segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

RESCALDOS DUMA TRAGÉDIA


 
 
INCÊNDIO NA BOITE KISS
SANTA MARIA, RS - 27/01/2013
 
Quando ocorrem tragédias como a de Sta. Maria pululam catadupas de indignação, cobrança de medidas fiscalizadoras, preventivas, coersitivas e punitivas.
Nada mais compreensível e justificado, porém relembro que tais iniciativas
quando exercidas com o rigor e meticulosidade exigidas costumam provocar
outra catadupa, a do inconformismo dos atingidos e frequentadores. Exemplo
paradigmático é a resistência à retirada das mesas nas calçadas fronteiras aos bares da cidade baixa. Alegou-se coersão injustificada que tolheria a possibilidade de lazer dos usuários e inviabilizaria economicamente os empresários. Exigir isolamento acústico? Nem pensar. Se forem eventos religiosos... sacrilégio.
Para finalizar, os pais por vezes também tem parcela se culpa ao entregarem, por exemplo, a direção de potentes carros a adolescentes não habilitados e, quando ocorrem acidentes fatais... não adianta chorar sobre o leite derramado.
A este último tópico acrescento que o não alinhamento soidário às medidas corretas, legais e pertinentes quando vão de encontro aos nossos interesses e ou comodidades é uma constante de difícil eradicação. Por quê baixar o som
da TV em horários nos quais vizinhos merecem repousar? Em festas que se prolongam madrugada a dentro  que só nos dizem respeito por quê evitar algazarras? Por quê não pisar no acelerador quando supomos estarmos livres de fiscalização? Por quê exigir dos filhos cumprimento de horários quando sem e se divertem com a "tchurma"? Por quê permanecer comedido nas divergências com familiares e ponderar sobre os argumentos que não coincidem com os nossos? Somos onicientes e donos da verdade absoluta?
Por quê?... Por quê?... Por quê? 

 


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