sábado, 25 de dezembro de 2021

ANTÍPODAS

 


PONTO E CONTRAPONTO - por Jayme José de Oliveira

“Por mais brilhante que sejas, se não fores transparente, tua sombra será escura”.

 

ANTÍPODAS – 02/01/2022

O ano de 2021 se caracterizou por aspectos os mais diversos, alguns disparatados. Atentem para a declaração do Ministro da Saúde Marcelo Queiroz:                                                                                                                             “Os óbitos em crianças (por covid-19) estão absolutamente dentro de um patamar que não implica em decisões emergenciais. Ou seja, favorece o Ministério da Saúde, que tem de tomar suas decisões em evidências científicas de qualidade”.                                                                                                  Rosane de Oliveira, comentarista política de Zero Hora (24/12/2021):      “O que é muito pouco quando se trata de morte de crianças? Vinte e uma nos últimos 12 dias, como se viu na África do Sul, ou 305, em dois anos, no Brasil? Pode parecer pouco para quem faz a ciência do palpite, a menos que seja filha ou neta do palpiteiro”.

A ANVISA que não só autorizou como recomenda a vacinação de crianças, configurada em decisões técnicas embasadas nos estudos de cientistas de países diversos. Mais de vinte países já estão providenciando a vacinação de crianças, a melhor prevenção possível para evitar a disseminação descontrolada. Estados Unidos, Canadá, França, Alemanha, Portugal, Israel, para citar alguns dos mais conhecidos, estão na lista.

Os cientistas que recomendam a vacinação serão profissionais sem luz, sem discernimento, a serviço de indústrias farmacêuticas que pretendem faturar no rastro da ignorância de pais apavorados, alguns enlutados? Os “luminares” defensores da teoria do terraplanismo, certamente têm fundamentos mais sólidos para recomendar uma “espera cautelosa” por resultados à prova de quaisquer dúvidas. Esperar até 5 de janeiro, balizados numa pesquisa de opinião exarada por cidadãos que possuem, obviamente, conhecimentos mais robustos. Cientistas que dedicam a vida à procura de vacinas e medicamentos não podem confrontar os “conhecimentos” dos que nunca adentraram num laboratório que merece esta designação.

O grupo de especialistas, criado para assessorar o Ministério da Saúde no combate ao Covid-19, divulgou, no dia 24/12/2021, nota afirmando que a variante Ômicron amplia o risco de contaminação em crianças e defende a vacinação urgente desse segmento da população. A chegada da variante Ômicron, com mais transmissibilidade, faz das crianças um grupo com maior risco de infecção, conforme vem sido observado em países onde houve transmissão comunitária. Neste complexo epidemiológico torna-se oportuno e URGENTE ampliarmos o benefício da vacinação a este grupo etário, diz a nota da Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização da Covid-19. O documento é assinado por entidades como o Conselho Federal d Enfermagem, as Sociedades Brasileiras de Imunizações, Infectologia, Pediatria, Reumatologia especialistas do Instituto Butantan da Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) e do Conselho Nacional de Secretarias de Saúde do próprio Ministério da Saúde. O presidente do Conselho Nacional de Secretarias de Saúde, Carlos Eduardo de Oliveira Lula, divulgou carta no dia 24/12/2021 em que afirma que os estados não vão exigir pedido médico para a vacinação de crianças.

O ministro Ricardo Lewandowski, do STF, dá ao governo 48 horas de prazo para se manifestar sobre a vacinação de crianças, ao analisar um pedido do PT. Atendendo posteriormente um pedido de prorrogação feito pela Advocacia Geral da União (AGU), ampliou o prazo para 5 de janeiro.

Laurentino Gomes, historiador, escreveu uma trilogia que abrange o período da História do Brasil a partir de 1808. No segundo volume, (1822), na capa, escreveu:                                                                                                              Como um homem sério, uma princesa triste e um escocês louco por dinheiro ajudaram D. Pedro a criar o Brasil – um país que tinha tudo para dar errado”.                                                                                                       ESPERAMOS QUE TENHA SIDO UM MAU PROFETA

Felizmente, há cidadãos que honram esta denominação, nem tudo nos remete à desesperança, limítrofe do desespero, existem gestos de humanidade. Uma luz insiste em brilhar no meio da escuridão e parte do casal Alexandre Grendene e Nora Teixeira.                                                         “Uma doação de R$ 20 milhões para a Santa Casa. O dinheiro será usado  na oitava unidade do complexo, que está com mais de 60% das obras prontas e será inaugurado em 2022. Além da nova emergência do SUS, que passa dos atuais 400 para 2,3 mil metros quadrados, o Hospital Nora Teixeira terá uma nova estrutura, com leitos de convênios e particulares que possibilitará o custeio do SUS, projetando um equilíbrio financeiro nos próximos anos”.

HOSANA (salve-nos) grita esperançado o povo brasileiro, liberte-nos do sofrimento e dos dominadores eventuais.


                                                                                                                              Jayme José de Oliveira                                                                                                                                                                                                                                                                                                        cdjaymejo@gmail.com

Cirurgião-dentista aposentado


quarta-feira, 22 de dezembro de 2021

NATAL

 


PONTO E CONTRAPONTO - por Jayme José de Oliveira

“Por mais brilhante que sejas, se não fores transparente, tua sombra será escura”.

 

NATAL - 22/12/2021

 

Há cerca de dois mil anos o mundo transpôs um portal: iniciou a era d.C. (depois de Cristo). A partir dessa data, a contagem do tempo segue em ordem cronológica ascendente. Pode-se inferir que os costumes, a moral e  até mesmo a jurisprudência inicia um redirecionamento de 180°. Antes: a “Pena de Talião”, o “olho por olho, dente por dente”. A partir de então, paulatinamente, o Humanismo e o respeito aos Direitos Humanos, dos animais e dos ecossistemas, rejeitando os princípios estratificados do “Dura lex sed lex” (a Lei é dura mas é a Lei).

 

“Amarás, pois, ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento, com todas as tuas forças, este é o Primeiro Mandamento. E o seguinte, semelhante a este, é: “Amarás a teu próximo como a ti mesmo”. Não há mandamento maior. (Marcos 12:30-31).

 


Muito tradicional no país, o Natal nos Estados Unidos da América tem vários costumes que já vimos em cenas de filmes.

Segundo uma tradição do mundo anglo-saxão, que dizem se originar em mitos escandinavos, quando duas pessoas se beijam ao passar sob um ramo de azevinho, o relacionamento evoluirá para um final feliz.

No NATAL, celebrado na noite do dia 24 e durante o dia 25 de dezembro, costuma-se utilizar pinheiros naturais para montar a árvore e os presentes para a família são colocados na sua base em grandes meias, penduradas nas lareiras das casas. Como esta época é marcada pelo inverno no Hemisfério Norte do Planeta Terra, ter um Natal com neve, chamado de White Christmas, é um desejo geral de estado-unidenses.

Nós, aqui no Brasil, adaptamos os costumes e cultuamos o Papai Noel barbudo, simpático e a neve é representada por flocos de algodão. Ao fim e ao cabo a alegria se sobrepõe às agruras do cotidiano, a ESPERANÇA SE LIBERTA da Caixa de Pandora e nos permite vislumbrar lá na fímbria do horizonte um futuro mais condizente com este povo intrinsecamente alegre e merecedor do olhar benevolente do BOM VELHINHO.

A trajetória civilizatória encetada há 200.000 anos na mãe-África prossegue numa escalada não linear, muito menos uniforme. Além da coordenada do tempo, a distribuição geográfica influi decisivamente nos regimentos, morais, éticos, jurídicos e de convivência. Para nós, por exemplo, os direitos das mulheres e dos homens estão se equalizando. Em outras bandas, os costumes são diferentes, porém, nos países que cultuam o NATAL a civilização deu saltos gigantescos na procura de um maior congraçamento e uma fraternidade possível está se concretizando a passos alternados de avanços e recuos. Um dia chegaremos lá e, então, o símbolo representado pelo NATAL transformará a face da Terra e, finalmente, ver-se-á que a ideia do Criador, avalizada pelo sacrifício do seu Filho será um fato e não uma expectativa.

 

Às leitoras e aos leitores que nos acompanham neste espaço do Litoralmania, nossos votos de um FELIZ NATAL, e que o próximo Ano transcorra numa curva ascendente de ESPERANÇA e, principalmente, muita PAZ! Que nosso maravilhoso Brasil festeje, no próximo Natal, a perspectiva conquistada democraticamente de melhores ações em Justiça Social, Segurança Pública, Saúde, Saneamento Básico, Educação, Ciência, Cultura, Meio Ambiente e Relações Internacionais que nos recoloquem entre os vanguardistas do mundo civilizado.

 

 

 Jayme José de Oliveira
cdjaymejo@gmail.com
Marília Gerhardt de Oliveira

gerhardtoliveira@gmail.br


terça-feira, 14 de dezembro de 2021

DEMOCRACIA

 

PONTO E CONTRAPONTO - por Jayme José de Oliveira

“Por mais brilhante que sejas, se não fores transparente, tua sombra será escura”.

 

DEMOCRACIA

Por duas décadas sofremos sob o tacão da ditadura dos generais. Já tínhamos ultrapassado a “Era Vargas”, ainda mais feroz e sanguinária.

A DEMOCRACIA é uma flor bela e frágil. Pode ser varrida do mapa pelos ventos gélidos oriundos de políticos inconsequentes, corruptos e egocêntricos.

Felizmente, ditaduras fazem parte do passado, mas, para nos prevenirmos de uma reincidência catastrófica temos que manter em evidência uma memória coletiva escoimada do culto a líderes carismáticos, aqueles que prometem mundos e nos afundam traiçoeiramente depois de eleitos, seguindo ditames egoístas que apenas atentam para o próprio umbigo e os dos seus acólitos.

Os eleitores devem se abstrair da reverência aos ídolos que, como o gigante sonhado por Nabucodonosor tinha a cabeça de ouro, o corpo composto por metais diversos, contudo se assentava sobre frágeis pés se barro. Temos de observar com especial cuidado as plataformas eleitorais dos candidatos, filtrá-las com acuidade e descartar as que não se adequem ao papel decisivo que lhes caberá exercer: conduzir o país ao destino que merece. MERECEMOS. Cobrar os compromissos dos eleitos não terá legitimidade se formos omissos na hora de depositar os votos nas urnas. Como não podemos vetar os que nos são impostos pelos partidos, somos submetidos frequentemente a optar entre o ruim e o pior.

Trilhamos uma senda cheia de percalços, obstáculos, lodaçais. Saímos do autoritarismo das ditaduras e apenas podemos escolher líderes, não podemos rejeitar crápulas.

Uma democracia, para merecer este nome, deve não apenas oportunizar a escolha, em dois turnos, candidatos que disputarão a final. Uma democracia, para merecer este nome, deve permitir que vetemos nomes que não consideramos dignos de exercer o mandato. Absurdo? Imaginem (vou citar nomes do passado para evitar constrangimentos) um segundo turno onde os nomes fossem Marighella e o coronel Ustra. Afora os convictos, fanáticos, a maioria silenciosa não teria opção factível. Um voto de rejeição onde candidatos PALATÁVEIS disputariam. Repito, enquanto não pudermos rejeitar os que não consideramos dignos não haverá DEMOCRACIA DE FATO.

Nos últimos pleitos apenas nos disponibilizaram mais do mesmo. Saímos do autoritarismo das ditaduras para o cabresto dos partidos.

Imaginem o clima de um “Samba do crioulo doido” (Demônios da Garoa) que 33 partidos legalizados no Brasil nos oferece. Como um presidente consciente de sua responsabilidade poderá governar sem se submeter aos ritos espúrios da “governabilidade”? Como cumprir as promessas da campanha eleitoral – que todos almejamos – se cada ato terá de ser “negociado” para tramitar para ser aprovado pelo congresso que temos?

“Todo o homem que se vende recebe mais do que vale”. (Barão do Itararé)

PERGUNTAS, PERGUNTAS, PERGUNTAS. Alguém pode sugerir RESPOSTAS?

Jayme José de Oliveira
cdjaymejo@gmail.com
Cirurgião-dentista aposentado


segunda-feira, 6 de dezembro de 2021

TOLERÂNCIA

 


PONTO E CONTRAPONTO - por Jayme José de Oliveira

“Por mais brilhante que sejas, se não fores transparente, tua sombra será escura”.

 

TOLERÂNCIA – 06/12/2021

“A tolerância chegará a tal ponto que as pessoas inteligentes serão proibidas de fazer qualquer reflexão para não ofender os imbecis”. (Fiódor Dostoiewski)

A Constituição Brasileira de 1988 foi gestada num período da História Brasileira em que as lembranças da ditadura e suas atrocidades ainda queimavam como ferro em brasa. As diatribes pipocavam, as inconformidades repercutiam ferozmente, a maioria silenciosa por tantos anos amordaçada vociferava nas ruas. Os políticos montaram no ”cavalo encilhado” e pariram uma Constituição que deveria desafogar as angústias e iniciar uma era de “liberdade, fraternidade e igualdade”, parodiando a Revolução Francesa.

“Liberté, Egalité, Fraternité” foi o lema da Revolução Francesa. O slogan sobreviveu à revolução tornando-se o grito dos ativistas em prol da democracia liberal ou constitucional e da derrubada de governos agressores à sua concretização. É citado nas Constituições Francesas de 1946 e 1958.

Infelizmente, nem todos os que o tomaram por escopo entenderam seu verdadeiro significado ou, se entenderam, preferiram adaptá-lo a seus propósitos, nem sempre dignos.

O que se pretendia na Revolução Francesa era dar um basta ao arbítrio e beneficiar o POVO com os direitos que tanto almejava. Jamais teve como meta imunizar os malfeitores contra os legítimos ditames da LEI, da ordem e do sossego. Não teria sentido libertar o povo honesto, trabalhador, da tirania e deixa-lo a mercê de facínoras. Não tem sentido condenar o AUTORITARISMO e como resultado colateral privar a AUTORIDADE de suas legítimas funções.

 

Podemos, no Brasil, adaptar o pensamento de Dostoiewski para a nossa realidade: “A tolerância chegará a tal ponto que as pessoas honestas serão proibidas de fazer qualquer ato de defesa para não ofender os malfeitores”.

 

Pela forma como funciona na prática o sistema judicial brasileiro o país conta com quatro graus de jurisdição, ou seja, quatro instâncias e o réu só pode preso se for condenado por TODAS. Quem pode pagar caros advogados para recorrer até o STF? Apenas os que amealharam fortunas, muitas vezes de maneira desonesta e é por isso que estão sendo julgados. Quando um pobre ou da classe média poderá seguir esses trâmites? NUNCA! Então, o que aqueles que gestaram a “Constituição Cidadã” pretendiam, justiça igual para todos, se transforma numa falácia.  

“Continua tudo como dantes no quartel de Abrantes”.  

Os despossuídos, quando flagrados em pequenos furtos ou quaisquer descaminhos padecem os “rigores da lei”. Os abonados ou que têm padrinho forte são julgados e favorecidos pelos “benefícios da lei”.

ATÉ QUANDO?

 

Sonáli da Cruz Zuhan, juíza da 1ª Vara de Execuções Criminais do Tribunal de Justiça do RS, atendendo um pedido da Defensoria Pública do Estado determinou que seja contado em dobro cada dia de pena cumprido pelos detentos custodiados no Presídio Central devido à superlotação e condições degradantes a que são submetidos os presos.

 

O Ministério Público do Estado (MP-RS) deve recorrer da decisão que reduz o tempo de cumprimento de pena para detentos que estão no Presídio Central de Porto Alegre. Alega que houve erro procidemental da magistrada.

 

Eugênio Paes Amorim, promotor, declara que “Essa medida revela um ativismo ideológico, sustenta que o criminoso é vítima da sociedade, mas a sociedade é que é vítima do criminoso”.

 

Sonáli da Cruz Zuhan, juíza: “Fui execrada quando soltei um cara preso por posse de drogas. Em seguida ele se envolveu em latrocínio. Nada indicava que faria isso, mas ainda prefiro correr o risco a prender mal”.

 

Fica difícil levar o Brasil a sério quando se mudam leis, inclusive a Constituição, exclusivamente pela conveniência política. É evidente que alterar a idade limite para aposentadoria no STF de 75 para 70 anos se enquadra perfeitamente no caso. Também foi casuísmo, em 2015, quando se alterou a idade limite com o intuito de evitar que a presidente Dilma pudesse nomear mais cinco ministros. A volta para o limite de 70 anos patrocinada pela deputada Bia Kicis (PSC-DF) tem, notoriamente, a finalidade de permitir a nomeação de dois juízes, substituindo Ricardo Lewandowski e Rosa Weber, ambos com 73 anos.

 

Jayme José de Oliveira
cdjaymejo@gmail.com
Cirurgião-dentista aposentado


domingo, 28 de novembro de 2021

ALEA JACTA EST

 

PONTO E CONTRAPONTO - por Jayme José de Oliveira

“Por mais brilhante que sejas, se não fores transparente, tua sombra será escura”.

 

ALEA JACTA EST

Em 10 de janeiro de 49 a. C., Júlio César, desafiando o Senado Romano, atravessou o rio Rubicão com sua legião. A lei proibia qualquer general atravessar esse rio com seu exército, a menos que expressamente autorizado pelo Senado. Ao transgredir violou a lei romana e declarou guerra ao Senado. Quando atravessou o Rubicão exclamou: “Alea jacta est” (A sorte está lançada). A partir desse momento ninguém mais seguraria Júlio César.

A frase “atravessar o Rubicão” passou a ser usada para se referir a qualquer pessoa que tome uma decisão arriscada, irrevogável.

Atenção, muita atenção: “Pode-se atravessar o Rubicão para realizar um sonho – como Júlio César” – ou para desgraçar um povo, como Hitler, Stalin, Fidel Castro e muitos outros no decorrer da História.

No Brasil, nos últimos anos, o Rubicão foi atravessado duas vezes, no mínimo.                                                                                                            A primeira quando Lula afundou a economia do país encarregando empreiteiras, a Odebrecht em primeiro plano, para realizar obras megalômanas mundo afora. Porto Mariel, em Cuba; ponte sobre o rio Orinoco na Venezuela; obras viárias na África, etc., tudo financiado pelo BNDeS, sem garantias de retorno e com juros subsidiados. Atentem, obras realizadas no exterior e que o Brasil acolheria de braços abertos porque nos fazem falta. Muita falta. Abram o link.                      https://raymundopassos.jusbrasil.com.br/noticias/177552720/a-bomba-do-bndes-esta-para-estourar-20-obras-e-3000-emprestimos-a-outros-paises                                                                                                                                                                                                      Quando Lula assumiu a presidência herdou uma dívida de R$ 852 bilhões, Fora acumulada durante 180 anos, desde a Proclamação da Independência, em 1822. Entregou para Dilma R$ 1,89 trilhão, em julho de 2021 catapultada para R$ 6,797 trilhões (dados do Banco Central). IMPAGÁVEL. Nós, os nossos filhos e os filhos dos nossos filhos teremos de conviver com ela.

Bolsonaro foi eleito na esteira da inconformidade. Qualquer um o seria, tamanha a revolta com a situação Até Tiririca, aquele que baseou a campanha para deputado federal com o bordão “Vote no Tiririca, pior que está não fica”.

E, como um raio, estrugiu a pandemia Covid. O mundo foi pego de surpresa, não tinha vacinas para prevenir, muito menos remédios para curar. Fazia-se necessário iniciar um processo a partir do nada. URGENTE, para ontem como se costuma dizer. Os laboratórios, no mundo inteiro, se mostraram dignos da confiança depositada. Elaboraram vacinas, várias, algumas com eficácia comprovada. Países com dirigentes dignos de tal nome se lançaram com afinco a VACINAR a população. Se não conseguiram a responsabilidade recai sobre a população negacionista.

E no Brasil? Bolsonaro iniciou uma solerte campanha anti vacina, anti distanciamento social, anti lockdown, anti procedimentos adotados nos países que minoraram as consequências.                                                                      O que preconizou adotar para enfrentar a hecatombe? O “kit-covid”. Azitromicina, ivermectina, cloroquina. Um tratamento estapafúrdio que, além de ser ineficaz tem efeitos colaterais que podem até levar a óbito. Foram gastos bilhões de reais na compra desses inúteis medicamentos e, pior, os hospitais foram estimulados a aplica-los como tratamento. VACINAS? Esforços contínuos para impedir a aprovação pela Anvisa e, absurdo dos absurdos, tentativas de adquirir, a preços superfaturados, a Covaxin, vacina produzida na Índia pelo laboratório Bharat Biotech.                     A população, quando havia oferta de vacinas aprovadas pela Anvisa acorreu em massa e os índices de vacinação só não foram os preconizados devido à falta de vacinas na quantidade suficiente.                       Fez-se o possível e o impossível para dificultar a única arma eficiente que combate a disseminação do vírus e, consequentemente as mortes.

Pela “Lei de Murphy “Se alguma coisa pode dar errado, dará. E mais, dará errado da pior maneira, no pior momento e de modo que cause o maior dano possível”.     

Quando já se cogitava num possível arrefecimento da pandemia, eis que surge, na África do Sul, uma variante de potencial avassalador. O coronavírus teve uma nova variante identificada “B.1.1.529”, que já causa temores globais devido às mutações genéticas. No total são 50 variações de vírus, sendo 30 na proteína “spike”, que o vírus utiliza para se prender às células humanas.

Qual a maneira mais racional para minimizar a propagação da nova variante? Restrição total do tráfego aéreo à África do Sul. No momento, além da Alemanha, Áustria, Itália, Israel e Reino Unido já impuseram restrições aos voos a partir da África do Sul.

E o Brasil, como reagiu? Incrivelmente, o governo federal autoriza a entrada de estrangeiros, de qualquer nacionalidade, em todos os aeroportos do Brasil. A medida foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União no dia 24 de novembro e prorroga, por 30 dias a restrição à entrada de estrangeiros.

Esta foi a segundas travessia do Rubicão. Se na primeira as consequências se contabilizaram em desperdício irresponsável de dinheiro, a mais recente provocou e continuará provocando a perda de vidas insubstituíveis. Perguntem aos familiares.

ÚLTIMA HORA – Estava digitando a coluna quando a televisão anunciou uma notícia alvissareira:

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nota técnica nesta sexta-feira (26) recomendando que o governo brasileiro adote medidas de restrições para voos e viajantes vindos de parte da África, em decorrência da identificação de nova variante do SARS-CoV-2, identificada como B.1.1.529.                                                                                                    

 

Jayme José de Oliveira
cdjaymejo@gmail.com
Cirurgião-dentista aposentado

 


segunda-feira, 22 de novembro de 2021

TODOS SÃO IGUAIS?



PONTO E CONTRAPONTO - por Jayme José de Oliveira

“Por mais brilhante que sejas, se não fores transparente, tua sombra será escura”.

 

TODOS SÃO IGUAIS? – 22/11/2021

Thomas Jefferson, 2º presidente dos Estados Unidos (1801-1809), uma vez disse que todos os homens nascem iguais. Como seria diferente o mundo se esta frase fosse real e acatada em todos os setores que norteiam a sociedade.                                                                               Contrapondo, sabemos que nem todas as pessoas nascem com os mesmos potenciais. Algumas são mais inteligentes que outras; algumas têm mais oportunidades que outras, nascem privilegiadas; algumas ganham mais dinheiro; algumas são mais dotadas que a maioria. Mas há algo, ou deveria haver, onde todos são iguais. Há uma instituição que torna um pobre igual a um Rockefeller, um idiota igual a um Einstein e um ignorante igual a um reitor de universidade. Esta instituição é o Tribunal de Justiça. A deusa Themis, que representa a Justiça, empunha uma espada numa das mãos e uma balança na outra, para significar que o seu poder deve ser usado sem distinção. Tem os olhos vendados para não ver quem é julgado e não deve ser influenciada pela categoria do acusado.

Deveria ser um axioma: só existe um tipo de gente, gente. Agora, se só existe um tipo de gente, se são todos iguais por natureza, por que se esforçam tanto para desprezar uns aos outros?                                     É uma questão que atravessa os séculos e não foi ainda respondida. Para mim, é porque não somos produzidos em série como os automóveis, seguindo modelos rígidos e imutáveis. Somos indivíduos com personalidade e discernimento únicos. Algumas pessoas são bitoladas e apenas veem o que querem ver, nada mais penetra no estreito campo que suas viseiras abarcam. Politicamente este fator exacerba, mesmo que seu ídolo cometa as maiores diatribes há sempre uma explicação, pode até ser ilógica, falsa, mas é a única a ser aceita. Um adversário que cometa uma fração do mesmo malfeito é execrado.

Como qualquer instituição, os nossos tribunais têm falhas, mesmo assim são os maiores niveladores deste país. Para os tribunais todos os homens nasceram iguais, ao menos assim deveria ser. Não sou um idealista a ponto de acreditar piamente na imparcialidade dos nossos tribunais e do sistema judiciário, um tribunal é tão íntegro quanto seu júri e um júri é tão íntegro quanto os jurados que o compõem. Também é uma realidade incontestável que os tribunais, sejam quais forem, onde exercerem sua jurisdição, não são melhores que os membros componentes.

As injunções de cunho pessoal podem, e o fazem por vezes, usar dois pesos e duas medidas. No julgamento em que Lula e Moro eram protagonistas, Ricardo Lewandowski do STF, determinou que devem ser entregues à defesa de Lula as conversas que tenham relação com as investigações penais de Lula na 13ª Vara Criminal de Curitiba ou em qualquer outra jurisdição, ainda que estrangeira. As informações relativas a outras pessoas devem ser mantidas em sigilo.                     O ministro Lewandowski autorizou que diálogos entre procuradores da Operação Lava Jato, de Curitiba, roubados por hackers na Operação Spoofing sejam compartilhados para abrir uma investigação para apurar a conduta dos membros da força-tarefa.      Mensagens obtidas de forma ILEGAL, fato reconhecido pelo ministro.

O presidente da Associação Nacional de Procuradores da República (ANPR), Fábio Jorge Cruz da Nóbrega afirmou que o inquérito conduzido pelo STJ contra a Operação Lava Jato é um rosário de irregularidades. Diligências autorizadas com bases em provas ilícitas, com provas hackeadas serão questionadas na Justiça (Zero Hora, 27/03).

A Constituição Federal de 1988 determina claramente no inciso LVI do art. 5º que são inadmissíveis as provas obtidas no processo penal. No mesmo sentido, o Código Processo Penal (CPP), em seu art.157, com redação dada pela Lei 11.690/08 determina: “São ilícitas, devendo ser desentranhadas do processo as provas ilícitas, assim entendidas as obtidas em violação a Normas Constitucionais ou Legais”.

Jayme José de Oliveira
cdjaymejo@gmail.com
Cirurgião-dentista aposentado

  

quarta-feira, 17 de novembro de 2021

HOMEOSTASE

 

PONTO E CONTRAPONTO - por Jayme José de Oliveira

“Por mais brilhante que sejas, se não fores transparente, tua sombra será escura”.

 

HOMEOSTASE

A palavra “homeostase” deriva dos radicais gregos “homeo” (o mesmo) e “stasis” (ficar) e foi cunhada pelo médico e fisiologista americano Walter Cannon. O termo é utilizado para indicar a propriedade de um organismo permanecer em equilíbrio, independente das alterações que ocorrem no meio externo. Se não tivéssemos essa capacidade, certamente, já teríamos sido extintos ou, no mínimo, estaríamos em uma posição muito inferior na escala.

Se as condições do ambiente externo sofrem variações, os mecanismos homeostáticos são o que garante que os efeitos sejam mínimos para o organismo. Controlam a temperatura corporal, PH (acidez), volume dos líquidos corporais, pressão arterial, batimentos cardíacos e concentração dos elementos no sangue.

A regulação da glicose no sangue é um exemplo, quando nos alimentamos a taxa de glicose aumenta, estimulando a produção de insulina. Nos diabéticos esse mecanismo não funciona adequadamente e as injeções de insulina (descoberta em 1921) permitem manter o equilíbrio indispensável à vida saudável. Esse hormônio garante que as células absorvam a glicose e armazenem o excesso na forma de glicogênio. Quando a redução dos níveis de glicose acontece, a insulina para de ser liberada e isto evita que ocorra uma hipoglicemia (fatal se não for controlada). A secreção de glucagon, hormônio de efeito contrário à insulina, age até que reestabeleça o equilíbrio. É um mecanismo que garante a existência de glicose na corrente sanguínea  no nível necessário. Nem excesso (hiperglicemia), nem carência (hipoglicemia), ambas fatais se não controladas.

A insulina foi descoberta em 1921 pelos cientistas Freerick Bantrig e John Mac Leod que, em 1923, foram agraciados com o Prêmio Nobel de Medicina.

Devemos considerar a importância da homeostasia psicológica, nossa psique sofre alternâncias no decorrer da existência que são equalizadas e assim se reconquista o equilíbrio entre as necessidades de um indivíduo e o suprimento dessas mesmas necessidades. Quando isso não ocorre acontece uma instabilidade interior, solucionada com alterações nos comportamentos, para culminar na satisfação dessas necessidades.

Para garantir a homeostase o nosso organismo conta com alguns recursos no sistema nervoso e no sistema endócrino. O sistema nervoso informa que algo de errado está acontecendo e produz uma resposta ao estímulo. O sistema endócrino, por sua vez, secreta mensageiros químicos para restabelecer o equilíbrio. A ativação da insulina ou do glucagon, alternadamente, garantem o equilíbrio essencial. Quando, por qualquer motivo, o pâncreas diminui ou para de produzir insulina, recorre-se à aplicação de injeções de insulina para contornar o problema e restabelecer o equilíbrio.

Há muitos tipos de homeostase além do que já foi referido e que ocorrem num organismo vivo, todo o planeta se equilibra com a homeostasia.

TIPOS DE HOMEOSTASIA

ECOLÓGICA: Refere-se ao equilíbrio em nível planetário.                  BIOLÓGICA:  Correspondente à manutenção do ambiente interno, ou seja, seus fluídos corporais.                                                                             HUMANO: Além dos fluídos inclui fatores como temperatura, salinidade, PH e concentrações nutrientes.

Esta constância de pesos e contrapesos que se verifica em todos os pontos do universo apenas nos faz reconhecer que tal harmonia até às mais recônditas minúcias nos leva a crer que não é concebível ser originária do acaso. Se é indubitável que a evolução é um fato inconteste, não devemos, nem podemos, duvidar que deve haver um fulcro, um início, um provedor, deem o nome que quiserem, mas não duvidem da Sua existência.

Jayme José de Oliveira
cdjaymejo@gmail.com
Cirurgião-dentista aposentado


VELHICE É DOENÇA? 2

 

PONTO E CONTRAPONTO - por Jayme José de Oliveira

“Por mais brilhante que sejas, se não fores transparente, tua sombra será escura”.

 

VELHICE É DOENÇA? 2 – 06/11/2021

A VIDA é o maior espetáculo do Universo, pode-se até dizer que é a razão da sua existência. A vida é um processo dinâmico, o nascimento dá o “start” da viagem, infância, juventude, fase adulta, velhice e morte são as etapas. Cada uma tem a sua finalidade, seus picos de relevância e os escolhos que ameaçam o sucesso da jornada.

Desde sempre o tempo que medeia entre o nascimento e a morte foi uma preocupação fundamental, a imortalidade um sonho aparentemente inatingível. Os humanos sempre procuraram por todos os meios contestar o que parece ser irrecorrível.                                                                 Matusalém, um patriarca bíblico presente no judaísmo, no cristianismo e no islamismo teria vivido 969 anos.                                                 Aasverus, o Judeu Errante, empurrou e ofendeu Jesus quando o Salvador se dirigia ao Calvário para ser crucificado. Jesus, como resposta, teria lhe condenado à eterna penitência de esperar seu regresso vagando pelo mundo sem descanso, sem nunca morrer, até o fim dos tempos.            Ponce de Leon, em 1493, sai da Espanha rumo à América, acompanhando Colombo em sua segunda expedição. Procurou a Fonte da Juventude perseguindo uma lenda que se revelou irreal.                                                               Outras lendas e crenças houve, nenhuma comprovada.

A velhice, considerada universalmente como o declínio irreversível da existência será, caso não haja sucesso na empreitada dos que a contestam, classificada como “doença” na Classificação Internacional de Doenças (CID), em 1º de janeiro de 2022. Protestos retumbam em todos os cantos. Mas, afinal de contas, qual é o limite da vida humana para que possamos localizar a velhice?

Na época de Cristo, poucos ultrapassavam os 40 anos.

Em 1900, nos países mais ricos da Europa e nos Estados Unidos a perspectiva de vida era 50 anos.

Nos Estados Unidos, as mulheres passaram a viver 79 anos em 1995.

As francesas, 80 anos em 1987; as japonesas, 83 anos.

No Brasil e nos países em desenvolvimento, saltou de 40 para 70 anos.

Aqui vale ressaltar que o conceito de sexo frágil atribuído às mulheres não encontra justificativa biológica, o organismo feminino foi desenvolvido para durar mais, basta verificar que há um número maior de viúvas. Em todos os países a vida média dos homens é, pelo menos, dois ou três anos inferior ao das mulheres.

Em 2009, Elizabeth Blackburn, Carol Greider e Jack Szostak foram agraciados com o Prêmio Nobel de Medicina pela descoberta da enzima TELOMERASE que permite regenerar os TELÔMEROS encurtados nas divisões celulares por mitose. Qual a importância disso? Em cada divisão celular por mitose, as extremidades dos cromossomos que são protegidos por proteínas – como os cadarços dos tênis, por extremidades plásticas – perdem parte dessa estrutura. Após uma série de divisões os telômeros se esgotam, os cromossomos não podem mais se multiplicar e a célula morre. Antes disso passa por um processo de envelhecimento, facilmente verificável na pele das pessoas idosas.                                                              A telomerase repõe os telômeros perdidos e os cromossomos recuperam sua capacidade de multiplicação. Teoricamente este fato pode permitir a multiplicação infinita das células sem que envelheçam e... abre a possibilidade da vida eterna. Na prática espera-se estender a vida média dos humanos até 120-150 anos nas próximas décadas.

ISTO NÃO É FICÇÃO, é um primeiro passo, não podemos prever até onde chegaremos. “Uma jornada de mil milhas inicia com o primeiro passo”.

Jayme José de Oliveira
cdjaymejo@gmail.com
Cirurgião-dentista aposentado


segunda-feira, 1 de novembro de 2021

VELHICE É DOENÇA? 1

 


PONTO E CONTRAPONTO - por Jayme José de Oliveira

“Por mais brilhante que sejas, se não fores transparente, tua sombra será escura”.

 

VELHICE É DOENÇA? 1

A Organização Mundial da Saúde (OMS) decidiu incluir, a partir de 1º de janeiro de 2022, o termo “velhice” na 11ª versão do Código Internacional de Doenças (CID). O CID é uma das principais ferramentas no dia-a-dia dos médicos. Classifica as doenças que existem, padroniza sua nomenclatura e cria um código para cada uma delas. Como é um código de validade internacional, os documentos assinados pelos médicos têm de usá-los em seus documentos oficiais, inclusive nos atestados de óbito.

Parlamentares e especialistas protestaram contra a inclusão de “velhice” pela OMS na mais recente atualização da CID. A avaliação é que o novo item pode relacionar velhice com doença, impedir o registro correto das causas das mortes e aumentar a discriminação contra a população em idade avançada. É longa a lista dos que protestaram, individualmente ou através de entidades. Citamos algumas.

Vânia Heredia, da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG); Ivete Berkenbrock, da Associação Médica Brasileira (AMB), destaca o cuidado que devemos ter para acrescentar um código novo no CID;           Dr. Frederico Patriota (MG), presidente da Comissão do Idoso vai formalizar pedido para que a OMS reveja a inclusão;                                         O geriatra Alexandre Kalache sugeriu a formação de um comitê com a participação d governo e da sociedade civil e lembrou que a morte recente do príncipe Philip, da Inglaterra, aos 99 anos, foi registrada como velhice no atestado de óbito assinado pelo médico da Família Real, sir Huw Thomas;                                                                                                                   O Conselho Nacional da Saúde é contrário.

É um assunto que certamente será alvo de múltiplos debates até a data da promulgação, 1º de janeiro de 2022.

Na próxima coluna abordaremos a velhice em diversos aspectos. Médicos, legislação, Previdência, religiosos, costumes. Daremos especial ênfase à eterna busca da vida eterna. Aasverus, o judeu errante, a Fonte da Juventude procurada por Ponce de Leon e outros registros. As religiões usam um atalho para incluir a imortalidade no imaginário dos fiéis. Como a vida é finita, agregaram ao corpo a alma, esta eterna e imortal. A ciência médica tem expandido o tempo médio de vida nos humanos. Graças à descoberta de medicamentos, VACINAS, técnicas apuradas de tratamentos, incluindo cirurgias, transplantes e muitos mais.

A velhice, passo-a-passo, foi se distanciando do anátema: “ser inútil, consumidor que não colabora mais, esperando a morte”, transformando esta fase em que a experiência adquirida permite voos amplos rumo a uma vida digna e produtiva. Quantos progressos, inclusive científicos foram protagonizados por vetustos personagens? Edison, o inventor da lâmpada elétrica e do fonógrafo, do microfone e do projetor de cinema, para citar apenas as de maior repercussão entre as literalmente mil – e – tantas utilidades que ele criou manteve-se ativo até os 84 anos.

Quantos de nós continuamos em pleno vigor após ultrapassar a “provecta idade”?

Jayme José de Oliveira
cdjaymejo@gmail.com
Cirurgião-dentista aposentado