terça-feira, 28 de abril de 2015

ASSIM CAMINHA A HUMANIDADE III




Assim caminha a humanidade III – Por Jayme José de Oliveira


Jayme José de Oliveira
Jayme José de Oliveira
As colunas “ASSIM CAMINHA A HUMANIDADE I e II” alicerçam as que publicarei doravante. Abordarei fatos históricos relevantes que, muitas vezes, modificaram o rumo da História ou poderiam tê-lo feito; invenções e descobertas que catapultaram o progresso, da pedra lascada à conquista do espaço sideral; personagens que contribuíram para a humanidade se tornar o que atualmente é e quaisquer fatos que tenham protagonizado a jornada já tão longa e que sequer sonhamos até onde nos conduzirá.
A EVOLUÇÃO A PARTIR DO BIG BANG
Se afirmasse que Deus é a origem e Criador de tudo que existe no Universo e, além disso, continua regendo como o único e grande Maestro, estaria me filiando aos criacionistas e posicionaria Charles Robert Darwin entre os visionários iconoclastas.
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Se, ao contrário, apoiado na teoria apresentada em sua obra “A Origem das Espécies” (1859) debitasse às mutações uma sequência fortuita de transformações que ao longo do tempo levaram a molécula primordial evoluir até atingir seu apogeu, o homo sapiens, deixaria um vácuo impossível de ser preenchido, o início de tudo, do próprio Universo. A teoria do Big Bang ocorrido a 13,7 bilhões de anos não responde a pergunta fulcral: E antes?
Admitindo a existência de um Ser Todo Poderoso, Jeová, Deus, Alá ou Natureza, seja lá como O denominemos, nada mais lógico que admitirmos uma simbiose entre as duas teorias:
Deus criou o Universo com diretrizes para o tempo se encarregar da trajetória, a vida foi um corolário da evolução e o homo sapiens seu ápice.
Estamos em contínua progressão, por vezes em saltos gigantescos, outras sofrendo retrocessos lastimáveis. Não sabemos até quando, como e se ocorrerá a chegada ao Nirvana, que não será o místico mas o resultado do contínuo burilar das evoluções física, científica e ética.
Esta jornada que iniciou na pré-história selvagem, inculta e individualista, ruma com avanços e recuos em busca da civilização, da cultura e da vida comunitária sem guerras e hegemonias, onde todos usufruirão um existir digno tanto físico como emocional e intelectual. Não teremos como parâmetro a utopia de Thomas Morus, dos formigueiros e das colmeias onde o coletivo sufoca o indivíduo e obstrui o crescimento.
E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; e domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves do céu, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo o réptil que se move sobre a terra. (Gênesis 1:26)
O homo sapiens na sua trajetória que já dura 200 mil anos se diferencia de todos os outros seres vivos porque evoluiu não apenas na parte somática mas, principalmente, abriu espaço para a MORALIDADE.
A moralidade fala de um sistema de comportamento que diz respeito aos conceitos de certo ou errado. A palavra carrega conceitos de: (1) padrões morais, no que diz respeito a comportamento, (2) responsabilidade moral, no que diz respeito à nossa consciência e (3) identidade moral, alguém que é capaz de distinguir e agir certo ou errado. Os sinônimos mais comuns incluem ética, princípios, virtude e bondade. A moralidade tornou-se uma questão complicada no mundo multicultural em que vivemos. Indubitavelmente percorremos um longo e acidentado caminho até hoje, não o fizemos de maneira uniforme e continuamente ascendente. Houve recuos entremeando o progresso mas, ao fim e ao cabo chegamos onde estamos, melhores do que éramos quando iniciamos e longe do ponto que pretendemos alcançar.
A HISTÓRIA PODE SER DIVIDIDA EM:
 Pré-História, Idade Antiga, Idade Média, Idade Moderna, Idade Contemporânea.
 AS PRINCIPAIS CIVILIZAÇÕES, POR ORDEM ALFABÉTICA:
Árabe, Assíria, Asteca, Babilônia, Cartaginesa, Celta, Chinesa, Egípcia, Fenícia, Francesa, Germânica, Grega, Inca, Inglesa, Indiana, Japonesa, Maia, Olmeca. Persa, Rapa-Nui, Romana, Russa, Suméria, Turca, Viking.
Há 2.ooo anos a crucificação, impensável hodiernamente, era uma punição inserida nos cânones da jurisprudência contemporânea que condenou e executou Jesus Cristo.
Há 2.ooo anos a crucificação, impensável hodiernamente, era uma punição inserida nos cânones da jurisprudência contemporânea que condenou e executou Jesus Cristo.
Como insistissem na pergunta, Jesus levantou e disse: “Aquele que dentre vós estiver sem pecado que lhe atire a primeira pedra”.(João 8:7) Consideremos as particularidades dos grupos, etnias, religiões, éticas, regiões, etc. dissimilares, há muita diversificação de usos e costumes.
Como insistissem na pergunta, Jesus levantou e disse:
“Aquele que dentre vós estiver sem pecado que lhe atire a primeira pedra”.(João 8:7)
Consideremos as particularidades dos grupos, etnias, religiões, éticas, regiões, etc. dissimilares, há muita diversificação de usos e costumes.
É A COORDENADA DO TEMPO
A clitorectomia, a circuncisão, a lapidação (apedrejamento) e o rapto para fins que nos causam náuseas, fazem parte dos costumes tanto sanitários como religiosos e jurídicos de diversos povos em pleno século XXI, dependendo de fatores de localização e idiossincrasias.
Abordaremos estas questões inter-relacionadamente quando viável, separadamente quando não, prospectando subsídios onde for possível pesquisar. Religiões e ciência nos fornecem farto material para estudo, resta separar criteriosamente.
No povoado de Chibok, no norte da Nigéria, a frase “a esperança é a última que morre” não significa nada. Para mais de 200 famílias de lá, a esperança já se perdeu – o que ainda permanece é a raiva pela impotência diante do que aconteceu há oito meses.Foi em 14 de abril de 2.014 que 276 estudantes de uma escola local foram sequestradas por militantes do grupo extremista BokoHaram.
O que aconteceu:
4Naquela noite, um grupo de homens armados invadiu um internato público de Chibok – um local predominantemente cristão, reuniu as jovens que tinham entre 16 e 18 anos em um auditório e começou a atear fogo aos dormitórios e salas do prédio, sequestraram 276 e as transportaram para local desconhecido.
Muitas das meninas que conseguiram escapar fizeram isso saltando dos caminhões e contando com a ajuda de desconhecidos que deram uma carona para elas naquela região hostil.
Do resto, não se soube mais, até o dia em que o líder da organização, Abubakar Shekay, que tem 30 ou 40 anos e foi descrito como “parte teólogo, parte gângster”, apareceu em um vídeo em meados de maio.
5“Eu sequestrei suas filhas”, disse. “Vou vendê-las no mercado, por Alá. Vou vendê-las e entregá-las ao matrimônio.”
“A escravidão é permitida na minha religião. Vou capturar as pessoas e escravizá-las.”
Em pleno século XXI. Em nome de costumes, ódio aos que não participam das mesmas crenças, fanatismo, ocorrem fatos como os acima descritos.
 É A COORDENADA DA GEOGRAFIA
Jayme José de Oliveira – cdjaymejo@gmail.com

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quarta-feira, 22 de abril de 2015

ASSIM CAMINHA A HUMANIDADE II




Assim caminha a humanidade II – Por Jayme José de Oliveira

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Jayme José de Oliveira – cdjaymejo@gmail.com

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quarta-feira, 15 de abril de 2015

ASSIM CAMINHA A HUMANIDADE I



PONTO E CONTRAPONTO - por Jayme José de Oliveira
“Por mais brilhante que sejas, se não fores transparente, tua sombra será escura”.

ASSIM CAMINHA A HUMANIDADE – I
ASSIM CAMINHA A HUMANIDADE-1 inicia uma série de colunas, em princípio postadas semanalmente. Abordarão assuntos os mais variados que tentarão esmiuçar a trajetória do homo sapiens desde o primórdio, ocorrido há 200.000 anos.
Evolução (ética, tecnológica e comportamental), história, cultura e ciência complementarão o contexto.
Para iniciar escolhi como tema o Universo e sua composição desde as partículas subatômicas até as mais distantes galáxias. O Big Bang, princípio de tudo, as teorias que evoluíram no decorrer do tempo e as previsões de como prosseguirá. 
O UNIVERSO
O universo existe há 13,7 bilhões de anos;
a Terra, há 4,5 bilhões;
o homo sapiens, há 200.000.
O surgir deste bípede frágil mas com um plus que o catapultou ao píncaro, o cérebro, desencadeou a busca incessante de respostas ao ignorado.
O que é o universo? De que se compõe? Há quanto tempo existe? Continuará sua evolução? Como evoluirá? Há outros universos?
Perguntas, perguntas, perguntas...
Os gregos acreditavam que o universo era formado por quatro elementos: água, terra, fogo e ar. A combinação deles seria a essência de tudo e tudo podia ser reduzido ao tamanho do indivisível: o átomo. Hoje sabemos que não é bem assim, na realidade se ampliou o número dos elementos e o indivisível foi dividido.
Mas, afinal, de que se compõe o universo?
Pode parecer paradoxal e quase inacreditável, mas tudo o que vemos, sentimos e abrangemos, o nosso universo visível e palpável representa apenas 5% do que realmente existe. Inclui desde as partículas subatômicas até as mais distantes galáxias.
A “matéria escura”, outros 23%;
a “energia escura”, os restantes 72%.










Descobrimos que o átomo é composto por um núcleo constituído pelos prótons (carga elétrica positiva) e nêutrons (sem carga elétrica). A coroa é formada pelos elétrons (carga elétrica negativa). O equilíbrio existe quando se contrabalançam.


Para visualizarmos os átomos temos de ter como parâmetro 10-14 metro. Os prótons e nêutrons se situam na escala 10-15 metro e os quarks  10-18 metro. Há físicos que estendem os parâmetros para níveis muito inferiores, chegaríamos às cordas, mas isso é assunto controverso, ainda provoca polêmicas.

Existem quatro forças que interagem no universo mantendo-o coeso e harmonioso.
1.   Força gravitacional.
Isaac Newton, o da maçã caindo na cabeça, elaborou as leis da gravitação: “Dois corpos atraem-se com força diretamente proporcional às suas massas e inversamente proporcional ao quadrado da distância que separa seus centros de gravidade”. A gravidade que nos permite permanecer na Terra obedece esta lei.
2.   Força eletromagnética.
Resulta da ação das atrações e repulsões elétricas e magnéticas dos corpos distantes entre si.
3.   Força nuclear forte.
 Mantém os quarks em suas posições. É de tal magnitude que supera a força da gravidade de maneira extraordinária.
4.   Força nuclear fraca.
É a força que cinde as partículas nas reações radioativas.
RADIAÇÕES
O universo está repleto de radiações naturais que viajam à velocidade da luz. Raios cósmicos, raios X, raios ultravioletas, neutrinos, raios gama, ondas hertzianas... Os raios cósmicos quando se chocam com a atmosfera terrestre explodem como se saíssem dum chuveiro e o feixe primário deixa de existir e se transforma em diversas partículas que podem ser analisadas nos laboratórios.








Algumas radiações tem um poder de penetração tão intenso que para serem detectadas e estudadas sem interferência das demais, constroem-se laboratórios no interior de montanhas, centenas de metros abaixo da superfície, em terreno rochoso. Mesmo assim, partículas como os neutrinos conseguem atravessar. Aliás, os neutrinos atravessam o globo terrestre e continuam sua trajetória pelo espaço sideral.
Além desse poder de penetração, raios cósmicos, raios X e ultravioletas entre outros, podem ser deletérios à vida, provocam doenças e mutações.
Além das radiações naturais, outras podem ser criadas artificialmente a partir de aceleradores de partículas. O Grande Colisor de Hádrons em Genebra é o mais potente e através dele os cientistas pretendem confirmar a existência do Bóson de Higgs. Em 14 de março de 2.013 ocorreu o primeiro sucesso que, confirmado em novas tentativas preencherá a última lacuna. Também conhecido como a partícula de Deus, devido à propriedade de permitir que as demais partículas possuam diferentes massas. Originada nos primeiros momentos do Big-bang seria o responsável, pela existência de massa no universo.








Isso tudo constitui a parte visível do universo que conhecemos.

MATÉRIA E ENERGIA ESCURA
Após decorrer longo tempo, quando parecia ser estável o universo e seu destino previsível seguindo as leis de Newton, surgiram anormalidades que inicialmente suscitaram dúvidas, certezas a posteriori. Iniciemos relembrando as Leis de Newton:
1.   Todo o corpo continua em estado de repouso ou de movimento, a menos que seja forçado a mudar aquele estado por forças aplicadas sobre ele. É o princípio da inércia do repouso e da inércia do movimento.
2.   A mudança de movimento é proporcional à força motora imprimida, e é produzida na direção da linha reta na qual aquela força é imprimida.
3.   A toda a ação há sempre uma reação oposta e de igual intensidade, as reações mútuas de dois corpos um sobre o outro são sempre iguais e dirigidas em sentidos opostos.
Johannes Kepler complementou ao calcular os tempos e trajetórias dos planetas.
1.   Os planetas descrevem órbitas elípticas, com o sol num dos focos.
2.   O raio vetor que liga o planeta ao sol descreve áreas iguais em tempos iguais. Para tanto, as velocidades de translação variam com a distância do sol.
3.   Os quadrados dos períodos de revolução são proporcionais aos cubos das distâncias médias do sol aos planetas. É uma constante de proporcionalidade.
Para que estas leis funcionem a contento, as massas que interagem gravitacionalmente tem que ser conhecidas e estarem dentro de parâmetros factíveis. Observações mais acuradas revelaram que a órbita de Plutão sofria anomalias que só explicadas após a descoberta de Netuno. A massa do novo planeta provocava as excentricidades aparentes de Plutão.
Mais uma vez parecia que tudo fora solucionado e o universo era regido segundo as leis conhecidas na época.
Com o lançamento de satélites como o Hubble e de sondas espaciais constatou-se nova anomalia, desta vez em nível galáctico. Que o universo se expande era fato conhecido, porém, pelas leis da gravitação as galáxias não poderiam ter uma velocidade de rotação maior na periferia que na zona central como ocorre. Em vez de considerar erradas as leis da gravitação, evoluiu-se para admitir a existência de massas não visíveis mas que equilibram o conjunto. Não sendo visíveis, denominou-se de “Matéria escura”. A matéria escura não emite luz e não pode ser observada por telescópios óticos. É invisível, misteriosa e só pode ser detectada de modo indireto pela força gravitacional que exerce, por telescópios de lentes gravitacionais (imagem anexa). Especialistas sugerem que ela é formada por partículas massivas que praticamente nunca interagem com partículas normais de matéria.
 















Para complicar de vez, atualmente há cientistas renomados como Stephen Hawking que consideram a possibilidade da existência não de um universo, mas inúmeros, os multiversos. Também as dimensões que conhecemos, três mais o tempo, se ampliam até atingirem um número de onze.
Estamos recém adentrando no estudo da “Teoria do Tudo”. O que virá, não podemos nem remotamente pensar, mas o certo é que a curiosidade e o engenho humanos continuarão na busca incessante do ainda desconhecido.
VIAJEM AO LADO ESCURO DO UNIVERSO – 8 min
BÓSON DE HIGGS– 11min49seg

Jayme José de Oliveira
cdjaymejo@gmail.com
Cirurgião-dentista aposentado

terça-feira, 7 de abril de 2015

1º PARLAMENTO IBERO-AMERICANO DA JUVENTUE




1° Parlamento Ibero-Americano da Juventude – Zaragoza, Espanha – por Jayme José de Oliveira


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Jayme José de Oliveira
Quando conscientizados para causas justas, os jovens se engajam com todo o ardor característico e promovem movimentos que tem o condão de, inclusive, abalar estruturas aparentemente indestrutíveis. Assim ocorreu em agosto de 1.992 quando os caras-pintadas lideraram o movimento que culminou com o impeachment do presidente Collor.
A proliferação de governos populistas com vieses totalitários ou mesmo “democráticos” estão estimulando um novo movimento.
Entre 17e 19 de setembro de 2.014 a Rede Ibero-americana LIDER organizou o 1º Parlamento Ibero-americano da Juventude em Zaragoza, na Espanha. Gloria Alvarez do Movimento Cívico Nacional da Guatemala fez uma apresentação sobre os males do populismo, o que ela diz explica muito do que ocorre atualmente no mundo, inclusive no Brasil.
Transcrevo uma sinopse, o link ao final permite acessar a íntegra.
O Populismo inicia acabando com as instituições e pouco a pouco reescreve constituições para poder adequá-las aos desejos dos diferentes líderes corruptos que temos na América Latina.
O Populismo não existe por casualidade mas pelo péssimo trabalho dos governos que os antecederam e que nos levaram à crise absoluta e induziu populações a recorrerem a esses líderes, às vezes por vias democráticas e isso justifica sua permanência no poder.
O que esperamos do governo? A defesa dos direitos inalienáveis de cada um de nós: nossa vida, nossa liberdade e nossa propriedade. Estes direitos podem e devem existir para todos indistintamente. Além destes, há também o direito à saúde, à educação e uma série de outros, que não foram atendidos. O problema é que para existirem esses direitos para todos, exige-se a renúncia do direito de alguns excedentes de certas pessoas para serem outorgados à população. Por causa disso surgiram regimes populistas e autoritários que vemos hoje. Independentemente de nossa ideologia política, temos que encarar o debate de como distribuir os direitos e donde tirar os recursos, porque, se não o fizermos, as populações seguirão vendo nesses líderes a solução.
O Populismo é o atalho pelo qual se joga com as necessidades do povo prometendo o impossível aproveitando a miséria das pessoas, desprezando a razão e a lógica na tomada das decisões. Joga com a necessidade para impor uma ditadura.
Há três tipos de governo possíveis: Monarquia, que degenera em Ditadura; Aristocracia, onde um grupo governa virando Oligarquia e nós na América Latina conhecemos bem ou há uma Democracia onde todos governam e acaba degenerando em demagogia, algo que também conhecemos.
Quando os gregos – Sócrates e Aristóteles foram os filósofos porta-vozes – analisaram essas três formas de governose deram conta que a República era a resposta porque dava institucionalidade ao governo. O Monarca na forma de Presidente, a Aristocracia na forma de um Parlamento e a Democracia como veículo e via de comunicação e escolha. É por isso que a República anula os vícios das três formas de governo para agrupá-los de forma institucionalizada que o Populismo, hoje, está destruindo. Acabemos com o Populismo através da tecnologia que permite nos comunicarmos e descobrir que nossos líderes populistas anulam a razão e a lógica estimulando as paixões. Nós também devemos usar a paixão, mas pela educação, pela troca de ideias, pelo conhecimento e para recuperar a dignidade das pessoas. Pessoas sem dignidade pensam que precisam de um líder para controlar absolutamente tudo. A miséria as faz conceder seu voto por qualquer objeto material que naquele momento necessitem.
A admiração que há pelo Regime Cubano ou Venezuelano é absurda porque não é guiada pela razão e pelo conhecimento, mas pela ideologia. Poucos reconhecem, por exemplo, que em Cuba um engenheiro prefere ser taxista. Poucos veem no regime Chavista as atrocidades e as violações dos direitos humanos, porque tudo o que veem é que há saúde e educação de graça. MAS NADA É DE GRAÇA, tudo é pago com o dinheiro originado da corrupção e quando ela começa – a corrupção – todo o sistema perde suas virtud
Na Guatemala teremos eleições e, infelizmente, os três candidatos vão pela via populista, sejam de direita ou de esquerda. O populismo se infiltrou em todas as ideologias porque divulgou: “Você está mal porque alguém está bem”. O que temos de resgatar é que todos podemos estar bem.O fato de que uma pessoa acumula riquezas não impede outra de acumular também. Para que isso aconteça precisamos de segurança jurídica, de um Estado correto e acima de tudo, resgatar nos nossos Parlamentos o respeito e a admiração pelo debate de ideias com argumentos baseados na lógica e na razão e não em interesses pessoais e subalternos. Mas, um povo que não tem educação não vai exigir isso de seus políticos. Um debate pela lógica e razão será facilmente manipulado pelas paixões. Devemos usar as redes sociais e a tecnologia, que abrangem todo o continente, para acabar com o Populismo indutor da ilusão de que só os benefícios materiais importam ao votar.
Eu proponho que amanhã, ao assinarmos a Declaração de Zaragoza, nos comprometamos a acabar com o Populismo e resgatar o nosso futuro.
http://www.psdb-rj.org.br/site/midia/espaco-aberto/4509-gloria-alvarez-sobre-populismo-no-parlamento-iberoes.americano-da-juventude

quarta-feira, 1 de abril de 2015

AS DIVERSAS FACES DO MAL



Litoralmania
Disco Mania

As diversas faces do mal – por Jayme José de Oliveira

Publicado por  em 31/03/2015 as 10:08
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Jayme.1-150x150111111O fascínio do mal está no poder que às vezes ele proporciona. Quando pessoas, autoridades ou corporações extrapolam seu poder em benefício próprio estão praticando a essência do mal.
Quantos pró-homens que são expoentes nacionais, ou mesmo mundiais, passariam pelo crivo duma auditoria em seus bens? A PEC da reeleição, o mensalão e o petrólão desnudaram o despudorado saque que sangrou e sangra o país moral e monetariamente a ponto do governo não poder honrar seus compromissos e ter de se valer de “contabilidade criativa”, eufemismo de calote institucionalizado. Ah! Mas para que tudo isso ocorresse foi necessário que corruptos, corruptores, agentes de fiscalização e gerenciamento das contas públicas se mancomunassem.
Sua Santidade o Papa Francisco, no encontro com o Patriarca Bartolomeu afirmou:
“O processo de cura também necessita incluir a busca pela verdade. Não para que sejam abertas velhas feridas, mas como meio para promover a justiça e a unidade”.
Não falou em reviver as velhas discórdias que levaram à mútua excomunhão em 1.054, mas pura e simplesmente em encerrar o litígio.
Nelson Mandela sofreu 27 anos no cárcere, com trabalhos forçados. Quem mais poderia, ao sair, encetar um tsunami de vingança? Não! Protagonizou uma cruzada de integração e, como resultado a África do Sul, ao contrário dos países da Primavera Árabe, singra em mares se não totalmente tranquilos, navegáveis.
Outra face do mal, esta insidiosa e por conseguinte difícil de ser percebida é quando o Mal utiliza parte do Bem para não apenas se justificar mas, pior, camuflar a maldade sob aparência de bondade. A parábola do lobo em pele de cordeiro é emblemática. A expressão “lobo em pele de cordeiro” tem origem numa frase de uma parábola de Jesus, proferida no Novo Testamento: “Cuidado com os falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas, interiormente, são lobos devoradores”(Mateus 7:15-20).
Não sou fã de Paulo Coelho, mas, como leitor compulsivo, por vezes o faço.
Num de seus livros, descreve a jornada do Profeta doutrinando um discípulo. Atravessavam o deserto quando este aponta para um vulto distante.
- Mestre, veja lá, o demônio deixou cair algo na beira do caminho.
- É um pedaço da Verdade.
- Então, se ele está espalhando a Verdade, ao contrário do que pensamos, também está a serviço do Bem.
- Ao contrário, ao dividir a Verdade em fragmentos e espalhá-los pelo mundo tenta provocar a intriga, as guerras, a intolerância e a confusão. No caos que isso origina aumenta o número de prosélitos. Cada um que encontrar um pedaço da Verdade pensará estar de posse do todo e defenderá a “sua Verdade” contra todas as outras, também Verdades, que julgará mentiras.
Quando se fragmenta a Verdade em parcelas, todos se julgarão possuidores do todo e lutarão pela supremacia de sua versão por todos os meios, sem medir as consequências. É o princípio do caos.
Finda a I Guerra Mundial, os vencedores impuseram, em 1.919, o Tratado de Versalhes assinado no Salão dos Espelhos do palácio homônimo. As condições eram tão draconianas que desembocaram na II Guerra Mundial. Ao final desta, a contragosto dos demais aliados, os EUA implantaram o Plano Marshall que permitiu as reconstruções da Alemanha, da Itália e do Japão.
A Alemanha, mercê o labor de seu povo e as condições supervenientes à hecatombe se reergueu, derrubou o Muro de Berlim e hoje é uma pujança mundial.
Qual o melhor caminho par encerrar uma guerra?
Se formos escarafunchar nossas mágoas, nossos filhos e os filhos dos nossos filhos continuarão se odiando e retalhando.
Prefiro dar um ponto final!
Podemos não concordar qual seria a maneira mais consentânea para o entendimento, porém, quando possuímos convicções arraigadas, não convencemos ninguém nem permitimos sermos convencidos. Se é um direito inalienável manter posições, e é, laborar para uma convivência possível é mais compatível com o futuro.
Fiquemos com nossas parcelas de verdade e admitamos as de outrem.
Sabe moço
Leopoldo Rassier
“Sabe, moço,
Que no meio do alvoroço
Tive um lenço no pescoço,
Que foi bandeira pra mim.
Que andei em mil peleias,
Em lutas brutas e feias,
Desde o começo até o fim.
Sabe, moço,
Depois das revoluções
Vi esbanjarem brasões,
Pra caudilhos, coronéis.
Vi cintilarem anéis,
Assinatura em papéis,
Honrarias para heróis.
É duro, moço,
Olhar agora pra história
E ver páginas de glórias
E retratos de imortais.
Sabe, moço,
Fui guerreiro como tantos
Que andaram nos quatro cantos,
Sempre seguindo um clarim.
E o que restou?
Ah, sim,
No peito em vez de medalhas,
Cicatrizes de batalhas,
Foi o que sobrou pra mim
Ah, sim,
No peito em vez de medalhas,
Cicatrizes de batalhas,
Foi o que sobrou pra mim”.
Sem-Título-1
Jayme José de Oliveira – cdjaymejo@gmail.com

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