quinta-feira, 1 de outubro de 2015

ASSIM CAMINHA A HUMANIDADE XII - A VIDA I





PONTO E CONTRAPONTO - por Jayme José de Oliveira
“Por mais brilhante que sejas, se não fores transparente, tua sombra será escura”.

A VIDA – I
ASSIM CAMINHA A HUMANIDADE – XII
O Universo começou com a maior explosão de todos os tempos. Expandiu, esfriou, escureceu. A energia condensou-se em matéria, a maior parte átomos de hidrogênio que se acumularam em nuvens que se separaram umas das outras até formarem galáxias. Dentro destas galáxias surgiu a primeira geração de estrelas.
No fundo das fornalhas estelares a fusão nuclear estava criando os átomos mais pesados, carbono, oxigênio, silício e ferro os elementos que formariam os planetas mais tarde.
Na galáxia Via Láctea a matéria do cosmo foi moldada em novas gerações e estrelas agora com átomos pesados legados das antecessoras estrelas extintas. Os átomos pesados se condensaram pela ação da gravidade em grãos de poeira, gelo e complexas moléculas baseadas em carbono. De acordo com as leis da física e da química os antigos átomos de hidrogênio tinham produzido a matéria que mais tarde, muitos milhões de anos, seriam a matéria prima da vida.

Em outras nuvens, mais agregados imensos de gás e poeira formaram novas gerações  de estrelas e minúsculas concentrações de matéria se agregaram perto delas. Partículas discretas de rochas, metal, gelo e gás formaram os planetas. Nesses mundos surgiram moléculas orgânicas feitas com átomos que tinham sido cozinhados dentro das estrelas. Mais um passo.








Nos oceanos de muitos mundos as moléculas eram destruídas pela luz e remontadas pela química. Um dia, fruto dessas experiências naturais, surgiu por acaso uma molécula que era capaz de uma reprodução grosseira de si mesma. Com o passar do tempo essa replicação se tornou mais precisa. As moléculas que copiam melhor produziam mais cópias, a seleção natural estava em curso, máquinas moleculares elaboradas tinham se desenvolvido. Lenta e imperceptivelmente a vida começara.







Coletores de moléculas orgânicas evoluíram para organismos unicelulares, estes produziram colônias multicelulares e suas várias partes se tornaram órgãos especializados. Algumas colônias prenderam-se ao fundo do mar, outras nadaram livremente. Desenvolveram-se olhos e agora podem ver. Seres vivos saíram do meio líquido para colonizar a terra.  Os répteis dominaram por um tempo, cederam lugar para pequenas criaturas de sangue quente com cérebros maiores que desenvolveram a destreza e a curiosidade sobre o seu meio ambiente. Eles aprenderam a usar ferramentas, o fogo e a linguagem. A matéria estelar tinha chegado à consciência.
Num pequeno planeta dum sistema periférico da Via Láctea, a Terra, a evolução produziu seu esplendor, o homo sapiens, o único que se diferenciou a ponto de desenvolver um cérebro analítico, o apogeu da evolução, até gora inconteste. A lógica e a lei das probabilidades índica que seres inteligentes devem habitar outros mundos, nesta ou em galáxias distantes.
 Como depreendemos, a vida iniciou imaterial, a energia gerada pelo Big Bang transmutou-se em matéria. Hidrogênio como início e o homo sapiens como ápice. E continuamos evoluindo. Biológica, intelectual e eticamente rumo a um destino que não podemos sequer vislumbrar.
Nas próximas colunas daremos prosseguimento, num estágio mais avançado da evolução.

A ORIGEM DA VIDA – 4min19seg
 


Jayme José de Oliveira
cdjaymejo@gmail.com
Cirurgião-dentista aposentado

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