sexta-feira, 11 de agosto de 2023

INDICAÇÕES POLÍTICAS

 


PONTO E CONTRAPONTO - por Jayme José de Oliveira

“Por mais brilhante que sejas, se não fores transparente, tua sombra será escura”.

 

INDICAÇÕES POLÍTICAS

“O governo federal enviou ao STF uma crítica às restrições impostas pela Lei das Estatais à indicação de políticos para cargos de direção em empresas estatais”. (Zero Hora, 18/2/23)

As restrições foram consideradas inconstitucionais, aliados políticos de plantão poderão ser indicados e técnicos, que dominem os meandros da questão serão barrados e isso representará uma catástrofe. O posicionamento encaminhado via Advocacia Geral da União (AGU), contraria frontalmente parecer da Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (PGFN).

O PC do B apresentou a ação no fim de 2022, pede a invalidação dos dispositivos da lei sancionada em 2016, pelo então presidente Michel Temer. É óbvio que políticos que não obtiveram votos para se elegerem sentiram-se atingidos em seus objetivos inescrupulosos.

O relator da ação que faculta as indicações foi o ministro Ricardo Lewandowski, visto como nome próximo do PT no STF.

A AGU seguiu orientação da Presidência da República para defender a revogação da lei moralizadora, a argumentação da Secretaria para Assuntos Jurídicos (SAJ) e afirma que “Os dispositivos impugnados violam a razoabilidade na medida em que presumem a má-fé dos indivíduos a que se refere”.

A Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (PGNF),órgão ligado ao Ministério da Fazenda, admite que as restrições da Lei das Estatais, revelam-se juridicamente legítimas, razoáveis e proporcionais. Caramba, se nem a PGNF considera legítimas as aspirações de derrotados nas eleições que pleiteiam cargos com polpudos salários e para os quais não têm os requisitos necessários, o que diremos nós que, via impostos financiamos esse não apenas desperdício de recursos, mas, pior, a ocupação de cargos vitais para a gestão de órgãos essenciais por pessoas desqualificadas para os cargos?

CÁSPITE!

É endêmico o uso de influências políticas para beneficiar áulicos (puxa-sacos) desde a época do descobrimento do Brasil. Pero Vaz d Caminha na “Carta de Achamento do Brasil” solicitou ao rei de Portugal a libertação de seu genro que havia sofrido pena da banimento para uma ilha africana.

Passou o tempo e o uso se tornou contumaz. Na atualidade o nepotismo (beneficiando parentes) é fato corriqueiro e, mesmo ao arrepio da lei, é um fato tão comum que já não provoca indignação, apenas um “ligeiro dar de ombros” inconformado.

Outro descalabro é o desperdício monumental do erário para atingir fins eleitorais, rachadinhas e rachadões”, corrupção em todos os graus. Financiamento de obras faraônicas, até no exterior, por bancos públicos (o BNDES em maior escala) destinam uma percentagem para os “donos da caneta”, isso é público e notório.

ATÉ QUANDO?

Jayme José de Oliveira
cdjaymejo@gmail.com
Cirurgião-dentista aposentado


segunda-feira, 7 de agosto de 2023

O RISO

 


PONTO E CONTRAPONTO - por Jayme José de Oliveira

“Por mais brilhante que sejas, se não fores transparente, tua sombra será escura”.


O RISO

Após sofrerem um acidente de automóvel que resultou em internamento

hospitalar para tratamento de ferimentos, inclusive fraturas, a reação

anímica dos participantes não poderia ser mais antagônica:

Personagem 1 – Que fatalidade a nossa, estamos neste hospital

imobilizados, sofrendo dores cruciantes e com a previsão de um longo

período de recuperação. As atividades que planejamos estão totalmente

desarticuladas, nossos negócios paralisados e nunca mais voltaremos a

gozar da saúde que era o nosso apanágio.

Personagem 2 – Considerando a gravidade do acidente, graças a Deus

sobrevivemos e dentro em breve poderemos voltar às nossas atividades

e ao convívio de nossos entes queridos.

Enquanto um lamenta a desdita o outro demonstra uma inabalável

convicção que o futuro não se vislumbra lúgubre. Considerando estas

formas díspares de encarar uma desdita, podemos analisar a forma

pessoal de encarar a ocorrências, não apenas no fato em foco, também

no dia a dia. Quando a tendência é nos deixarmos mergulhar num

pessimismo frustrante, os resultados anímicos serão inevitavelmente

desalentadores. Se, pelo contrário encararmos tudo de maneira a

procurar, mesmo nas ocorrências adversas uma visão proativa, a nossa

vida e a convivência com os demais participantes terá sempre

consequência um futuro alentador. Lembro um ditado popular que se

ajusta como uma luva: “Uma gota de mel atrai mais moscas que um barril

de vinagre”.

Todo este preâmbulo para gizar de forma percuciente que podemos

organizar a nossa vida de forma mais agradável quando nossa veia

otimista norteá-la, deixando os maus humores no “fundo do baú”. Por

sinal, estou lendo o romance “O enigma do quarto 622” de Joel Dickel,

do qual extrai o texto que anexo:


“O riso é mais forte que tudo, mais forte até que o amor e as paixões. O

riso é uma forma inalterável de perfeição. É algo de que nunca nos

arrependemos, que sempre vivemos plenamente. Quando termina

estamos sempre satisfeitos, gostaríamos de mais, mas nos resignamos.

Até a lembrança do riso é sempre agradável.” (Sol Levovist em “O

enigma do quarto 622”, pg. 185, romance de Joel Dickel)


Jayme José de Oliveira

cdjaymejo@gmail.com

Cirurgião-dentista aposentado