sábado, 25 de fevereiro de 2017

FORO PRIVILEGIADO (1)



Coluna publicada em 25/02/2.017

http://www.litoralmania.com.br/foro-privilegiado-jayme-jose-de-oliveira/

“Por mais brilhante que sejas, se não fores transparente, tua sombra será escura”.

FORO PRIVILEGIADO

O Foro Privilegiado foi instituído para evitar que juízes de 1ª instância pudessem instaurar processos contra personalidades comprometidas com a elaboração, manutenção, cumprimento das leis e de regerem os destinos da nação fossem assoberbados com sucessivos processos que, fatalmente, seriam desconsiderados nas instâncias superiores. O desvirtuamento ocorreu quando a prerrogativa passou a ser usada para, na prática, blindar essas mesmas pessoas de malfeitos praticados fora das suas atribuições precípuas. Foro privilegiado tornou-se sinônimo de impunidade.
A ideia inicial era perfeitamente admissível, não se pode descartar que injunções políticas direcionariam a abertura de processos encadeados com a missão de perturbar a governabilidade e, com a desestabilização consequente, o descontentamento resultante dos percalços solertemente semeados. Nas eleições futuras, o objetivo de desbancar os eventuais mandatários teria sua trajetória facilitada. E o povo? Ora, o povo que se lixe, como já afirmou um deputado.
É preciso acabar com o foro privilegiado, exceto aos chefes dos poderes executivo, legislativo e judiciário. A reformulação, com a instituição de varas especializadas e juízes escolhidos pelo STF, mais independentes e descompromissados com as injunções dos políticos detentores de cargos e interesses nem sempre focados nas futuras gerações. As próximas eleições são os alvos a serem atingidos.
Ao manter o status quo, o foro privilegiado está tendo suas finalidades desvirtuadas por bandidos eleitos. Ele é, acima de tudo, um desvio incompatível com o atual cenário brasileiro. Não é por outro motivo que as baterias do corporativismo estão permanentemente assestadas no objetivo de desmontar a Lava-Jato. Até o momento não obtiveram êxito, que continue assim até o expurgo completo dos que não honram e, portanto, não merecem a posição.


Jayme José de Oliveira
cdjaymejo@gmail.com
Cirurgião-dentista aposentado



sábado, 18 de fevereiro de 2017

TRANSGENIA - DIABETES




Coluna publicada em "www.litoralmania.com.br" - 18/02/2.017

http://www.litoralmania.com.br/transgenia-diabetes/


PONTO E CONTRAPONTO - por Jayme José de Oliveira
“Por mais brilhante que sejas, se não fores transparente, tua sombra será escura”.

TRANSGENIA – DIABETES

Até 1.920 não havia nenhum medicamento para curar ou controlar o diabetes, uma doença mortal. No dia 27 de julho de 1.921 dois pesquisadores da Universidade de Toronto, o médico Dr. Frederic Banting e o estudante Charles Bert isolaram pela primeira vez o hormônio fabricado pelo pâncreas: a insulina. A descoberta abriu o caminho para o controle do diabetes.

Elizabeth Hughes, 14 anos de idade, era diabética. A doença só podia ser controlada por dieta rigorosa para que as elevadas doses de açúcar não aumentassem até causar a morte por coma diabético. O “tratamento” que consistia em passar fome, levou-a definhar. Sua mãe, em 1.922, ficou sabendo que no Canadá havia sido descoberto um novo tratamento, ainda em fase de testes em animais. Procurou o médico Dr. Frederick Banting que no dia 16 de agosto iniciou o tratamento com injeções de insulina. A menina começou a ganhar peso e iniciou uma recuperação tida como impossível. Em pouco tempo deixou o leito e voltou a frequentar a escola.
Inicialmente a insulina era obtida cortando em pedacinhos pâncreas de boi ou de porco, congelando com sal e triturando. Depois de filtrado, o líquido rosado resultante era a insulina. Esta descoberta rendeu o prêmio Nobel e até hoje é o meio mais eficiente de controlar o diabetes.

PRODUÇÃO DE INSULINA POR MICRO-ORGANISMOS
A insulina obtida através do processamento de pâncreas bovino ou suíno é parecida com a humana, entretanto algumas pessoas reagem com manifestações alérgicas. Com o advento da transgenia, a produção de insulina humana se tornou possível. Atualmente, com essa técnica, é possível introduzir DNA humano no DNA de bactérias.

Abro aqui um parêntese, uma metáfora para simplificar o entendimento:
Sabemos que o DNA é uma espiral em dupla hélice que contém todos os dados para identificar um organismo, poder-se-ia comparar com um colar de pérolas. Um colar pode  ser cortado e na junção introduzir uma ou mais pérolas, ou simplesmente excluir. No DNA é possível proceder de maneira semelhante e inserir no DNA da bactéria um ou mais genes humanos. Ela passará a se comportar como se humana fosse. Resumo da técnica, com imagens elucidativas:
Usando enzimas de restrição corta-se o DNA separando a parte que contém os genes, isolando os escolhidos. Pelo mesmo processo, rompe-se o DNA dos plasmídios da bactéria.
Utilizando enzima de ligação ligase, capaz de refazer as ligações é possível introduzir na bactéria um pedaço do DNA humano.



Com este processo as bactérias tornam-se produtoras de proteínas humanas como a insulina humana, hormônio de crescimento e outros. Se elas forem mantidas vivas e em crescimento, tornam-se verdadeiras fábricas de produtos exatamente iguais aos que o nosso corpo produz. Vacinas e drogas também podem ser assim produzidas.
Diabetes provoca consequências graves, inclusive mortais (coma diabético).             O aparecimento de lesões nos pés, principalmente nos artelhos (dedos) exigem cuidados MÉDICOS urgentes. Antes de 24 horas. Não realize procedimentos caseiros, é muito perigoso. A causa é a progressiva deterioração dos sistemas circulatório e nervoso periféricos. Exame diário, por outra pessoa ou com auxílio dum espelho, deve ser rotina. QUALQUER LESÃO DEVE SER TRATADA IMEDIATAMENTE. O agravamento pode ser  irreversível, levando à amputação. Pode ocorrer em poucas horas. Poucas horas.



 Permito-me um desabafo:

As forças que norteiam o obscurantismo desde os tempos imemoriais tentam frear a ciência e o progresso.
                                                                                                                                       Galileu Galilei teve de, para evitar a fogueira da Inquisição, renegar a teoria do heliocentrismo em 1.633. Na época se considerava a Terra o centro do Universo. Levou mais de quatrocentos anos para a Igreja Católica reconhecer o óbvio, em 1.992, sob o pontificado de João Paulo II.  
                                                                                                                                                 O Greenpeace promoveu a destruição de um experimento que estudava o arroz dourado transgênico nas Filipinas. O arroz dourado produz vitamina “A” e, quando tiver seu uso difundido, principalmente nas zonas em que essa gramínea é a base da alimentação, evitará milhares de casos de cegueiras, consequência de sua falta.                                                                                                                                                     Aqui no RS foram destruídas plantações de eucaliptos destinados à produção de papel, promovidas por mulheres ligadas ao MST.                                                                                                                                                                                                                O deputado estadual frei Sérgio Gorgen (PT-RS) afirmou que a soja transgênica não devia ser consumida porque transmitia o vírus da AIDS.

Convenhamos, por mais que tentem, não conseguirão obstaculizar o progresso e a ciência. Cedo ou tarde abre-se uma nesga no véu do obscurantismo e a verdade estruge sobranceira.  

Jayme José de Oliveira
cdjaymejo@gmail.com
Cirurgião-dentista aposentado

terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

PERIGOS DANTESCOS



Coluna publicada em "www.litoralmania.com.br" - 14/02/2.017
http://www.litoralmania.com.br/perigos-dantescos-por-jayme-jose-de-oliveira/

PONTO E CONTRAPONTO - por Jayme José de Oliveira
“Por mais brilhante que sejas, se não fores transparente, tua sombra será escura.

PERIGOS DANTESCOS
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A política, segundo Saturnino Braga, ex-senador do PT do Rio de Janeiro é a mais nobre ocupação do homem.
A energia obtida pela fusão do hidrogênio é a mais eficiente do universo, o Sol a utiliza há cinco bilhões de anos e o fará por outros tantos antes de se extinguir.
Mas, como em tudo, há o reverso da medalha. No Brasil a política, desde priscas eras têm sido conspurcada por inúmeros “malfeitos” que nos últimos anos ultrapassaram todas as medidas. Atentemos que não é exclusividade de nenhum partido, PT, PP, PMDB estão mergulhados na lama em que chafurda a corrupção até a raiz dos cabelos. O PSDB responde por acusações, obviamente bem fundamentadas e das quais ainda se desconhece a profundidade.  O PP inaugurou o rol dos acusados no início da Lava-Jato, o PMDB sempre foi cúmplice ativo e o PT tem, inclusive, altos próceres condenados e presos. Agora, o Advogado Geral da União, Rodrigo Janot, remete ao STF pedido de investigação para Romero Jucá, Renan Calheiros e José Sarney. Eduardo Cunha, pivô do processo de cassação da presidente Dilma Rousseff está preso em Curitiba. O rol de acusados nas delações premiadas continua crescendo e não dá sinais de parar.
 Não pode haver leniência em nome da “governabilidade”. Não se pode “aliviar” alguns e “ferrar” outros. Se, para ocupar postos-chave – inclusive ministérios – não se encontrar quem preencha as “exigências” dos aliados, parta-se para cima e se nomeie pessoas corretas à revelia dos eternos achacadores. Deveríamos pagar para ver no que vai dar.
Como diria o Tiririca: “Pior que está não fica”.
A cratera aberta na credibilidade é maior que a da bomba H no atol de Eniwetok, sobre a qual trataremos a seguir. Fico em dúvida sobre qual é a mais dantesca. A bomba exterminou a vida animal e vegetal da região (já se reabilitou). Os resquícios da incompetência, corrupção e malversação serão suportados por muito tempo, isso se iniciarmos logo o trabalho de reconstrução, sem “malfeitos”.
No dia 1 de novembro de 1952, no atol de Eniwetok, no Oceano Pacífico, como parte da operação Ivy, realizou-se o mais assustador experimento da história da humanidade. O mundo já havia assimilado o poder de destruição das bombas atômicas, mas o que foi testado nesse dia era o mais destrutivo dos artefatos. O mundo conheceu a mais terrível forma de destruição em massa, a fusão nuclear do hidrogênio, que é a fonte de energia das estrelas. A bomba de hidrogênio Mike tinha a potência de 10 MT (megatoneladas, o equivalente à explosão de 10 milhões de toneladas de TNT), 600 vezes mais potente que a bomba atômica de Hiroshima.
Cerca de 9.350 militares e 2.300 civis, entre físicos, engenheiros e operários, estiveram envolvidos na operação. O protótipo era um cilindro de 82 toneladas colocado dentro de uma construção de alumínio, erguida na pequena ilha de Elugelab, do atol.

Mike foi detonada ao nível do mar, o que aumentou muito o seu poder de destruição. A detonação produziu uma cratera de 2 km de diâmetro e 50 metros de profundidade. A bola de fogo atingiu 5 km de diâmetro e VAPORIZOU 80 milhões de toneladas de rochas. A nuvem em forma de cogumelo atingiu 37 km de altura e 161 km de diâmetro. As ondas de choque deram a volta ao redor da Terra e foram registradas por um sismógrafo da universidade de Berkeley, na Califórnia.








A mais nobre ocupação do homem e a mais eficiente geradora de energia do universo podem, e frequentemente, são desvirtuadas para a prática do mal, com efeitos catastróficos. O Criador nos deu o livre-arbítrio e o usamos. Frequentemente, da maneira mais torpe.  Oremos para que pessoas probas nos dirijam no futuro e que a energia livre de radiações e ilimitada nos proporcione o bem-estar que tanto almejamos.   




Jayme José de Oliveira
cdjaymejo@gmail.com
Cirurgião-dentista aposentado









sábado, 11 de fevereiro de 2017

A ESCOLHA DE SOFIA - FINAL




Coluna publicada em "www.litoralmania.com.br"
 em 10/02/2.017

http://www.litoralmania.com.br/a-escolha-de-sofia-final/

PONTO E CONTRAPONTO - por Jayme José de Oliveira
“Por mais brilhante que sejas, se não fores transparente, tua sombra será escura”.

A ESCOLHA DE SOFIA – FINAL

Os infaustos acontecimentos em presídios levaram frei Betto a escrever uma carta ao Ministro da Justiça em 05/01/2.017, da qual transcrevo um excerto:                                                     
Excelência: fui preso comum. Sim, a ditadura, que não respeitava direitos, me transferiu da prisão política para a comum. Em dois anos, passei pela Penitenciária do Estado de São Paulo, Carandiru e Penitenciária de Presidente Venceslau (SP), a mesma que hoje abriga o comando do PCC.                                                                                                                                                  É verdade, faz tempo que vivi em nosso sistema prisional. Mas de lá pra cá pouco mudou. Só piorou. E os governos do Brasil democrático tomaram uma única medida, a mesma que o presidente Temer anunciou há pouco: construir novas cadeias. Agora mesmo, frente ao massacre no Amazonas, já conhecido como “Carandiru 2”, o que fez o governo federal? Propôs a construção de mais duas penitenciárias naquele estado.                                                            Hoje o Brasil abriga 660 mil presos. A continuar a enxugar gelo, ou seja, aliviar os efeitos da criminalidade sem combater as causas, daqui a pouco serão 1 milhão. A solução é polvilhar nosso território de presídios?                                                                                                         Sou a favor da parceria público-privada em outros termos. Transformar cada penitenciária em oficina-escola. Tirar os detentos da ociosidade. Em convênio com empresas, fazer funcionar ali dentro oficinas de fabricação de brinquedos, bicicletas e velocípedes, material esportivo, artesanato etc., mediante remuneração salarial. E aulas de ensinos fundamental e médio, idiomas, culinária, teatro, dança etc. E, de acordo com a lei, regressão da pena a cada etapa vencida.                                                                                                                                     Muitos ingressariam nessas atividades movidos, inicialmente, pelo interesse de encurtar o tempo entre as grades. Porém, oficinas e cursos haveriam de mudar-lhes o modo de pensar e agir, recuperando-os ao convívio social”.
Como dizia Montaigne; “A verdade é uma vasilha com duas alças, pode ser empunhada pela direita ou pela esquerda”.
Frei Betto está coberto de razão quando defende a ocupação laboral dos presos no sentido de lhes dar sentido à vida e estímulo à regeneração. Stricto sensu é, talvez, a mais eficiente maneira de induzir ao retorno à sociedade de delinquentes regenerados e aptos a assim conviver. Lato sensu devemos considerar três fatores incontestáveis:
1.    O processo demanda tempo, anos, para produzir o efeito desejado. Se a educação normal é um processo que exige paciência, tempo e determinação, a readaptação de pessoas que se desviaram, muito mais.
2.    O intervalo entre o início e o resultado compreende um período durante o qual a sociedade tem de ser protegida das ações criminosas e para tanto os delinquentes têm de ser confinados num ambiente que lhes permita uma existência sem tortura, sem conotação de vingança pura, mas que os confine para que não possam continuar delinquindo
3.    Nem todos se disporão a um processo de regeneração e readaptação, esses sequer desejam a oportunidade de readaptação ofertada. Voltarão a delinquir tão pronto recuperem a liberdade. É um fato e este fato tem que ser levado em consideração, afinal de contas, a população honesta não pode ficar à mercê de quem não deseja o convívio.
Merece um estudo muito especial a psicopatia. Psicopatas são incapazes de sentir emoções, podem até matar sem sentir culpa. Personalidades por demais complexas, conseguem iludir os que os rodeiam, psiquiatras admitem que não há tratamento nem remédio eficazes para combater ou mesmo controlar psicopatas. Quando levados a consultórios acabam ficando piores. Não se reconhecem como tal e dificilmente vão mudar de comportamento, diz o psiquiatra Augusto Feijó, de São Paulo. Seu QI costuma ser acima da média e sua habilidade em mentir é um fato que utilizam em proveito próprio. Muitos são homens de negócios bem sucedidos ou políticos adorados (a Lava-Jato não tem mãos a medir, tantos são). Líderes religiosos não podem ser descartados. Nunca sentem arrependimento ou remorso, os outros são sempre os culpados de tudo de ruim que acontece.
Resumo: Todos os esforços para regenerar os que se propõem a tanto são, não apenas bem-vindos. Indispensáveis e urgentes. Todos os esforços para socializar os empedernidos apenas levarão a sociedade a manter um conflito desigual, desgastante e inútil . Não merecemos viver em contínuo sobressalto. Para esses, os irrecuperáveis, o sistema prisional é a única saída, infelizmente.
Não apenas para diminuir os custos, também para proporcionar um ambiente menos aflitivo aos menos perigosos, as casas prisionais deveriam ser construídas considerando as peculiaridades dos ocupantes. Presídios de segurança máxima para os líderes de gangues e fugitivos contumazes. Construções mais simples e menos dispendiosas para apenados de menor potencial de provocarem rebeliões, massacres e fugas. O perímetro das cidades também deveria ser descartado, áreas isoladas, além de maior facilidade para o controle e vigilância, dificultariam sobremaneira a infiltração de drogas, armas e telefones celulares.

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quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

A ESCOLHA DE SOFIA (3)





Coluna publicada em "www.litoralmania.com.br" - 01/02/2.017

http://www.litoralmania.com.br/a-escolha-de-sofia-3-jayme-jose-de-oliveira/

PONTO E CONTRAPONTO - por Jayme José de Oliveira
“Por mais brilhante que sejas, se não fores transparente, tua sombra será escura”.

A ESCOLHA DE SOFIA (3)

Uma banana de dinamite permanece um artefato inofensivo até que se acenda o estopim. A explosão, após acionado, arromba caixas eletrônicos e pode redundar em perda de vidas quando a detonação ocorre em locais públicos concorridos. Atentados terroristas pelo mundo afora nos causam horror, revolta. Lastimamos a impotência na prevenção, nenhum sistema de segurança consegue evitar que uma pessoa decida pelo pior.
Mutatis mutandis pode-se comparar com a situação explosiva que prolifera nos presídios Brasil afora. Superlotados, dominados por facções que obedecem cegamente seus líderes, encarcerados ou não. Há muito fugiram do controle das autoridades responsáveis. A solução alvitrada, abrir mão do controle interno – liberar as chaves aos apenados, literalmente – transformou-os em autênticas “bananas de dinamite” prontas a explodir.          Quando separadas as gangues para evitar conflitos, criam-se feudos compactos onde líderes reinam absolutos e comandam ações mesmo fora dos muros. Roubos, assassinatos, sequestros, tudo o que se possa imaginar seguem as diretrizes daí emanadas. Os celulares funcionam sem freios.  Quando se misturam sob o mesmo teto facções diversas, ocorrem chacinas como as de Manaus e Rondônia.
TUDO INICIOU COM O ABRIR MÃO DO CONTROLE NOS PRESÍDIOS.
Agora impacta no mundo inteiro e não se sabe como contornar e readquirir o comando. Será, certamente uma tarefa digna de Hércules, mais difícil que limpar as “cavalariças de Áugias”. Só desviando os rios MORALIDADE e AUTORIDADE para remover as montanhas de entulhos nauseabundos. Infelizmente parece não haver um Hércules disponível.


Vejamos a outra face da moeda. As autoridades não conseguem controlar a selvageria intramuros.                                                                                                                               E FORA DELES? 
Uma centena de mortes em presídios levantou no Brasil – e no mundo – um clamor insopitável. E milhares de vidas de cidadãos que são ceifadas anualmente pelos mesmos facínoras cuja morte se deplora? Pessoas honestas, trabalhadoras são assaltadas, mortas, estupradas e têm a vida, quando sobrevivem, abalada para sempre e ninguém fala em indenizar as famílias. NÃO VEJO PARA ESSAS O MESMO CLAMOR. JÁ SE TORNOU CORRIQUEIRO? 
Quando bandidos morrem em confronto com policiais – lembremos os quatro às portas do Hospital Cristo Redentor (PA) – parte ponderável da imprensa adjetivou os policiais de assassinos. O que eram os que perderam o confronto?
Em não havendo possibilidade de conter todas as ocorrências, lamentáveis, a quem deveria ser dada prioridade? Aos criminosos, encarcerados ou não, ou à população?
Verdadeira escolha de Sofia.   

Jayme José de Oliveira
cdjaymejo@gmail.com
Cirurgião-dentista aposentado