segunda-feira, 7 de agosto de 2023

O RISO

 


PONTO E CONTRAPONTO - por Jayme José de Oliveira

“Por mais brilhante que sejas, se não fores transparente, tua sombra será escura”.


O RISO

Após sofrerem um acidente de automóvel que resultou em internamento

hospitalar para tratamento de ferimentos, inclusive fraturas, a reação

anímica dos participantes não poderia ser mais antagônica:

Personagem 1 – Que fatalidade a nossa, estamos neste hospital

imobilizados, sofrendo dores cruciantes e com a previsão de um longo

período de recuperação. As atividades que planejamos estão totalmente

desarticuladas, nossos negócios paralisados e nunca mais voltaremos a

gozar da saúde que era o nosso apanágio.

Personagem 2 – Considerando a gravidade do acidente, graças a Deus

sobrevivemos e dentro em breve poderemos voltar às nossas atividades

e ao convívio de nossos entes queridos.

Enquanto um lamenta a desdita o outro demonstra uma inabalável

convicção que o futuro não se vislumbra lúgubre. Considerando estas

formas díspares de encarar uma desdita, podemos analisar a forma

pessoal de encarar a ocorrências, não apenas no fato em foco, também

no dia a dia. Quando a tendência é nos deixarmos mergulhar num

pessimismo frustrante, os resultados anímicos serão inevitavelmente

desalentadores. Se, pelo contrário encararmos tudo de maneira a

procurar, mesmo nas ocorrências adversas uma visão proativa, a nossa

vida e a convivência com os demais participantes terá sempre

consequência um futuro alentador. Lembro um ditado popular que se

ajusta como uma luva: “Uma gota de mel atrai mais moscas que um barril

de vinagre”.

Todo este preâmbulo para gizar de forma percuciente que podemos

organizar a nossa vida de forma mais agradável quando nossa veia

otimista norteá-la, deixando os maus humores no “fundo do baú”. Por

sinal, estou lendo o romance “O enigma do quarto 622” de Joel Dickel,

do qual extrai o texto que anexo:


“O riso é mais forte que tudo, mais forte até que o amor e as paixões. O

riso é uma forma inalterável de perfeição. É algo de que nunca nos

arrependemos, que sempre vivemos plenamente. Quando termina

estamos sempre satisfeitos, gostaríamos de mais, mas nos resignamos.

Até a lembrança do riso é sempre agradável.” (Sol Levovist em “O

enigma do quarto 622”, pg. 185, romance de Joel Dickel)


Jayme José de Oliveira

cdjaymejo@gmail.com

Cirurgião-dentista aposentado

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