acredito! Eu nunca vi nenhuma mamãe, por isso é claro que não existe nenhuma.
- Bem, mas às vezes quando estamos em silêncio, você pode ouvi-la cantando, ou sente, como ela afaga nosso mundo. Saiba, eu penso que só a vida real nos espera e agora apenas estamos nos preparando para ela…
 
 
 
 

Existia no vasto mar um peixinho que sofria Bullying de todos os outros por causa duma teoria disparatada que defendia:

 
-Existe vida fora da água, eu vejo por vezes sombras circulando sobre a superfície. Se não houvesse vida, não haveria movimento.
 
-RSRSRSRSRSRSRSRS...
 
Afoito, o peixinho nadava na beira, sempre à procura de indícios que comprovassem sua teoria.
Um dia, arriscando além do limite seguro, uma onda da maré crescente jogou-o na praia deserta. Angustiado abria e fechava as guelras desesperado em busca de oxigênio. Quase morto, outra onda, no refluxo, reconduziu-o ao habitat natural.
Após se recuperar do trauma da quase morte, nadou célere à procura de seus amigos e, humildemente, afirmou:
 
-Vocês sempre tiveram razão, estive por alguns minutos lá fora e... quase morri. Vocês tem razão, repito, não pode haver vida fora da água.
 
Simile com tantos "doutos" que descreem da possibilidade de haver vida em outro(s)  dos miríades de planetas que existem no Universo.
 
 
 
 

NELSON MANDELA



 
Nelson Mandela (1918-2013)
        O mundo perdeu uma personalidade maiúscula; pela sua vida, seu idealismo, sua influência política nacional e internacional e, principalmente, pelo seu caráter. Que homem após penar 27 anos numa prisão e submetido a trabalhos forçados, ao sair brandiria a bandeira da conciliação com seus adversários? Quem mais superaria os desejos de vingança, o ódio, a vontade de dar o troco? Quem mais ao atingir o poder se aliaria ao seu arqui-inimigo para, juntos, construírem um país sob a égide da tolerância, a ponto de serem galardoados conjuntamente com o Prêmio Nobel da Paz? Quem mais sopitaria seus seguidores e afins a fim de evitar uma luta fratricida que levaria o país ao caos e à eterna luta de retaliações mútuas?
        A África do Sul gestou este homem, enterra-o agora com merecidas honras compartilhadas pelo mundo, mundo que custa a crer na existência de tamanhos altruísmo, desprendimento, de tanta compreensão que, se ambos os lados não ensarilhassem as armas jamais haverá PAZ?
        A África do Sul pertence ao BRIC porque este negro – deixemos de lado a novilíngua que inventou o afrodescendente, somos todos oriundos do homo sapiens que surgiu há mais de 200.000 anos na África – soube sobrepujar tudo em prol da consolidação do país.
        Na África do Sul Nelson Mandela e Frederick Klerck deram-se as mãos, superaram gerações de conflitos e construíram uma nação. No Brasil não foram gerações, poucos anos abriram fossos que nossos representantes não conseguem superar. Alguém imagina uma versão brasileira Nelson-Frederick? Mas que seria um estímulo aos congraçamento e progresso, seria!!!
 
 

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

CIVILIZADOS e BLACK-BLOCS



Uma empresa de telefonia móvel inglesa promoveu essa mobilização na Trafalgar Square, em Londres, reunindo mais 
de 13 mil pessoas.
A empresa simplesmente mandou um convite pelo celular: 
 "Esteja na Trafalgar Square tal dia, tal horário". E nada mais foi dito.
Os que foram acharam que iam dançar, como tem acontecido 
em outras mobilizações desse tipo. Mas, na hora, distribuíram microfones. Muitos, muitos, muitos mesmo... e fizeram um karaokê gigante, de surpresa!!!
E todo mundo que estava na praça, quem estava passando, 
quem nem sabia do convite, cantou junto.
É de arrepiar. Se você um dia curtiu os Beatles, vai se emocionar...
 
Se compararmos com as despropositadas manifestações dos black-blocs que infernizaram o Brasil há bem pouco tempo, QUE DIFERENÇA!!! Entre a espontânea alegria  e o vandalismo, a alma pura das multidões dá um recado, sim, de que a civilização não pode conviver com esses depredadores de patrimônio público e privado.
E HÁ QUEM OS DEFENDA!!! 
Um abraço,
 
 
http://www.youtube.com/watch_popup?v=orukqxeWmM0&vq=médium


CLIQUE no link



 










http://www.youtube.com/watch?v=cfxnZHuL-OQ     (CLIQUE NO LINK)


Se a polícia chegar e mantiver um comportamento respeitoso com a manifestação, a gente vai falando e não vai acontecer nada porque ela  vai se completar nela mesma. Agora, naquele momento em que a gente for reprimido a gente reinvindica o direito à manifestação, a liberdade da manifestação, a liberdade de expressão e em nome deste direito nós lutamos. (Renato Seixas anarcosindicalista)

Se for só uma manifestação pacífica, todo mundo de cara pintadinha, sem máscara, não resolve nada. O negócio é partir para a depredação, só assim é que resolve mesmo. (manifestante mascarada)

Oh! Estou gritando e você não está me ouvindo? Então eu vou quebrar! A gente está se organizando e somos a maioria. Olhem bem nos meus olhos, nós somos a força. (manifestante mascarado exibindo um soco inglês)