quinta-feira, 30 de outubro de 2014

AS CAVALARIÇAS DE ÁUGIAS



Ponto e contraponto - por Jayme José de Oliveira

“Por mais brilhante que sejas, se não fores transparente, tua sombra será escura”.

As Cavalariças de Áugias

27/10/2014
“O analfabeto político é tão burro que estufa o peito dizendo que odeia política. Não sabe o imbecil que da sua ignorância política nascem a prostituta, o menor abandonado e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, corrupto e lacaio das empresas nacionais e multinacionais”. (Bertold Brecht)

Os problemas brasileiros não devem nem podem ser debitados a uma grei em particular. Todos contribuíram, em maior ou menor parcela, para o descalabro que hoje nos aflige.

Do livro de Monteiro Lobato que versa sobre o 6º trabalho de Hércules: “As Cavalariças de Áugias”, nas palavras de Emília, a boneca de pano tagarela: “se as cavalariças exigem um Hércules para limpá-las, então este tal de Áugias tem cavalos que não acabam mais”.Pode ser tomado como parâmetro e, mais do que nunca, procure-se um Hércules contemporâneo para efetuar a higienização dos nauseabundos malfeitos sedimentados pelos que os deixaram acumular ao longo da história, desde o Estado Novo, sucessivas camadas de lama pestilenta deslustrando suas biografias e desmerecendo nossos sufrágios. 

Áugias, rei da Élida (Grécia), filho do deus Hélio, era proprietário de grandes rebanhos de cavalos. Como não limpava os estábulos, um dos motivos era o fato de serem carnívoros e, inclusive, se alimentarem com os que ousavam se aproximar para higienização,ao longo dos anos uma quantidade imensa de esterco foi se acumulando e exalava um cheiro insuportável. Hércules, encarregado de efetuar a limpeza, desviou os rios Alfeu e Peneu que, apenas num dia, com suas fortes correntezas carregaram todo o estrume acumulado.

No Brasil, dificultando a tarefa, além de desinfestar e desinfetar há que se procurar minimizar os prejuízos e reencaminhar o país à trilha do progresso por tantas vezes interrompido ou retardado.

Após a proclamação do resultado, dois pronunciamentos sinalizam, se forem respeitados, uma luz no fim do túnel:

Aécio, ao acatar sem ressabios e indicativos duma oposição raivosa e intransigente, que apenas acirraria os ânimos a um extremo insustentável.

Dilma afirmando alto e bom som que não compactuará com a corrupção endêmica que assola o país no discurso pronunciado logo após a proclamação do resultado das urnas: “Terei um compromisso rigoroso com o combate à corrupção, fortalecendo as instituições de controle e propondo mudanças na legislação atual para acabar com a impunidade que é a protetora da corrupção. Ao longo da campanha anunciei medidas que vão ser muito importantes para que a sociedade brasileira e o país como um todo enfrentem a corrupção e acabem com a impunidade” (SIC). Neste desiderato enfrentará uma tarefa tão hercúlea quanto à da limpeza das cavalariças de Áugias. Apenas obterá êxito com o desvio das límpidas águas dos rios Moralidade e Pertinácia, sem tergiversar ou aplicar panos quentes para não ferir suscetibilidades dos que não merecem o olvido de suas prevaricações.

Nunca é tarde para iniciar a varredura, mas quanto antes, menos penosa a tarefa. Se não o fizermos estaremos nos encaminhando, inevitavelmente, para uma sociedade anômica, desesperançada e dessacralizada.
Jayme José de Oliveira
cdjaymejo@gmail.com
Cirurgião-dentista aposentado


»Comentários
Um texto límpido, enxuto, de tamanha envergadura intelectual e sobretudo imparcial, só poderia ser da lavra do cronista Jayme de Oliveira. Parabéns. E que muitos leitores se atentem e lembrem o "juramento" feito pela reeleita.


FONTES HIDROTERMAIS




Ponto e contraponto - por Jayme José de Oliveira traponto

“Por mais brilhante que sejas, se não fores transparente, tua sombra será escura”.

Fontes Hidrotermais

22/10/2014
A crosta terrestre é formada por placas tectônicas – dez principais – que, impulsionadas pelo magma incandescente do interior da terra, se afastam em alguns pontos enquanto noutros se sobrepõem. Possuem cerca de 150 quilômetros de espessura, uma ninharia perto dos6.371 quilômetros do centro. Nos pontos em que ocorrem fendas surgem vulcões submarinos por onde a lava emerge e pode inclusive formar ilhas. Quando estas fendas são de diminutas dimensões dão origem ao que foi denominado de “fontes hidrotermais” que se localizam nos “riftes” (locais onde as placas se afastam umas das outras).

As fontes hidrotermais foram observadas diretamente, pela primeira vez em 1977 quando uma equipe de geólogos, ao estudar a zona de rifte das Galápagos, descobriu vários organismos vivos a 3 km de profundidade. Densos agregados de mexilhões, vermes tubulares gigantes e caranguejos foram encontrados em pequenas áreas onde se observava a existência daquilo a que viriam a se chamar chaminés, emanando água quente.

Nas fontes hidrotermais a temperatura da água pode exceder os 100ºC, contrastando com a temperatura das zonas abissais, que é em média 2ºC. As fontes hidrotermais são o resultado da circulação da água do mar pelas fissuras existentes na nova crosta terrestre, à medida que esta se forma nas zonas de rifte. Ao circular através delas, a água do mar aquece a cerca de 350ºC, dando origem a uma complexa série de reações químicas. O sulfato [SO4-(2)], o terceiro íon mais abundante dissolvido na água do mar, quando aquecido reage com a água formando ácido sulfídrico (H2S), o qual, embora tóxico para a maioria dos animais, desempenha um papel central nos processos subsequentes, à medida que a água quente emerge das chaminés.

Nos povoamentos hidrotermais a produção primária é assegurada por bactérias quimiossintéticas, que obtêm a energia necessária para a fixação do CO2 a partir da oxidação dos sulfuretos (e em particular do H2S) presentes nos fumos emergentes. As bactérias desempenham, neste ecossistema, um papel primordial. Invertebrados como os mexilhões e outros bivalves usam-nas como fonte alimentar, enquanto outras espécies estabelecem com estas bactérias relações de simbiose.

A distribuição dos organismos em torno das emanações de fumos hidrotermais vai obedecer às exigências térmicas de cada um deles.

O organismo mais característico do ecossistema hidrotermal é um animal vermiforme e tubícola, de grandes dimensões, o vestimentífero Riftia pachyptila, que forma densos agregados. Na parte anterior do corpo apresenta um órgão guarnecido de finas lamelas dum vermelho intenso. Não possui nem boca nem tubo digestivo, intervindo na sua nutrição bactérias simbiontes, como havia sido referido anteriormente.

Próximo das emanações hidrotermais a altas temperaturas, podem ser encontrados anelídeos poliquetas: os vermes de Pompeia (Alvinella pompejano e A. caudata), que vivem em tubos flexíveis, justapostos e em quantidade considerável. Outro traço dominante, em termos quantitativos, é conferido por densas populações do molusco bivalve Calyptogena magnifica, o maior de todos os bivalves conhecido (26 cm comprimento).

A fauna móvel é sobretudo constituída pelo caranguejo Bythograea thermidon e por numerosas galateas (Munidopsis). Entre os peixes, o mais abundante é o zoarcídeo Thermarces cerberus.

A característica fundamental inerente à possibilidade de existência da vida é sua adaptação aos mais diversos ecossistemas. Encontramos seres vivos nas gélidas calotas polares onde a temperatura baixa a dezenas de graus negativos, nos escaldantes desertos, nos cumes das mais altas montanhas, no ar, na terra e na água. As circunvizinhanças das fontes hidrotermais, contudo, são as mais improváveis. A pressão exercida por mais de 3.000 metros de água que esmigalharia submarinos como se fossem cascas de ovos – só batiscafos e similares construídos com titânio e resinas extraordinariamente resistentes podem se aventurar. Lá encontramos temperaturas que poderiam cozinhar uma lagosta,ácidos letais (H2S) e escuridão absoluta. A vida se faz presente, e mais, quando se estinguem as fontes, ela desaparece. Incrivelmente, apenas subsiste enquanto parece ser impossível.

Refletindo sobre esses extremos, os mais variados e díspares, torna-se fácil e até lógico admitir a existência de vida em outros planetas, devidamente adaptada ao meio ambiente local.

Os dois vídeos que podem ser acessados nos links abaixo nos apresentam imagens impressionantes, mais elucidativas que mil palavras. Vejam em tela cheia para melhor vislumbrar os detalhes.

FONTES HIDROTERMAIS – 7min22seg
https://www.youtube.com/watch?v=rTR6gGDWcJk

FONTE HIDROTERMAL EM GALÁPAGOS – 4min43seg
https://www.youtube.com/watch?v=2FFnrW_SUdM

Jayme José de Oliveira
cdjaymejo@gmail.com
Cirurgião-dentista aposentado

terça-feira, 14 de outubro de 2014

ALERTA EPIDEMIOLÓGICO - VÍRUS EBOLA

Jayme José de OliveiraPonto e contrapontopor Jayme José de Oliveira“Por mais brilhante que sejas, se não fores transparente, tua sombra será escura”.

Alerta epidemiológico: situação epidemiológica da doença pelo vírus ebola

14/10/2014
O vírus Ebola foi identificado pela primeira vez em 1976 no Zaire (atual Congo) e, desde então, tem produzido vários surtos no continente africano, de pequena magnitude e abrangência, mas com alta letalidade. A causa mais provável da contaminação dos seres humanos foi o contato com sangue, órgãos ou fluidos corporais de animais infectados, como chimpanzés, gorilas, morcegos-gigantes, antílopes e porcos-espinhos.

Desde dezembro de 2013, a África Ocidental vem enfrentando importante surto de Doença pelo Vírus Ebola (DVE), sendo os países mais afetados Guiné, Libéria e Serra Leoa. Nesses países está estabelecida transmissão de pessoa a pessoa. A Nigéria registra pequeno número de casos, a maioria importados. Até 15 de agosto de 2014, foram notificados 2127 casos com 1145 óbitos.

A Organização Mundial da Saúde, pela gravidade da situação epidemiológica da DVE, decretou em 08/08/14 Emergência de Saúde Pública de Interesse Internacional, para alerta dos países e mobilização de recursos para as áreas afetadas.

Nesse sentido, a SES/RS está alertando para a possibilidade de detecção, no Rio Grande do Sul, de casos suspeitos da doença, possivelmente viajantes oriundos das áreas afetadas e divulgando as medidas a serem seguidas.

Importante salientar que o Brasil não registra circulação do vírus Ebola em animais silvestres.

CARACTERÍSTICAS DA DOENÇA

Período de incubação: 1 a 21 dias, em média 8 a 10 dias

Modo de transmissão: ocorre de pessoa a pessoa por contato direto com sangue, tecidos e fluidos (fezes, vômitos, saliva, sêmen) infectados ou contato indireto com superfícies e objetos contaminados. A transmissão do vírus somente ocorre após o início dos sintomas.

Quadro clínico: início súbito com febre alta, intensa fraqueza, dor de garganta, cefaleia, após alguns dias surgem vômitos e diarreia profusos, exantema, coagulopatia com trombocitopenia, levando a hemorragias internas e externas. Em 3 a 5 dias, o quadro pode evoluir para Insuficiência Renal Aguda, Coagulação Intravascular Disseminada e falência de múltiplos órgãos, ocorrendo óbito em 8-9 dias. Os pacientes que sobrevivem além de 2 semanas apresentam melhor prognóstico.

Letalidade: 60 a 90% dos casos

Tratamento: de suporte à vida, não há tratamento específico ou vacina disponíveis.

AÇÕES DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA E ASSISTÊNCIA -  DEFINIÇÕES DE CASO

• CASO SUSPEITO: Indivíduos procedentes, nos últimos 21 dias, de país com transmissão atual de Ebola (Libéria, Guiné e Serra Leoa) que apresente febre de início súbito, podendo ser acompanhada de sinais de hemorragia, como: diarreia sanguinolenta, gengivorragia, enterorragia, hemorragias internas, sinas purpúricos e hematúria. No contexto atual, a Nigéria não é considerada como possível origem de casos que venham para o Brasil.

• CASO PROVÁVEL: Caso suspeito com histórico de contato com pessoa doente, participação em funerais ou rituais fúnebres de pessoas com suspeita da doença ou contato com animais doentes ou mortos.

• CASO CONFIRMADO: Caso suspeito com resultado laboratorial conclusivo para Ebola realizado em Laboratório de Referência.

• CASO DESCARTADO: Caso suspeito com resultado laboratorial negativo para Ebola realizado em Laboratório de Referência e classificado como descartado pelo Ministério da Saúde.

• CONTACTANTE: Indivíduo que teve contato com sangue, fluido ou secreção de caso suspeito; OU Dormir na mesma casa; Contato físico direto com casos suspeitos; Contato físico direto com corpo de casos suspeitos que foram a óbito (funeral); Contato com tecidos, sangue ou outros fluidos corporais durante a doença; Contato com roupa ou roupa de cama de casos suspeitos; Ter sido amamentado por casos suspeitos (bebês).

No atual cenário epidemiológico, a detecção mais provável de casos suspeitos de DVE deverá ocorrer nos pontos de entrada em viajantes oriundos das áreas de transmissão da doença.

No caso do RS, embora o Aeroporto Internacional Salgado Filho em Porto Alegre não receba vôos diretamente da África, poderão chegar casos suspeitos a partir de conexões domésticas, além de vôos internacionais provenientes da Europa e América Central. Se forem detectados casos suspeitos de Ebola em avião ou mesmo no aeroporto, será desencadeado protocolo de acordo com normas internacionais da aviação e de acordo com o Plano de Contingência do Aeroporto Salgado Filho.

Por via marítima, temos o porto de Rio Grande e o terminal marítimo da Petrobrás em Tramandaí, para os quais estão sendo elaboradas orientações específicas.
Casos suspeitos também poderão ser detectados em serviços de saúde de todo o Estado fora dos pontos de entrada.

Em qualquer dessas situações, o fluxo de vigilância e assistência proposto é:

• Notificação do caso suspeito: a doença do vírus Ebola é de notificação compulsória imediata, de acordo com a Portaria GM 1271/14 e deve ser notificada imediatamente às autoridades sanitárias:

• Vigilância em Saúde Municipal

• Vigilância em Saúde Estadual:

• e-mail: notifica@saude.rs.gov.br

• Disque Vigilância 150

• Celular de plantão da Divisão de Vigilância Epidemiológica do CEVS: 51 8501-6872

• Vigilância em Saúde Federal: pelo e-mail notifica@saude.gov.br e/ou fone 0800.644.6645; 

Contato com o SAMU 192 para realizar o transporte sanitário seguro do paciente até o Hospital de Referência para Ebola: Hospital Nossa Senhora da Conceição – Avenida Francisco Trein, nº 596 – Bairro Cristo Redentor – CEP 91350-200 – Porto Alegre/RS – Fone 51 3357-2000. Conforme a situação, o transporte poderá ser realizado por via aérea;

Diagnóstico laboratorial: deverá ser colhida amostra de sangue para realização de sorologia e/ou PCR para Ebola no Instituto Evandro Chagas no Pará e a responsabilidade do transporte será da SVS/MS, com acompanhamento do Lacen/RS.

Jayme José de Oliveira
cdjaymejo@gmail.com
Cirurgião-dentista aposentado

terça-feira, 7 de outubro de 2014

É PROIBIDO PROIBIR


Postagens anteriores podem ser acessadas pelo link "www.litoralmania.com.br".

PONTO E CONTRAPONTO - por Jayme José de Oliveira
“Por mais brilhante que sejas, se não fores transparente, tua sombra será escura”.

É PROIBIDO PROIBIR
No dia 8 de maio de 1.968 uma onda de protestos teve início com manifestações de estudantes da Universidade de Sorbonne, lideradas por Daniel Cohn-Bendit (Daniel le Rouge). Após violenta repressão por parte do governo do presidente Charles de Gaulle, evoluiu para uma greve geral com a participação de mais de 9 milhões de trabalhadores apoiados pelo Partido Comunista Francês. A 30 de maio o governo retomou o controle da situação e convocou eleições para junho.
Alguns filósofos e historiadores afirmam que essa rebelião foi o acontecimento revolucionário mais importante do século XX e pode ser considerada como o fulcro sobre a qual se apoiaram movimentos similares em todos os países e desembocaram no
“É PROIBIDO PROIBIR”
 que atualmente ainda rege as atitudes de muitas autoridades, temerosas de serem rotuladas como autoritárias, confundem o legítimo exercício da autoridade, fundamental para a preservação da ordem e dos direitos inalienáveis da maioria com cerceamento iníquo de direitos inatacáveis dos insurgidos.
Com a leniência permitem, por exemplo, as manifestações violentas, os vandalismos, o desrespeito à lei vigente e ao direito dos cidadãos pacatos e ordeiros que representam a maioria silenciosa. Estes ditos representantes de “movimentos sociais”, sob o pretexto de exercício de liberdade extrapolam e, em suas manifestações invadem prédios, atravancam as vias de trânsito solapando o direito de ir-e-vir dos cidadãos. Frequentemente prosseguem num frenesi incontido e alucinado, quebrando vitrinas, destruindo agências bancárias e estabelecimentos comerciais, incendiando automóveis e ônibus, promovendo um quebra-quebra permitido pelas autoridades que a tudo assistem lenientes e passivas, seguindo as diretrizes oriundas de escalões superiores.
 Em sentido oposto, a manifestação da nossa presidente Dilma Rousseff:
 - “Não é possível que os protestos democráticos sejam desvirtuados por quem não tem respeito por vidas humanas. A liberdade de manifestação é um princípio fundamental da democracia e jamais pode ser usado para matar, ferir, agredir e ameaçar, nem depredar patrimônio público ou privado. (Correio do Povo, 20/02/2014)”.
Pasmem, nem esta declaração modificou o procedimento tíbio contumaz e, destarte caminhamos a passos largos para um estado de anomia. Apenas uma atitude intimorata como a do General Charles de Gaulle em 1.968 poderá evitar que se estratifique em definitivo o
“É PROIBIDO PROIBIR”
E eu digo sim
E eu digo não ao não
E eu digo: É!
Proibido proibir
É proibido proibir
É proibido proibir
É proibido proibir
É proibido proibir...
(Caetano Veloso)

Daniel Cohn-Bendit o  ex-revolucionário aderiu ao sistema e  filiou-se ao  Partido Ecologista de Grünen, atualmente é deputado europeu e co-presidente do Grupo dos Verdes/Aliança Livre Europeia Wikipédia.
CORONEL DA POLÍCIA DE S. PAULO É ESPANCADO POR VÂNDALOS – 1min59seg
CORONEL ESPANCADO DEFENDE MAIS RIGOR CONTRA OS VÂNDALOS – 6min27min


Jayme José de Oliveira
cdjaymejo@gmail.com
Cirurgião-dentista aposentado

segunda-feira, 6 de outubro de 2014