quinta-feira, 5 de novembro de 2015

ASSIM CAMINHA A HUMANIDADE XVI - IMORTALIDADE I




ASSIM CAMINHA A HUMANIDADE – XVI – A IMORTALIDADE – I  05/11/2.015



PONTO E CONTRAPONTO - por Jayme José de Oliveira
“Por mais brilhante que sejas, se não fores transparente, tua sombra será escura”.

IMORTALIDADE I
ASSIM CAMINHA A HUMANIDADE - XVI
A vida é o nosso bem mais valioso e prolonga-la ao máximo tem sido uma preocupação em todos os tempos. Se, atualmente, podemos almejar ultrapassar com saúde os 80 anos, na Roma antiga o limite beirava os 30. Apenas uma coisa é tida como imutável: a vida é finita. SERÁ?
Lendas referindo a imortalidade sempre existiram, a de Aasverus, o judeu errante é uma delas.
Atenhamo-nos à realidade, as lendas eram uma maneira de propagação oral dos conhecimentos, superstições e diletantismo.
Existe um animal considerado imortal. A água-viva “Turritopsis nutricula” simplesmente não consegue morrer por meios naturais. Sua capacidade de regeneração é tão alta que ela só pode morrer quando completamente destroçada ou devorada por um predador.
Esse hidrozoário tem um ciclo de vida no qual reverte ao estágio de pólipo após chegar à maturidade sexual. É o único caso dum animal capaz de reverter completamente a um estágio de imaturidade sexual, portanto, o único ser capaz de viver indefinidamente. Trocando em miúdos, “Ela vive na forma de água-viva, denominada também medusa, quando adulta. Em um determinado período, que depende de indivíduo para indivíduo, ela volta para a forma jovem, que é um pólipo ou forma de anêmona. Em cativeiro elas efetuam esse ciclo em média 5 vezes ao ano”, explica o professor de animais silvestres da faculdade de veterinária da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Leonardo Bôscoli Lara.
Nos seres vivos o DNA programa a morte, no caso dessa água-viva ele programa a volta dela para o pólipo, afirma o professor. O processo de envelhecimento e morte está registrado no DNA de cada indivíduo. Na morte celular programada ou apoptose a partir de certa idade, os radicais livres produzidos pelo próprio organismo provocam injúrias cada vez maiores nas células, que degeneram enquanto o envelhecimento progride, culminando com a morte.
A água-viva imortal foi descoberta por acaso pelo estudante alemão de biologia marinha Christian Sommer em 1.988 enquanto passava suas férias de verão na Riviera Italiana. Coletando espécimes de hidrozoários para um estudo, acabou capturando a pequena criatura misteriosa (5mm), ficando espantado com o que observou no laboratório. Ela simplesmente se recusava a morrer, regressando ao seu estado inicial de desenvolvimento até reiniciar seu ciclo de vida outra vez, sucessivamente, como se fosse um envelhecimento reverso.
Na próxima coluna abordaremos o processo do envelhecimento e as tentativas de retardá-lo nos vertebrados, inclusive o homem. 
Jayme José de Oliveira
cdjaymejo@gmail.com
Cirurgião-dentista aposentado










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