Coluna publicada em "litoralmania.com.br" - 11/08/2018.
http://www.litoralmania.com.br/assaltos-frustrados-jayme-jose-de-oliveira/
“Por
mais brilhante que sejas, se não fores transparente, tua sombra será escura”.
ASSALTOS
FRUSTRADOS
“Em qualquer lugar do mundo, QUEM PUXA UMA
ARMA PARA ASSALTAR precisa saber que arrisca a própria vida”. (Elio Gaspari -
Correio de Povo, 16/05/2018)
Os que concordam com a assertiva representam a
maioria do povo brasileiro e mundial, tem de reconhecer que para tornar
possível a reação o cidadão honesto precisa dispor de meios. Para enfrentar um
assaltante armado é necessário estar também de posse de uma arma, sem isso
qualquer tentativa será um suicídio.
Até 2003 havia na legislação brasileira a
possibilidade de aquisição, registro e porte de arma. Em 22 de dezembro de 2003
foi promulgada a lei 10826/03 que dispõe sobre aquisição, registro e posse e
comercialização de armas de fogo e munições, Sistema Nacional de Armas
(SINARM).
Em 23 de outubro de 2005 ocorreu o Referendo do Desarmamento sobre a
proibição e comercialização de armas de fogo e munições. O resultado GERAL do
referendo foi de REPÚDIO: 63,94%. No Rio Grande do Sul o índice CONTRA atingiu
86,83%.
O ministro da Justiça, Márcio Tomaz Bastos, em vez de se submeter à vontade
popular como seria de esperar declarou: “NÓS VAMOS CONTINUAR DA MESMA MANEIRA
FISCALIZANDO RIGOROSAMENTE E O CONTROLE DE ARMAS VAI CONTINUAR SENDO UM BEM
PARA O BRASIL”.
Com o desarmamento subsequente – necessário
salientar que apenas os cidadãos que respeitam a lei cumpriram – os assaltantes
ficaram tranquilos para exercer a “profissão” sem percalços, apenas com um
tormento: agentes da lei andam armados e são treinados para reagir com força
equivalente. E isso tem ocorrido com frequência. Para azar dos assaltantes e
satisfação da população. Cito três ocorrências:
A primeira ocorreu em Suzano, no interior de
S. Paulo. Kátia Sastre levou sua filha de 7 anos para uma festa na escola, estava
na calçada, junto com outras mães e crianças quando um assaltante armado
ameaçou mães e crianças. Kátia é cabo da Polícia Militar. Num átimo tirou sua
pistola da bolsa e deu-lhe três tiros, quase a queima-roupa. Matou-o. No
Guarujá, numa farmácia, um assaltante armado perseguiu um cidadão que estava em
compras. Era um PM em dia de folga. Com um tiro matou o bandido. Os dois vídeos
estão na rede e não deixam dúvida.
O
comportamento da PM de Suzano e de seu colega do Guarujá foi adequado, são
casos clássicos de LEGÍTIMA DEFESA. Discutir a letalidade das forças de
segurança ante a atitude dos dois PMs dos vídeos é uma forma iníqua de
embaralhar a questão. Pior, trata-se de aproveitar os holofotes, às vezes com
fins políticos, em nome do politicamente correto e que não merece a menor
concordância por parte da população desarmada que se sente desprotegida e não dá
apoio à reação da Anistia Internacional.
RIO — A Anistia Internacional pediu que o
Ministério Público de São Paulo investigue 'prontamente' a ação da Policia Civil que deixou
dez assaltantes mortos no bairro do Morumbi, Zona Sul da cidade, após tentativa
de assalto a uma residência na região. Os assaltantes
entraram em confronto com os policiais na rua Pirapó, a poucos quarteirões de
distância da residência onde se encontravam. Oito criminosos foram baleados
dentro dos carros que ocupavam, enquanto outros dois tentaram escapar correndo
e foram atingidos na rua, fora dos veículos.
Os carros onde se encontravam os
agentes do Garra também foram atingidos, embora nenhum policial tenha ficado
ferido. Ao menos quatro fuzis, três revólveres, duas pistolas e cápsulas de
munição foram recolhidos no local, segundo a TV Globo. Procurada, a SSP não
informou quantos itens foram apreendidos após a ação. https://www.youtube.com/watch?v=7p1rH7MQB-0
Em
nota publicada numa rede social na segunda-feira, a Anistia Internacional pediu
investigação 'imparcial e exaustiva' do caso e afirmou que a operação 'não pode
ser considerada um sucesso'. Segundo a Anistia, o combate ao crime é
fundamental para a garantia de segurança pública para todos, mas não é
incompatível com a garantia de direitos humanos e o respeito ao processo legal.
A nota diz ainda que uma polícia que age com excessos contribui para o aumento
da violência, alimentando um ciclo vicioso "que coloca todos em risco,
inclusive os policiais no exercício da função".
Jayme José de Oliveira
cdjaymejo@gmail.com
Cirurgião-dentista aposentado
cdjaymejo@gmail.com
Cirurgião-dentista aposentado
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